Esse blog é para as pessoas que acreditam e lutam pela melhoria da Educação Especial no Brasil.
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
APROVADO NO VESTIBULAR, PRIMEIRO ALUNO COM SINDROME DE DOWN DA UFG ROMPE PRECONCEITO
Ser aprovado em uma faculdade pública é um sonho de muitos jovens que
se tornou realidade para Kallil Assis Tavares, 21 anos, que na próxima
segunda-feira começa a estudar geografia no campus de Jataí da
Universidade de Goiás (UFG). Para a instituição, a conquista de Kallil é
ainda mais importante e precisa ser reverenciada, já que ele é o
primeiro aluno com Síndrome de Down a ingressar na universidade. "Isso
demonstra que nós estamos conseguindo superar o preconceito, que
infelizmente ainda existe em nossa sociedade", afirma a coordenadora do
Núcleo de Acessibilidade da UFG, professora Dulce Barros de Almeida.
Kallil não teve correção diferenciada, concorreu de igual para
igual com todos os outros candidatos. "Apenas pedimos para que a
universidade disponibilizasse um monitor para ler a prova e que as
letras dos textos fossem maiores porque ele tem baixa visão", disse a
mãe do jovem, Eunice Tavares Silveira Lima. Segundo ela, Kallil sempre
foi estudioso e desde criança gostava de mapas.
"No segundo ano do ensino médio ele decidiu que iria fazer
vestibular para geografia. Nós apoiamos a escolha, mas ficamos surpresos
com a aprovação, era uma prova muito difícil", afirmou Eunice. Ela
ainda disse que o filho estudou apenas dois anos em uma escola especial.
Com 5 anos de idade ele foi para um colégio privado de ensino regular.
"O colégio não tinha nenhum aluno com Down, mas quando há vontade de se
trabalhar a inclusão, se dá um jeito. Foi disponibilizado um monitor e
os professores sempre apoiaram meu filho", conta.
Ela acredita que o fato de Kallil ter estudado em uma escola
regular vai contribuir com a adaptação na universidade. "Não sou contra
as escolas especiais, mas elas devem servir como um apoio, um lugar para
onde os alunos vão no contraturno", explica. A mãe ainda disse que não
cria expectativas sobre como será o desempenho dele daqui em diante.
"Não estamos programando nada especial para o Kallil quando começar as
aulas. De acordo com as necessidades que ele apresentar, nós como
família e a universidade teremos de nos adaptar", disse ao destacar que o
filho pode precisar do auxílio de um monitor durante as atividades em
aula.
A coordenadora do Núcleo de Acessibilidade da UFG concorda sobre a
importância de alunos com necessidades especiais frequentarem escolas
regulares e diz que a universidade tem a obrigação de atender todas as
exigências desses estudantes para que eles cumpram com o direito de
fazer um curso superior. "Nós temos um aluno cego no curso de Ciência da
Computação que recebe acompanhamento de um monitor. Se essa for a
necessidade de Kallil, com certeza estaremos prontos para disponibilizar
isso".
O núcleo para atender alunos com necessidades especiais na UFG
foi criado em 2010. De lá para cá, a instituição ganhou 15 estudantes
surdos, que fazem o curso de Letras, além do jovem cego. A professora
Dulce espera que o caso de Kallil sirva de exemplo para que nas próximas
seleções mais estudantes com necessidades semelhantes sintam-se
motivados em fazer um curso superior. "Isso incentiva as famílias a
acreditar no potencial que essas pessoas têm. E cabe a nós, como
educadores, mostrar que o preconceito não pode existir mais", completa.
FONTE: http://noticias.terra.com.br/
* O TEXTO ENCONTRA-SE EM SEU FORMATO ORIGINAL. ERROS GRAMATICAIS E DISTORÇÕES SÃO DE RESPONSABILIDADE DO AUTOR.
* O TEXTO ENCONTRA-SE EM SEU FORMATO ORIGINAL. ERROS GRAMATICAIS E DISTORÇÕES SÃO DE RESPONSABILIDADE DO AUTOR.
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PRIMEIRA E ÚNICA ESCOLA DE SAMBA DO MUNDO PARA DEFICIENTES ABRE O DESFILE DAS CAMPEÃS NO CARNAVAL 2012
Com o enredo "Olé, lê! Olá, lá! As Paralimpíadas vem aí e a Alegria
vai pegar!", a Embaixadores da Alegria, primeira e única Escola de
Samba do mundo voltada para pessoas com deficiência, vai se apresentar
no sábado das campeãs (25/2), no Sambódromo do Rio de Janeiro, antes
dos desfiles das escolas melhores colocadas do Grupo Especial do
Carnaval 2012. Pelo quarto ano consecutivo, a Andef (Associação
Niteroiense dos Deficientes Físicos) irá abrir o desfile da agremiação
inclusiva.
Isto porque, a Comissão de Frente será formada por nove bailarinos
do Grupo de Dança Corpo em Movimento, além de outros três convidados. A
coreógrafa Camila Rodrigues levará para avenida a cerimônia de
abertura dos Jogos Paralímpicos. Assim como em anos anteriores, o
figurino é feito especialmente para destacar os movimentos e não
atrapalhar a mobilidade dos artistas, principalmente dos quarto
cadeirantes que integram a companhia.
A medalhista no Parapan de Guadalajara, Camille Rodrigues, irá
descansar um pouco da rotina de treinos para as Paralimpíadas de
Londres para desfilar na ala dedicada aos atletas paralímpicos
brasileiros. Um pouco mais atrás, a Andef terá uma ala com 180 pessoas
entre pacientes e seus familiares, alunos do Projeto Loterj Comunidade,
atletas e colaboradores.
Em cima do único carro alegórico no desfile da Embaixadores da
Alegria, um time de basquete em cadeira de rodas será montado para
mostrar as conquistas e superações das pessoas com deficiência dentro
do esporte. Írio Nunes, pivô da equipe Andef Cobras e na seleção
brasileira da modalidade desde 1999, é um dos ateltas que estará na
alegoria.
"HOJE É DIA DE CONTAGIAR"
Autor: Moyses
Intérpretes: Bessa - 1ª voz / Português - 2ª voz
Cavaco: Elaine
Gravação e Mixagem: Bessa / Mestre Riko
"HOJE É DIA DE SAMBAR
ENTRAR NA PISTA E VITÓRIAS CONQUISTAR
NESSA LUTA SOU GUERREIRO
O DESAFIO VENCER EU VOU, EU VOU
'TÔ BIG BEN E VOCÊ 'TÁ PREPARADO
TODO MUNDO ALINHADO
A SIRENE TOCOU
MEU CORAÇÃO JÁ É DE OURO
PARA-ATLETA REPRESENTO UMA NAÇÃO
VEM ME DE A MÃO
VOU TE MOSTRAR O QUE É SUPERAÇÃO
O TEMPO É AGORA
A INDIFERENÇA FAZ TANTA GENTE PERDER
DIVIDIR ALEGRIAS É JUNTAR OS SORRISOS
NA CHEGADA O PRESENTE RECEBER
A INCLUSÃO É VIVER A NOSSA FESTA
E VOCÊ VAI FAZER ACONTECER
ACENDE A CHAMA BATE O TAMBOR Ô,Õ,Ô,Ô
O CANTO VAI ANUNCIAR
SOU EMBAIXADOR DA ALEGRIA
CAMPEÃO NA FOLIA QUERO CONTAGIAR"
Autor: Moyses
Intérpretes: Bessa - 1ª voz / Português - 2ª voz
Cavaco: Elaine
Gravação e Mixagem: Bessa / Mestre Riko
"HOJE É DIA DE SAMBAR
ENTRAR NA PISTA E VITÓRIAS CONQUISTAR
NESSA LUTA SOU GUERREIRO
O DESAFIO VENCER EU VOU, EU VOU
'TÔ BIG BEN E VOCÊ 'TÁ PREPARADO
TODO MUNDO ALINHADO
A SIRENE TOCOU
MEU CORAÇÃO JÁ É DE OURO
PARA-ATLETA REPRESENTO UMA NAÇÃO
VEM ME DE A MÃO
VOU TE MOSTRAR O QUE É SUPERAÇÃO
O TEMPO É AGORA
A INDIFERENÇA FAZ TANTA GENTE PERDER
DIVIDIR ALEGRIAS É JUNTAR OS SORRISOS
NA CHEGADA O PRESENTE RECEBER
A INCLUSÃO É VIVER A NOSSA FESTA
E VOCÊ VAI FAZER ACONTECER
ACENDE A CHAMA BATE O TAMBOR Ô,Õ,Ô,Ô
O CANTO VAI ANUNCIAR
SOU EMBAIXADOR DA ALEGRIA
CAMPEÃO NA FOLIA QUERO CONTAGIAR"
"A Embaixadores da Alegria tem o
poder de transformar corações gelados em bumbos alegres de primeira. Tem
a humilde habilidade de fazer com que as diferenças sejam equalizadas,
que a comunicação seja transmitida de forma clara e o tempo seja
colocado no ritmo certo!
O
novo olhar sobre a deficiência era necessário! Um olhar que é capaz de
traduzir a eficiência do deficiente, de transmitir a ingenuidade da alma
daqueles que têm, apenas, uma necessidade específica.
Ser
diferente deveria ser normal, contudo ainda esta regra é exceção! A
Embaixadores continuará a levar brilho e cores a este assunto tão
monocromático e cheio de preconceito. Porque este movimento da alegria
trabalhará intensamente para fazer as pessoas sorrirem.
A Embaixadores é mais do que uma escola de samba, ela é uma escola de vida!"
(Caio Leitão, presidente da Embaixadores da Alegria)
FONTE: Grupo Girassol de Solidariedade, http://www.andef.org.br/ e http://eusouembaixador.blogspot.com
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terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
COMO EDUCAR ALUNOS COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA
Segundo dados do Censo Escolar de Educação Básica, existem cerca de 30 mil deficientes auditivos matriculados em escolas
Segundo dados do Censo Escolar de Educação Básica, existem cerca de
30 mil deficientes auditivos matriculados em escolas ou classes
especializadas no Brasil. Já nas escolas e turmas regulares, o número de
estudantes surdos é de 33 mil.
Apesar dos deficientes auditivos terem capacidade de desenvolvimento
cognitivo e intelectual equivalente ao dos ouvintes, falhas no sistema
de ensino podem limitar o aprendizado. Isto porque nem todos os
professores sabem como se relacionar com o aluno surdo nem compreendem
como acontece a sua percepção de mundo.
As informações a seguir são de Karin Lilian Strobel, pedagoga
especialista em surdez e autora do livro As imagens do outro sobre a
cultura surda (Editora UFSC), e de Paula Botelho, doutora em Linguagem,
Letramento e Cultura e mestre em Educação, além de autora dos livros
Linguagem e Letramento na Educação dos Surdos e Segredos e Silêncios na
Educação dos Surdos (ambos pela Autêntica Editora).
Ao contrário do que muitos pensam, o bebê surdo desenvolve-se da
mesma forma que o ouvinte. A diferença acontece no momento em que ele
chega à fase do balbucio. Assim como o bebê com a audição integral quer
imitar a comunicação dos seus pais, o deficiente auditivo tentará fazer o
mesmo, caso tenha sido criado em um ambiente onde a Linguagem
Brasileira de Sinais (Libras) é utilizada. Dessa forma, a criança surda
aprenderá a se comunicar e desenvolverá um vocabulário imitando seus
pais. A diferença é que as suas primeiras palavras não serão em
português, mas sim na linguagem de sinais.
Por outro lado, a ausência da comunicação visual por parte da família
resultará em uma criança com dificuldades de comunicação e de
aprendizagem. Além de precisar aprender a segunda língua – o português –
esta criança também terá que aprender a linguagem de sinais, que
deveria ter sido adquirida naturalmente ao longo do crescimento.
Na escola, essa comunicação deve continuar a ser feita, e o decreto
nº 5626, da lei nº 10.436/02, tornou o ensino de Libras disciplina
curricular obrigatória no curso de formação de professores para
exercício do magistério.
Em muitas instituições de ensino, já é comum (e necessário) que haja
em sala de aula um intérprete em português/Libras para que esse
estudante possa receber todo o conteúdo apresentado pelo docente. Este,
por sua vez, não pode limitar a sua comunicação com o aluno, por meio do
intérprete, pois nada substitui o contato direto entre profissional e
estudante.
Além de saber se comunicar por meio da linguagem de sinais, o
professor precisa conhecer o máximo que puder sobre seu aluno: a
história de vida, a época de aquisição da surdez, se seus pais são
surdos etc. Estas informações o ajudarão a compreender a que interação
esta criança foi exposta e as possíveis limitações que ela pode
apresentar no aprendizado.
Já a escola tem o papel de oferecer o suporte necessário. Para
professores e funcionários, por exemplo, cursos de Libras em todos os
níveis. Para os alunos, a inclusão de “janela” com intérprete nos
materiais audiovisuais e, nos impressos, desenhos do alfabeto manual e
sinais de Libras. Seriam livros, revistas e apostilas bilíngues – com o
português e a linguagem dos surdos.
Para alguns especialistas, entretanto, a simples tradução do conteúdo
regular, principalmente no período da alfabetização, acaba formando
bons alunos copistas, mas com dificuldades de interpretação de texto.
Isso porque é nessa fase que as crianças aprendem a raciocinar, montar
frases e desenvolver ideias.
Para o indivíduo surdo, o português é uma segunda língua e é em
Libras que ele precisa desenvolver a prática discursiva. As crianças
ouvintes aprendem isso por meio de histórias e narrativas e a criança
surda fica limitada se ela só receber informações por meio da tradução.
Uma das orientações, então, seria a produção de “literatura surda”: como
fábulas e outras histórias gravadas em Libras em DVD. O conteúdo seria
produzido na linguagem de sinais, respeitando e utilizando todas as
particularidades da estrutura da língua e ensinando as crianças a
desenvolver esse raciocínio.
Por isso, há uma corrente de especialistas que aponta diversos erros
na inclusão dos deficientes auditivos na escola regular. Para eles, não
há uma unidade linguística entre a turma e, por mais que haja um
intérprete e que as aulas sejam bem preparadas, muitos conteúdos serão
perdidos. Mesmo que haja atividades de integração e certa comunicação
oral desenvolvida pelo surdo, este aluno ainda estará em defasagem nos
debates e discussões da classe, por exemplo.
Ao professor ouvinte cabe o esforço de procurar compreender o seu
aluno com deficiência auditiva, aprender a se comunicar com Libras e
procurar desenvolver atividades inclusivas, que criem vínculos entre a
turma e este estudante.
FONTE: Revista Profissão Mestre
* O TEXTO ENCONTRA-SE EM SEU FORMATO ORIGINAL. ERROS GRAMATICAIS E DISTORÇÕES SÃO DE RESPONSABILIDADE DO AUTOR.
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JOGADOR ACEITA CONHECER FÃ DEFICIENTE VISUAL
O sonho está prestes a ser realizado, mas a história já ganhou todos
os seus contornos de conto de fadas. Tudo graças a um singelo bilhete
que chegou às mãos de Fred, ainda em Florianópolis, há uma semana, o que
tocou profundamente o capitão tricolor. E aquele simples pedaço de
papel, com uma força incrível, lhe foi entregue pessoalmente pela
pequena Maria Clara, de apenas 6 anos. Ninguém poderia imaginar o que
viria a acontecer a partir daquele encontro.
No colo da mãe, Maria Clara, que é deficiente visual, entregou ao
camisa 9 uma cartinha em braile, dizendo que seu sonho era um dia entrar
em campo com Fred. Naquele momento, o atacante deixava o hotel rumo ao
Estádio Orlando Scarpelli. Seria apenas mais um gesto de adoração de uma
fã. Seria, se aquilo não tivesse sensibilizado tanto um jogador que não
costuma ter piedade de zagueiro algum. Com Maria Clara na cabeça, ele
fez três dos quatro gols da goleada sobre o Figueirense.
Após o jogo, o craque revelou o que tinha lhe acontecido momentos
antes de mais uma apresentação épica no Brasileiro. Por meio da lente de
uma câmera de TV, pediu, ao vivo para todo o Brasil, que a família da
menina entrasse em contato com o Fluminense para que Maria Clara pudesse
vir ao Rio para entrar em campo com seu ídolo, no clássico contra o
Vasco. E o clube atendeu o pedido. Conseguiu o contato da família e,
prontamente, trouxe Maria Clara, o pai, Alan, e a mãe, Fabiana, para
realizar o sonho da mais nova guerreirinha tricolor.
Na chegada, na tarde de sexta-feira, cada um deles logo recebeu uma
camisa tricolor personalizada, presente do departamento de marketing do
Fluminense. Devidamente trajados, seguiram para a Urca, Zona Sul do Rio,
para conhecerem o Instituto Benjamin Constant, tradicional instituição
de ensino para deficientes visuais. Mas o primeiro dos grandes momentos
da viagem desta família de Tubarão (SC) estava guardado para o fim do
dia: o reencontro de Fred e Maria Clara, no saguão do hotel onde a
delegação se concentra.
E Fred já sabia o que lhe aguardava. Seu sorriso era fácil e seus
olhos brilhavam à procura de Maria Clara assim que o ônibus tricolor
chegou ao hotel, logo após o treino da tarde. Entrou na recepção,
caminhou alguns metros, passou por uma árvore de Natal, mas o presente
não estava ali. Como uma menina sapeca, Maria Clara preferiu se
esconder. E, ao ouvir a sua voz ao fundo, Fred a encontrou. O reencontro
foi daqueles cinematográficos: um abraço emocionante, um beijo
apaixonante e a emoção de uma família que parecia não acreditar no que
estava acontecendo.
Como retribuição ao bilhete que recebeu, que parecia premiado com
três gols do artilheiro e uma vitória importantíssima rumo ao
tetracampeonato brasileiro, Fred fez questão de entregar uma carta a
Maria Clara, com os seguintes dizeres em braile: “Maria Clara. Para ser
um Guerreiro, não basta ter bola, chuteira, uniforme e vontade de
vencer. A força está no espírito de luta e no coração. Obrigado por
fazer o meu bater mais forte nesta reta final. Grande beijo,
Guerreirinha. Ass: Fred.” Uma forma de agradecimento que levou os pais e
os presentes às lágrimas.
Mas era apenas o começo. Neste sábado, o trio esteve nas Laranjeiras
para acompanhar um treino do Time de Guerreiros e conhecer as
dependências do clube. Bastou os torcedores presentes à arquibancada
social perceberem a presença de Maria Clara para o assédio começar.
Todos queriam uma foto com a mais nova mascote tricolor. Já é uma
celebridade. Ao final das atividades, um novo encontro. Fred foi até a
beira do campo para buscar sua mais nova fã, que já o aguardava. De mãos
dadas, os dois caminharam pelo gramado, onde Fred apresentou sua amiga a
todos os jogadores.
- Será um dia inesquecível para a Maria Clara, mas o privilegiado
aqui sou eu. De vez em quando acontecem coisas como essa na nossa vida.
Temos apenas que agradecer todo esse carinho. É um prazer receber ela e
seus pais aqui no Fluminense – comentou Fred, que logo em seguida
entregou à Maria Clara uma camisa 9 oficial, com o nome do atacante às
costas escrito em braile, além de vários produtos licenciados do
Fluminense, como toalha, almofada, caneca, caneta…
No entanto, esse sonho ainda não terminou. Aliás, ele nem sequer foi
realizado ainda. Como a própria Maria Clara escreveu no bilhete que
entregou a Fred ainda em Florianópolis, a realização da sua vida seria
entrar em campo com o ídolo. E o grande dia está próximo. Neste domingo,
será ela a felizarda que estará no colo do atacante na entrada em campo
para o clássico contra o Vasco. Um jogo decisivo. Se na capital
catarinense ela esteve num estádio pela primeira vez e o seu time goleou
por 4 a 0, e o seu queridinho fez três gols, o que esperar da partida
no Engenhão?
Quantos gols Fred fará e quanto será o jogo, ninguém sabe. A bola
ainda vai rolar. Certo, mesmo, é que o capitão tricolor já marcou um
golaço ao realizar o sonho de uma menina que vê a vida de maneira igual a
qualquer outra criança. Assim como ela, não desiste dos sonhos e,
diante de toda sua ingenuidade, cativa e conquista as pessoas. Ganhou
Fred, ganhou o Fluminense, ganhou vários admiradores. Que a equipe possa
entrar em campo e vencer. E que Fred, como ela exigiu, possa fazer ao
menos um gol e comemorar do jeitinho como sua fã pediu, cantando “O Fred
vai te pegar! O Fred vai te pegar!”
Isso é futebol, isso sim é solidariedade!!!
FONTE: http://www.fluminense.com.br e Grupo Girassol de Solidariedade
LEI MARIA DA PENHA AJUDA HOMOSSEXUAL SURDO
Comunicamos que estivemos na Delegacia de Polícia Civil acompanhando a Victoria Carioni, travesti surda que esta sendo agredida por sua família e parentes por ser trans.
A Victoria Carioni foi atendida pelos Delegados de Polícia Civil Palma e Arilton, onde foi realizado o BO, e a Paulinha (membro do ROMA, e Escrivão de Polícia Civil) e a Dra. Albertina Rosso (Advogada representante da Comissão da Diversidade Sexual da OAB/SC e parceira do ROMA) solicitaram que o caso fosse atendido pela Delegacia da Mulher onde seria solicitado a aplicação da Lei Maria da Penha, e os Delegados aceitaram e fizeram um despacho para o caso ser atendido pela Delegacia da Mulher da Capital.
Chegando lá, a Delegada de Polícia foi muito solicita junto com o Escrivão de Polícia Civil Ademir, e puderam escutar os relatos que a Victoria Carioni tinha a fazer através do interprete do ROMA o Sr. Ringo Bez. E foi feito um Ofício para o Juiz(a) do Juizado de Violência Doméstica contra Mulher solicitando aprovação da concessão de medidas protetivas de urgência, visto ter sido vítima do(s) crime(s) de 129 e 140 § 3° e 147 DO CP praticado(s) por seu Tio, sua Mãe e seus Genitores.
Depois Fabricio Lima (Presidente do ROMA) e o Ringo acompanharam a Victoria no Centro de Referência contra Violência da Mulher, e foram dadas as devidas informações.
O na próxima semana o ROMO – Instituto de Diversidade Sexual da Grande Florianópolis estará encaminhando Ofícios para o Conselho Nacional de Combate a Discriminação – LGBT, Coordenadoria de Promoção dos Direitos de LGBT, Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Diretoria de Direitos Humanos do Estado de Santa Catarina, Conselho Estadual das Pessoas com Deficiência, Conselho Estadual da Mulher, Coordenadoria Estadual da Juventude – CEJ, Coordenadoria Estadual da Mulher – CEM, Secretaria de Estado da Segurança Pública, Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania, Coordenadoria Municipal de Políticas Públicas para Mulheres de Florianópolis, e a Coordenadoria Municipal de Juventude de Florianópolis, solicitando apoio e providências para garantir os direitos da Victoria.
Desde já agradecemos o apoio da Sra. Maria Luzzoli (Presidente da Comissão da Diversidade Sexual OAB/SC), Dirlei Maria Kafer Gonçalves (Diretora de Direitos Humanos do Estado de Santa Catarina), Dra. Albertina Rosso (Advogada), e as demais entidades LGBT que se colocaram a disposição.
Assim que tivermos mais informações sobre o caso, faremos os respectivos comunicados.
Ringo Bez
fonte: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=401147113245805&set=a.192977130729472.54149.100000515596216&type=1&theater
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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
RENÊ HUTZLER - VELEJADOR SURDO CONQUISTA O PÓDIO NAS PONTAS DE PEDRA - RECIFE
Renê Hutzler não ouviu o grito da
torcida quando cruzou a linha de chegada em frente à Praça do Marco
Zero. Com a segunda colocação geral da Regata Benedito César – Ponta de
Pedras / Recife, o velejador mostrou que não há limites para quem
pratica esportes.
Antes da largada, ainda nas areias da praia do
litoral norte, Renê já demonstrava que o dia poderia ser favorável a
categoria prancha a vela, da qual faz parte. Surdo desde a infância,
Renê, hoje com 36 anos, 25 deles dedicados a vela, precisou de terapia
para desenvolver a fala.
Através da leitura labial o velejador,
que já foi campeão brasileiro e participou de campeonato mundial,
entendeu a pergunta que lhe foi feita e afirmou que a expectativa era
muito boa para a prova que começaria em poucos minutos. “O vento está
favorável e provavelmente conseguirei a Fita Azul”.
O prêmio
concedido ao primeiro lugar geral da prova não deu para ficar com Renê.
Eliseu Vieira, também da prancha a vela, chegou 29 minutos antes dele e
faturou a regata pela sexta vez.
Ao ver o amigo chegando logo após
dele, Eliseu abriu o sorriso, que até então estava guardado devido ao
cansaço da prova que foi concluída em cerca de uma hora e cinqüenta
minutos. “Vela é um esporte difícil de aprender. Já estive em alguns
campeonatos com Renezinho e ele é muito corajoso e determinado”,
declarou Eliseu que é o recordista da Regata Benedito César com o tempo
de 1h28m.
O vencedor da 59ª edição da Ponta de Pedras/Recife fez
um prova tranqüila graças aos bons ventos da manhã deste domingo.
“Saímos de Ponta de Pedras com ventos a mais ou menos 12 nós. Depois de
Itamaracá esse vento aumentou e vim no limite da vela”, explicou Eliseu.
Campeão
no ano passado a dupla Cláudio Cardoso e Ricardo Correa foi a terceira a
completar a prova velejando com um Hobie Cat 16. No total 146
competidores, de 11 categorias, se inscreveram na segunda regata mais
antiga do país, realizada pelo Cabanga Iate Clube.
fonte: http://www.leiaja.com/esportes/
POR QUE HÁ TANTA RESISTÊNCIA DAS APAES E PESTALOZZIS À INCLUSÃO ESCOLAR???
A Federação Nacional das Apaes
(Fenapaes) vem promovendo uma campanha contra a inclusão, tentando
impedir a homologação de resolução do Conselho Nacional de Educação
(CNE) – aprovada por unanimidade – que regulamenta o atendimento
educacional especializado, o que garantirá o ingresso e permanência de
alunos com deficiência na escola comum.
Há 15 anos, a Declaração de Salamanca
adotada pelo Brasil durante a Conferência Mundial sobre Educação
Especial da UNESCO, já determinava explicitamente a inclusão de
estudantes com deficiência no sistema educacional geral. A Convenção
sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, adotada pela ONU e
internalizada pelo Brasil com valor constitucional no ano passado, veio
sedimentar o direito de todos à educação inclusiva.
O MEC, através da Secretaria de Ensino
Especial (SEESP), nada mais faz do que cumprir a lei. E com muita
responsabilidade, destinando aos municípios o dobro do valor pago por
aluno no caso de estudantes com deficiência, para que as escolas possam
se preparar para recebê-los, e capacitando professores.
A disputa que assistimos é ideológica, e
também financeira. Os que defendem a inclusão enxergam todos os seres
humanos com o mesmo valor, detentores dos mesmos direitos e acreditam
que todos devem ter oportunidades iguais, com o apoio que se fizer
necessário. Os que defendem a exclusão acham que pessoas com deficiência
são seres excepcionais, que devem ser mantidos alijados, segregados e
protegidos da comunidade “para seu próprio bem”.
Pela resolução do CNE as escolas
especiais que funcionam dentro de instituições se transformariam em
centros de atendimento especializados, caso as instituições mantenedoras
das escolas especiais pretendam continuar recebendo recursos
financeiros do MEC/SEESP. Assim, todo aluno seria matriculado na escola
regular, e as instituições como Apaes e Pestalozzis, entre outras,
dariam o suporte necessário à inclusão de cada estudante, continuando a
receber por isso.
A Federação das Apaes alega que a escola
comum já é ruim, e que não está preparada para receber estes alunos.
Este discurso é próprio de quem quer deixar as coisas como estão, e não
arregaçar as mangas e trabalhar para mudar o que está errado.
Enquanto isso, algumas Apaes, numa
atitude pro-ativa e verdadeiramente construtiva, visando o bem-estar de
seus clientes, já apóiam a inclusão e dão suporte aos alunos que estão
matriculados na rede regular de ensino. É o caso das unidades de São
Paulo, Limeira, Santos, em SP, Contagem, MG, Fortaleza, CE, várias em
Santa Catarina e Mato Grosso, para citar apenas algumas.
Para entender melhor esta questão, é
necessário analisar o movimento Apaeano. A Apae – Associação dos Pais e
Amigos dos Excepcionais – nasceu em 1954 no Rio de Janeiro, fundada por
pais que não conseguiam um lugar para atender e educar seus filhos. De
lá para cá, a rede cresceu e se capilarizou, estando presente em mais de
2 mil municípios de todo país. Para se manter, as Apaes – que são
independentes, mas estão congregadas a federações estaduais e a federal
Fenapaes, que tem como presidente o deputado federal por Minas Gerais
Eduardo Barbosa – recebem recursos públicos e privados.
Infelizmente, a forma de repasse de verbas – por aluno matriculado –
não favorece a inclusão. Dessa maneira, os dirigentes querem manter o
maior número possível de pessoas dentro da instituição, não interessando
que o cidadão aprenda, e se torne autônomo. Já houve quem dissesse que
instituições como essas deveriam construir um cemitério nos fundos, uma
vez que a pessoa lá entra para só sair morto.
Não conheço um só pai ou mãe que queira
isso para seus filhos. Certamente não é o que eu quero para nenhuma de
minhas filhas, com ou sem deficiência, nem para nenhuma criança, jovem
ou adulto no mundo.
Acho que seria muito saudável e transparente, que todas as
instituições abrissem suas contas, mostrando os recursos que recebem, e
de quem os recebe, para que seus usuários possam decidir aonde querem
aplicá-los.
Como mãe e militante dos direitos das
pessoas com deficiência, defendo a homologação da resolução do CNE, na
perspectiva de uma escola formadora de cidadãos, onde todos aprendam
juntos e construam um Brasil moderno, justo, igualitário, sem
preconceitos, nem guetos assistencialistas, onde as pessoas possam ser
protagonistas de sua própria história, sem necessidade de serem
tuteladas.
________________________
Sobre o autor:
* Patricia Almeida
Criadora e Coordenadora da Inclusive – Agência para Promoção da Inclusão
Coordenadora Estratégica do Instituto MetaSocial
Campanha Ser Diferente é Normal
* O TEXTO ENCONTRA-SE EM SEU FORMATO ORIGINAL. ERROS GRAMATICAIS E DISTORÇÕES SÃO DE RESPONSABILIDADE DO AUTOR.
Criadora e Coordenadora da Inclusive – Agência para Promoção da Inclusão
Coordenadora Estratégica do Instituto MetaSocial
Campanha Ser Diferente é Normal
* O TEXTO ENCONTRA-SE EM SEU FORMATO ORIGINAL. ERROS GRAMATICAIS E DISTORÇÕES SÃO DE RESPONSABILIDADE DO AUTOR.
DECRETO N° 7.611
A Comunidade Surda Brasileira teve batalha ganha quando a Dilma assinou
decreto no último dia 17 de novembro bloqueando o fechamento das escolas
e salas para surdos, revogando o decreto 6571/2008 que destinava verba
FUNDEB apenas para escolas regulares + AEE (contra-turno) que não
satisfazia plenamente em termos linguísticos e culturais aos alunos
surdos. A batalha não é completamente ganha... ainda precisamos nos
manter vigilantes, batalhar por criação de mais escolas bilíngues,
cobrar qualidade de ensino das escolas existentes... devemos cobrar a
transição das escolas especiais para escolas bilíngues para surdos... os
surdos não precisam de educação especial, precisam de educação
bilíngue, os surdos não precisam de Política de Educação Inclusiva,
precisam de Política Lingüística. Ainda temos muito a lutar... ainda
temos que lutar pela implantação e implementação da Política Pública de
Educação Bilíngue para Surdos no País... estamos todos unidos na luta!!
POR: Patricia Rezende
DECRETO Nº 7.611, DE 17 DE NOVEMBRO DE 2011.
Dispõe sobre a educação especial, o atendimento educacional especializado e dá outras providências.
|
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso das atribuições
que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, alínea “a”, da
Constituição, e tendo em vista o disposto no art. 208, inciso III, da
Constituição, arts. 58 a 60 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, art. 9o, § 2o, da Lei no
11.494, de 20 de junho de 2007, art. 24 da Convenção sobre os Direitos
das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, aprovados por
meio do Decreto Legislativo no 186, de 9 de julho de 2008, com status de emenda constitucional, e promulgados pelo Decreto no 6.949, de 25 de agosto de 2009,
Art. 1o O
dever do Estado com a educação das pessoas público-alvo da educação
especial será efetivado de acordo com as seguintes diretrizes:
I - garantia de um sistema educacional inclusivo em todos os níveis,
sem discriminação e com base na igualdade de oportunidades;
II - aprendizado ao longo de toda a vida;
III - não exclusão do sistema educacional geral sob alegação de deficiência;
IV - garantia de ensino fundamental gratuito e compulsório,
asseguradas adaptações razoáveis de acordo com as necessidades
individuais;
V - oferta de apoio necessário, no âmbito do sistema educacional geral, com vistas a facilitar sua efetiva educação;
VI - adoção de medidas de apoio individualizadas e efetivas, em
ambientes que maximizem o desenvolvimento acadêmico e social, de acordo
com a meta de inclusão plena;
VII - oferta de educação especial preferencialmente na rede regular de ensino; e
VIII - apoio técnico e financeiro pelo Poder Público às instituições
privadas sem fins lucrativos, especializadas e com atuação exclusiva
em educação especial.
§ 1o Para
fins deste Decreto, considera-se público-alvo da educação especial as
pessoas com deficiência, com transtornos globais do desenvolvimento e
com altas habilidades ou superdotação.
§ 2o No caso dos estudantes surdos e com deficiência auditiva serão observadas as diretrizes e princípios dispostos no Decreto no 5.626, de 22 de dezembro de 2005.
Art. 2o A
educação especial deve garantir os serviços de apoio especializado
voltado a eliminar as barreiras que possam obstruir o processo de
escolarização de estudantes com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.
§ 1º Para fins deste Decreto, os serviços de que trata o caput
serão denominados atendimento educacional especializado, compreendido
como o conjunto de atividades, recursos de acessibilidade e pedagógicos
organizados institucional e continuamente, prestado das seguintes
formas:
I - complementar à formação dos estudantes com deficiência,
transtornos globais do desenvolvimento, como apoio permanente e
limitado no tempo e na frequência dos estudantes às salas de recursos
multifuncionais; ou
II - suplementar à formação de estudantes com altas habilidades ou superdotação.
§ 2o O
atendimento educacional especializado deve integrar a proposta
pedagógica da escola, envolver a participação da família para garantir
pleno acesso e participação dos estudantes, atender às necessidades
específicas das pessoas público-alvo da educação especial, e ser
realizado em articulação com as demais políticas públicas.
Art. 3o São objetivos do atendimento educacional especializado:
I - prover condições de acesso, participação e aprendizagem no
ensino regular e garantir serviços de apoio especializados de acordo
com as necessidades individuais dos estudantes;
II - garantir a transversalidade das ações da educação especial no ensino regular;
III - fomentar o desenvolvimento de recursos didáticos e pedagógicos
que eliminem as barreiras no processo de ensino e aprendizagem; e
IV - assegurar condições para a continuidade de estudos nos demais níveis, etapas e modalidades de ensino.
Art. 4o O
Poder Público estimulará o acesso ao atendimento educacional
especializado de forma complementar ou suplementar ao ensino regular,
assegurando a dupla matrícula nos termos do art. 9º-A do Decreto no 6.253, de 13 de novembro de 2007.
Art. 5o A
União prestará apoio técnico e financeiro aos sistemas públicos de
ensino dos Estados, Municípios e Distrito Federal, e a instituições
comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos, com a
finalidade de ampliar a oferta do atendimento educacional
especializado aos estudantes com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, matriculados na
rede pública de ensino regular.
§ 1o As instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos de que trata o caput devem ter atuação na educação especial e serem conveniadas com o Poder Executivo do ente federativo competente.
§ 2o O apoio técnico e financeiro de que trata o caput contemplará as seguintes ações:
I - aprimoramento do atendimento educacional especializado já ofertado;
II - implantação de salas de recursos multifuncionais;
III - formação continuada de professores, inclusive para o
desenvolvimento da educação bilíngue para estudantes surdos ou com
deficiência auditiva e do ensino do Braile para estudantes cegos ou com
baixa visão;
IV - formação de gestores, educadores e demais profissionais da
escola para a educação na perspectiva da educação inclusiva,
particularmente na aprendizagem, na participação e na criação de
vínculos interpessoais;
V - adequação arquitetônica de prédios escolares para acessibilidade;
VI - elaboração, produção e distribuição de recursos educacionais para a acessibilidade; e
VII - estruturação de núcleos de acessibilidade nas instituições federais de educação superior.
§ 3o As
salas de recursos multifuncionais são ambientes dotados de
equipamentos, mobiliários e materiais didáticos e pedagógicos para a
oferta do atendimento educacional especializado.
§ 4o A
produção e a distribuição de recursos educacionais para a
acessibilidade e aprendizagem incluem materiais didáticos e
paradidáticos em Braille, áudio e Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS, laptops com sintetizador de voz, softwares para comunicação alternativa e outras ajudas técnicas que possibilitam o acesso ao currículo.
§ 5o Os
núcleos de acessibilidade nas instituições federais de educação
superior visam eliminar barreiras físicas, de comunicação e de
informação que restringem a participação e o desenvolvimento acadêmico e
social de estudantes com deficiência.
Art. 6o O
Ministério da Educação disciplinará os requisitos, as condições de
participação e os procedimentos para apresentação de demandas para
apoio técnico e financeiro direcionado ao atendimento educacional
especializado.
Art. 7o O
Ministério da Educação realizará o acompanhamento e o monitoramento do
acesso à escola por parte dos beneficiários do benefício de prestação
continuada, em colaboração com o Ministério da Saúde, o Ministério do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome e a Secretaria de Direitos
Humanos da Presidência da República.
Art. 8o O Decreto no 6.253, de 2007, passa a vigorar com as seguintes alterações:
“Art. 9º-A. Para efeito da distribuição dos recursos do FUNDEB, será admitida a dupla matrícula dos estudantes da educação regular da rede pública que recebem atendimento educacional especializado.
§ 1o A dupla matrícula implica o cômputo do estudante tanto na educação regular da rede pública, quanto no atendimento educacional especializado.
§ 2o O atendimento educacional especializado aos estudantes da rede pública de ensino regular poderá ser oferecido pelos sistemas públicos de ensino ou por instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos, com atuação exclusiva na educação especial, conveniadas com o Poder Executivo competente, sem prejuízo do disposto no art. 14.” (NR)
“Art. 14. Admitir-se-á, para efeito da distribuição dos recursos do FUNDEB, o cômputo das matrículas efetivadas na educação especial oferecida por instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos, com atuação exclusiva na educação especial, conveniadas com o Poder Executivo competente.
§ 1o Serão consideradas, para a educação especial, as matrículas na rede regular de ensino, em classes comuns ou em classes especiais de escolas regulares, e em escolas especiais ou especializadas.
§ 2o O credenciamento perante o órgão competente do sistema de ensino, na forma do art. 10, inciso IV e parágrafo único, e art. 11, inciso IV, da Lei no 9.394, de 1996, depende de aprovação de projeto pedagógico.” (NR)
Art. 9o As
despesas decorrentes da execução das disposições constantes deste
Decreto correrão por conta das dotações próprias consignadas ao
Ministério da Educação.
Art. 10. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 11. Fica revogado o Decreto no 6.571, de 17 de setembro de 2008.
Brasília, 17 de novembro de 2011; 190o da Independência e 123o da República.
Fernando Haddad
Este texto não substitui o publicado no DOU de 18.11.2011 e republicado em 18.11.2011 - Edição extra
Fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Decreto/D7611.htm
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domingo, 26 de fevereiro de 2012
QUANDO O TIMO NÃO VAI BEM...
Cópia extra de gene
prejudica o amadurecimento
das células de defesa na
síndrome de Down
Começa-se a conhecer melhor a razão por que as pessoas com síndrome
de Down, que atinge uma em cada 700 crianças, são mais suscetíveis a
desenvolver doenças autoimunes do que o restante da população. Nelas, um
sofisticado mecanismo que ensina as células de defesa a reconhecer e
combater o que é estranho ao organismo encontra-se desregulado,
mostraram pesquisadores brasileiros em um estudo publicado em setembro
no Journal of Immunology. A consequência desse desequilíbrio é
que as células que deveriam proteger o corpo passam a atacá-lo, levando
ao desenvolvimento de enfermidades autoimunes como o diabetes tipo 1, o
hipotireoidismo ou a doença celíaca.
A pediatra Magda Carneiro-Sampaio e sua equipe no Instituto da Criança (ICr) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) verificaram que algo não andava bem com o amadurecimento das células de defesa das crianças com síndrome de Down quando puderam comparar a atividade do timo delas com a do timo de crianças sem o problema. Órgão pequeno e achatado em forma de borboleta, o timo se situa no tórax, atrás do osso esterno e à frente do coração, e funciona como uma escola de treinamento de guerra. É ali que um grupo especial de células de defesa – os linfócitos T, responsáveis por orquestrar o combate a infecções e a eliminação de células doentes – aprende a distinguir o que integra o próprio corpo e deve ser preservado daquilo que vem de um organismo estranho e deve ser exterminado.
Quando o timo funciona bem, os linfócitos que passam por esse treinamento e se mostram capazes de reconhecer e atacar as células do próprio organismo são destruídos ali mesmo – a morte é o destino de 95% a 97% dos linfócitos T. Só saem do timo para a circulação sanguínea e a linfática os 3% a 5% restantes dos linfócitos, que demonstram ter a habilidade de identificar e atacar apenas os agentes infecciosos, os compostos estranhos ao corpo ou as células defeituosas. Na síndrome de Down, porém, esse rigoroso sistema de preparo e seleção celular encontra-se desbalanceado.
O desajuste no amadurecimento dos linfócitos só começou a ficar evidente nos últimos anos, quando o grupo de Magda usou técnicas de biologia molecular para estudar o timo de 60 crianças (14 com síndrome de Down e 46 sem) com idade entre 4 meses e 12 anos. Todas elas haviam passado por uma cirurgia para corrigir defeitos cardíacos graves que exigiu a retirada do timo. Ao comparar o funcionamento do timo, os pesquisadores constataram que, em média, esse órgão era menos ativo nas crianças com síndrome de Down do que naquelas sem o problema.
A pediatra Magda Carneiro-Sampaio e sua equipe no Instituto da Criança (ICr) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) verificaram que algo não andava bem com o amadurecimento das células de defesa das crianças com síndrome de Down quando puderam comparar a atividade do timo delas com a do timo de crianças sem o problema. Órgão pequeno e achatado em forma de borboleta, o timo se situa no tórax, atrás do osso esterno e à frente do coração, e funciona como uma escola de treinamento de guerra. É ali que um grupo especial de células de defesa – os linfócitos T, responsáveis por orquestrar o combate a infecções e a eliminação de células doentes – aprende a distinguir o que integra o próprio corpo e deve ser preservado daquilo que vem de um organismo estranho e deve ser exterminado.
Quando o timo funciona bem, os linfócitos que passam por esse treinamento e se mostram capazes de reconhecer e atacar as células do próprio organismo são destruídos ali mesmo – a morte é o destino de 95% a 97% dos linfócitos T. Só saem do timo para a circulação sanguínea e a linfática os 3% a 5% restantes dos linfócitos, que demonstram ter a habilidade de identificar e atacar apenas os agentes infecciosos, os compostos estranhos ao corpo ou as células defeituosas. Na síndrome de Down, porém, esse rigoroso sistema de preparo e seleção celular encontra-se desbalanceado.
O desajuste no amadurecimento dos linfócitos só começou a ficar evidente nos últimos anos, quando o grupo de Magda usou técnicas de biologia molecular para estudar o timo de 60 crianças (14 com síndrome de Down e 46 sem) com idade entre 4 meses e 12 anos. Todas elas haviam passado por uma cirurgia para corrigir defeitos cardíacos graves que exigiu a retirada do timo. Ao comparar o funcionamento do timo, os pesquisadores constataram que, em média, esse órgão era menos ativo nas crianças com síndrome de Down do que naquelas sem o problema.
O
geneticista Carlos Alberto Moreira Filho e a psiquiatra e especialista
em bioinformática Helena Brentani avaliaram o nível de ativação de quase
22 mil genes nas células do timo e verificaram que cerca de 400 desses
genes, muitos deles responsáveis pela multiplicação celular e pelo
amadurecimento das células de defesa, se encontravam menos ativos nas
crianças com Down. Um em especial chamou a atenção. É o gene autoimmune regulator
(AIRE). Esse gene codifica a produção de uma proteína essencial para a
seleção apropriada dos linfócitos T. Sem essa proteína, os linfócitos
nocivos ao próprio organismo não são exterminados no timo, como
deveriam, e se espalham pelo corpo.
A patologista Maria Irma Seixas Duarte e a biomédica Flavia Afonso Lima
observaram que havia duas vezes mais células com o gene AIRE ativo no
timo das crianças sem Down do que no daquelas com a síndrome. Em média,
155 células por milímetro quadrado expressavam o AIRE no timo das
crianças do primeiro grupo e apenas 70 no daquelas do segundo. “O baixo
nível de expressão do gene AIRE permite compreender por que as doenças
autoimunes são mais frequentes em quem tem síndrome de Down”, conta
Magda.
O padrão de acionamento dos genes nas células do timo ajuda também a explicar os sinais clínicos observados em crianças com Down, a anomalia cromossômica mais comum em seres humanos, causada pela presença de uma cópia extra do cromossomo 21 no núcleo das células. Desde muito cedo na vida, boa parte das pessoas com Down apresenta problemas autoimunes desencadeados pelo ataque das células de defesa a órgãos específicos. O risco de desenvolver hipotireoidismo, diabetes tipo 1 ou doen-
ça celíaca é respectivamente 4 vezes, 6 vezes e de 10 a 40 vezes maior entre as crianças com síndrome de Down do que no restante da população. Há quase três décadas também se sabe que o timo dessas crianças é menor do que o daquelas sem a anomalia cromossômica.
Ante os resultados de agora, Magda e sua equipe propõem uma reinterpretação da origem dos problemas autoimunes frequentes na síndrome de Down. “As enfermidades autoimunes que essas crianças apresentam são decorrentes de uma imunodeficiência primária, e não secundária como se classifica atualmente”, afirma.
O que essa reavaliação significa? Em primeiro lugar, que a causa das doenças autoimunes nas pessoas com Down é diferente do que se pensava. “A origem do mau funcionamento do sistema de defesa delas é genética e aparece durante a formação do embrião”, conta Magda. Até então, a explicação mais aceita pelos especialistas era que esses problemas autoimunes decorriam da degeneração do timo causada pelo envelhecimento precoce. Em segundo lugar, que essas crianças podem não estar recebendo medicação adequada.
A fim de aprimorar o tratamento dessas crianças, a equipe de Magda e a do pediatra Zan Mustacchi iniciaram em dezembro no Hospital Infantil Darcy Vargas, em São Paulo, a triagem daquelas que têm síndrome de Down e apresentam infecções recorrentes mesmo depois de vacinadas contra doenças virais e bacterianas. Eles pretendem verificar se essa suscetibilidade maior a infecções – elas podem agravar os problemas cardíacos, frequentes nas crianças com Down – também decorre do mau funcionamento do timo. “Se for confirmado, poderemos programar uma vacinação complementar na tentativa de melhorar a resposta imunológica dessas crianças e, em certos casos, indicar o uso preventivo de antivirais e antibióticos para aquelas com cardiopatia congênita”, diz Zan.
O padrão de acionamento dos genes nas células do timo ajuda também a explicar os sinais clínicos observados em crianças com Down, a anomalia cromossômica mais comum em seres humanos, causada pela presença de uma cópia extra do cromossomo 21 no núcleo das células. Desde muito cedo na vida, boa parte das pessoas com Down apresenta problemas autoimunes desencadeados pelo ataque das células de defesa a órgãos específicos. O risco de desenvolver hipotireoidismo, diabetes tipo 1 ou doen-
ça celíaca é respectivamente 4 vezes, 6 vezes e de 10 a 40 vezes maior entre as crianças com síndrome de Down do que no restante da população. Há quase três décadas também se sabe que o timo dessas crianças é menor do que o daquelas sem a anomalia cromossômica.
Ante os resultados de agora, Magda e sua equipe propõem uma reinterpretação da origem dos problemas autoimunes frequentes na síndrome de Down. “As enfermidades autoimunes que essas crianças apresentam são decorrentes de uma imunodeficiência primária, e não secundária como se classifica atualmente”, afirma.
O que essa reavaliação significa? Em primeiro lugar, que a causa das doenças autoimunes nas pessoas com Down é diferente do que se pensava. “A origem do mau funcionamento do sistema de defesa delas é genética e aparece durante a formação do embrião”, conta Magda. Até então, a explicação mais aceita pelos especialistas era que esses problemas autoimunes decorriam da degeneração do timo causada pelo envelhecimento precoce. Em segundo lugar, que essas crianças podem não estar recebendo medicação adequada.
A fim de aprimorar o tratamento dessas crianças, a equipe de Magda e a do pediatra Zan Mustacchi iniciaram em dezembro no Hospital Infantil Darcy Vargas, em São Paulo, a triagem daquelas que têm síndrome de Down e apresentam infecções recorrentes mesmo depois de vacinadas contra doenças virais e bacterianas. Eles pretendem verificar se essa suscetibilidade maior a infecções – elas podem agravar os problemas cardíacos, frequentes nas crianças com Down – também decorre do mau funcionamento do timo. “Se for confirmado, poderemos programar uma vacinação complementar na tentativa de melhorar a resposta imunológica dessas crianças e, em certos casos, indicar o uso preventivo de antivirais e antibióticos para aquelas com cardiopatia congênita”, diz Zan.
Anos atrás o grupo do Instituto da Criança decidiu investigar a
atividade do timo na síndrome de Down porque o padrão de problemas
imunológicos apresentados por essas crianças lembrava o de outra
enfermidade rara associada à disfunção desse órgão: a poliendocrinopatia
autoimune tipo 1 (APECED). Comum em italianos da Sardenha, finlandeses e
judeus iranianos, essa poliendocrinopatia, também se caracteriza pela
atividade anormal do timo. Em ambas, linfócitos que deveriam ser
destruídos escapam à seleção e atacam o próprio corpo por causa da
atividade anormal do gene AIRE, que se encontra no cromossomo 21.
Na APECED alterações na estrutura desse gene, como a encontrada em 2007 pelo grupo de Magda em uma família de brasileiros descendentes de italianos, prejudicam a expressão do AIRE e a seleção dos linfócitos T. Na síndrome de Down trechos muito pequenos de material genético – os micro-RNAs, encontrados em abundância no cromossomo 21 – podem interferir na atividade do AIRE e de outros genes. “Pretendemos investigar o papel desses micro-RNAs na próxima etapa do trabalho”, conta Magda.
Ela e os pesquisadores da USP planejam ainda usar testes que permitam avaliar o tamanho e a atividade do timo para identificar, se possível antes mesmo do nascimento, essas e outras imunodeficiências primárias graves. Consideradas raras, essas enfermidades se manifestam muito cedo na vida e deixam as crianças mais suscetíveis a infecções ou a problemas autoimunes. Calcula-se que uma em cada 10 mil crianças apresente alguma forma de imunodeficiência grave (parte dos casos com alteração no timo), quase sempre fatal sem o tratamento correto.
Uma das imunodeficiências que os pesquisadores esperam detectar cedo é a síndrome de DiGeorge, que afeta uma em cada 4 mil crianças. Consequência da perda de um pedaço do cromossomo 22, essa síndrome causa defeitos no coração e na face e impede o desenvolvimento normal do timo. De 1% a 2% das crianças com a síndrome podem até mesmo nascer sem o timo, o que impede a formação do sistema imunológico e só é corrigido por meio do transplante do órgão. A equipe do ICr quer identificar ainda os casos de imunodeficiência combinada grave, que atinge 1 em cada 40 mil bebês.
Nos últimos anos alguns estados norte-americanos incluíram na triagem neonatal – o teste do pezinho – um exame que mede o número de linfócitos recém-liberados pelo timo, que funcionam como indicador no sangue da atividade do órgão. Mas o teste genético ainda é caro para ser adotado pelo sistema público de países como o Brasil – seriam necessários a cada ano US$ 2,4 milhões para aplicar o teste às 600 mil crianças que nascem no estado de São Paulo. Por esse motivo, o grupo da USP pensa em aproveitar a ultrassonografia do feto, feita durante a gestação, para avaliar o tamanho do timo. “Esse seria apenas um item a mais a ser verificado durante a avaliação de anomalias fetais por ultrassom”, diz Luiz Antonio Nunes de Oliveira, chefe do Serviço de Radiologia do ICr.
Na APECED alterações na estrutura desse gene, como a encontrada em 2007 pelo grupo de Magda em uma família de brasileiros descendentes de italianos, prejudicam a expressão do AIRE e a seleção dos linfócitos T. Na síndrome de Down trechos muito pequenos de material genético – os micro-RNAs, encontrados em abundância no cromossomo 21 – podem interferir na atividade do AIRE e de outros genes. “Pretendemos investigar o papel desses micro-RNAs na próxima etapa do trabalho”, conta Magda.
Ela e os pesquisadores da USP planejam ainda usar testes que permitam avaliar o tamanho e a atividade do timo para identificar, se possível antes mesmo do nascimento, essas e outras imunodeficiências primárias graves. Consideradas raras, essas enfermidades se manifestam muito cedo na vida e deixam as crianças mais suscetíveis a infecções ou a problemas autoimunes. Calcula-se que uma em cada 10 mil crianças apresente alguma forma de imunodeficiência grave (parte dos casos com alteração no timo), quase sempre fatal sem o tratamento correto.
Uma das imunodeficiências que os pesquisadores esperam detectar cedo é a síndrome de DiGeorge, que afeta uma em cada 4 mil crianças. Consequência da perda de um pedaço do cromossomo 22, essa síndrome causa defeitos no coração e na face e impede o desenvolvimento normal do timo. De 1% a 2% das crianças com a síndrome podem até mesmo nascer sem o timo, o que impede a formação do sistema imunológico e só é corrigido por meio do transplante do órgão. A equipe do ICr quer identificar ainda os casos de imunodeficiência combinada grave, que atinge 1 em cada 40 mil bebês.
Nos últimos anos alguns estados norte-americanos incluíram na triagem neonatal – o teste do pezinho – um exame que mede o número de linfócitos recém-liberados pelo timo, que funcionam como indicador no sangue da atividade do órgão. Mas o teste genético ainda é caro para ser adotado pelo sistema público de países como o Brasil – seriam necessários a cada ano US$ 2,4 milhões para aplicar o teste às 600 mil crianças que nascem no estado de São Paulo. Por esse motivo, o grupo da USP pensa em aproveitar a ultrassonografia do feto, feita durante a gestação, para avaliar o tamanho do timo. “Esse seria apenas um item a mais a ser verificado durante a avaliação de anomalias fetais por ultrassom”, diz Luiz Antonio Nunes de Oliveira, chefe do Serviço de Radiologia do ICr.
Como o timo é proporcionalmente grande no feto, é possível
identificá-lo por meio desse exame de imagem. “Os casos em que o timo
for menor que o normal ou não estiver visível seriam considerados
suspeitos e os médicos poderiam solicitar um leucograma logo após o
nascimento”, explica Oliveira. A obstetra Roseli Nomura, do Departamento
de Obstetrícia e Ginecologia da FMUSP, trabalha agora para descobrir as
melhores condições técnicas para avaliar o timo por ultrassom no último
exame pré-natal, sem aumentar muito a duração e o preço do exame.
Identificar mais cedo a atividade anormal do timo é importante para a sobrevivência do recém-nascido. As crianças com imunodeficiências graves, por exemplo, não devem receber a vacina BCG, aplicada logo após o nascimento. Essa vacina antituberculose é produzida com bacilos vivos, que podem causar uma infecção grave – e até fatal – nesses bebês. “Quanto antes se fizer o diagnóstico, mais cedo se pode programar a imunização mais adequada para a criança”, afirma a pediatra Cristina Jacob, chefe da Unidade de Alergia e Imunologia do ICr. Nos casos de imunodeficiência combinada grave, o diagnóstico precoce permite o encaminhamento rápido da criança para o transplante de células hematopoiéticas, a única opção terapêutica possível por ora.
Identificar mais cedo a atividade anormal do timo é importante para a sobrevivência do recém-nascido. As crianças com imunodeficiências graves, por exemplo, não devem receber a vacina BCG, aplicada logo após o nascimento. Essa vacina antituberculose é produzida com bacilos vivos, que podem causar uma infecção grave – e até fatal – nesses bebês. “Quanto antes se fizer o diagnóstico, mais cedo se pode programar a imunização mais adequada para a criança”, afirma a pediatra Cristina Jacob, chefe da Unidade de Alergia e Imunologia do ICr. Nos casos de imunodeficiência combinada grave, o diagnóstico precoce permite o encaminhamento rápido da criança para o transplante de células hematopoiéticas, a única opção terapêutica possível por ora.
O Projeto: Autoimunidade na criança: investigação das bases moleculares e celulares da autoimunidade de início precoce – nº 2008/58238-4
Modalidade: Projeto Temático
Coordenadora: Magda Carneiro-Sampaio – FMUSP
Investimento: R$ 1.470.770,68 (FAPESP)
Modalidade: Projeto Temático
Coordenadora: Magda Carneiro-Sampaio – FMUSP
Investimento: R$ 1.470.770,68 (FAPESP)
Artigo científico: LIMA, F. A. et al. Decreased AIRE expression and global thymic hypofunction in Down Syndrome.
The Journal of Immunology. v. 187 (6), p. 3.422-30. 15 set. 2011.
The Journal of Immunology. v. 187 (6), p. 3.422-30. 15 set. 2011.
FONTE: http://revistapesquisa.fapesp.br
* O TEXTO ENCONTRA-SE EM SEU FORMATO ORIGINAL. ERROS GRAMATICAIS E DISTORÇÕES SÃO DE RESPONSABILIDADE DO AUTOR.
GUIA INCLUIRÁ CURSOS DE IDIOMAS E LIBRAS
Criado em novembro do ano passado para organizar a oferta de cursos de formação inicial e continuada do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), o Guia Pronatec de Cursos FIC terá também referências e descrições de cursos de idiomas e da língua brasileira de sinais (libras). A necessidade de oferecer formação em língua estrangeira para aqueles que trabalharão na Copa do Mundo de 2014, no Brasil, e de promover atendimento a pessoas com deficiência beneficiárias do programa levaram à atualização.
“A alteração deve-se às novas demandas que surgiram no âmbito do Pronatec, desde o lançamento do guia”, explica a coordenadora-geral de desenvolvimento e monitoramento de programas da educação profissional e tecnológica do Ministério da Educação, Nilva Schroeder. Embora os cursos de formação inicial e continuada estejam previstos na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996), ainda não há regulamentação para a oferta.
O Guia Pronatec de Cursos foi criado como instrumento de consulta para operacionalizar a oferta da Bolsa-Formação do Pronatec. Todas as instituições que participam do programa devem oferecer cursos que atendam os requisitos estabelecidos pelo manual. Com 443 possibilidades de oferta, divididas em 11 eixos tecnológicos, ele também apresenta a estudantes e trabalhadores as possibilidades de cursos do programa.
Nilva ressalta que, fora do programa, as instituições podem oferecer cursos não previstos no documento. “O guia foi construído como um instrumento para organizar a oferta no âmbito do Pronatec, mas não é obrigatório a todas as instituições”, explica.
Turmas — Em dezembro de 2011 o Ministério da Educação firmou 23 convênios para dar início ao Pronatec. Às instituições responsáveis pela oferta de vagas foram repassados R$ 458 milhões. Atualmente, há 5.092 turmas, com 37 mil alunos em cursos de formação inicial e continuada.
fonte: Assessoria de Comunicação Social - MEC
* O TEXTO ENCONTRA-SE EM SEU FORMATO ORIGINAL. ERROS GRAMATICAIS E DISTORÇÕES SÃO DE RESPONSABILIDADE DO AUTOR.
MINISTÉRIO PÚBLICO PRESSIONA AS PREFEITURAS E MONITORA ACESSIBILIDADE DE DEFICIENTES EM CONCURSOS
O Centro de Apoio Operacional às
Promotorias de Cidadania e Direitos Fundamentais do Ministério Público da
Paraíba iniciou o monitoramento dos concursos públicos que estão sendo
realizados ou anunciados em todo o Estado, principalmente pelas Prefeituras
Municipais, com o objetivo de verificar se os editais se adequam à legislação
quanto aos portadores de deficiência. Diversos concursos estão sendo abertos na
Paraíba em virtude das decisões do Tribunal de Justiça da Paraíba, julgando
procedentes as ações do MP contras as Prefeituras.
Segundo
o coordenador do Centro, promotor Valberto Lira, será expedido ofício a todos
os promotores de Justiça solicitando colher informações sobre a realização de
concursos. “A partir do recebimento dos editais serão convocados os
representantes das empresas encarregadas da realização dos concursos para
retificação dos editais ou, se persistirem as irregularidades, o Centro de
Apoio remeterá às Promotorias de Justiça as ações civis pública para
ajuizamento”, explicou Valberto Lira.
O
coordenador informou que as exigências se fundamentam na Lei nº 7.853/1989, que
dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência e sua integração
social, na Lei no 8.112/1990 (Regime Jurídico dos Servidores Públicos), e no
Decreto nº 3.298/1999 (Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora
de Deficiência).
“Essas
leis e decreto estabelecem normas gerais e critérios básicos para o acesso ao
trabalho assegurando à pessoa com deficiência a reserva de vagas no percentual
de cinco a vinte por cento nos concursos públicos, em igualdade de condições
com os demais candidatos”, disse o coordenador do Caop da Cidadania.
Também
será verificado se os editais se adequam à Lei n° 10.436/2002, e ao Decreto
5.626/2005, que reconhecem a Língua Brasileira de Sinais (Libras) como meio
legal de comunicação e expressão de natureza visual-motora, com estrutura
gramatical própria, constituindo sistema linguístico de transmissão de ideias e
fatos.
“Por
outro lado serão, igualmente, verificadas as capacidades das empresas de
realizarem os concursos. Há denúncias de que empresas forma criadas só para
realização de concursos públicos e, algumas, estão se beneficiando da
contratação sem licitação, pela experiência que tem na realização”, concluiu
Valberto Lira.
FONTE: http://www.paraiba.com.br
* O TEXTO ENCONTRA-SE EM SEU FORMATO ORIGINAL. ERROS GRAMATICAIS E DISTORÇÕES SÃO DE RESPONSABILIDADE DO AUTOR.
* O TEXTO ENCONTRA-SE EM SEU FORMATO ORIGINAL. ERROS GRAMATICAIS E DISTORÇÕES SÃO DE RESPONSABILIDADE DO AUTOR.
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Educação Regular e Especial,
Inclusão,
Legislação
sábado, 25 de fevereiro de 2012
PETIÇÃO PÚBLICA
A visão de uma cidadania
ativa subentende a praticabilidade da igualdade de direitos assegurada
por Lei para com o cidadão com deficiência, desígnio já consagrado no
artigo 71º da Constituição da República Portuguesa, na medida em que
estabelece que "o Estado obriga-se a realizar uma política nacional
de prevenção e de tratamento, reabilitação e integração dos cidadãos
portadores de deficiência e de apoio às suas famílias.”
Nas últimas décadas, Portugal registou
progressos consideráveis ao nível das políticas e das práticas no âmbito
das Pessoas com Deficiências e Incapacidades. Em particular, a adesão à
União Europeia trouxe novos recursos e um novo impulso que constituíram
uma oportunidade que o país aproveitou, quer ao nível das políticas
públicas, quer pela dinâmica da sociedade civil.
Inverteu-se assim a matriz passiva de
assistencialismo fatalista promovendo-se a participação social e a
inclusão no mercado de trabalho designadamente através de medidas
compensatórias e de incentivos a essa inserção.
Neste contexto, pode-se
afirmar que o quadro legislativo produzido e em vigor foi diversificado e
substanciais têm sido os meios financeiros afetos a programas e medidas
para promover a inclusão e a igualdade de oportunidades dos cidadãos
com necessidades especiais.
De referir que de
acordo, com o Censos 2001 a população com deficiência em Portugal
representava 6.1% da população residente. Trabalho mais recente (2007)
promovido pelo Centro de Reabilitação Profissional de Gouveia em
parceria com o ISCTE, quantificava em 8,2% a população com deficiência e
incapacidades, o que se traduz em cerca de 900.000 cidadãos.
Consideramos que a
concretização do exercício de uma cidadania plena para os cidadãos com
necessidades especiais, exige a indispensabilidade de desenvolver em
Portugal uma cultura de avaliação, sensibilização e informação, ação
nobre que só será efetiva se assumida e concretizada pelo Parlamento.
Assim sendo, destacando
três grandes dimensões de atuação, Educação, Inserção no Mercado de
Trabalho, Acessibilidades e face às competências política, legislativa e
de fiscalização da Assembleia da República presentes nos artigos 161.º e
162 da Constituição da República Portuguesa e nos artigos 33.º e 35.º
do Regimento da Assembleia da República referentes à criação de
Subcomissões e às aptidões das Comissões parlamentares, respetivamente, a
presente moção centra a sua proposta na:
- Criação de uma Subcomissão, no âmbito da Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, que vise o acompanhamento do cumprimento dos direitos dos cidadãos com necessidades especiais seja a título temporário ou definitivo designadamente através da avaliação dos resultados de aplicação dos seguintes diplomas legislativos e programas operacionais.
- QREN - Eixo 6 – Programa Operacional de Desenvolvimento Humano designadamente as Tipologias de Intervenção
6.2 - Qualificação de Pessoas com Deficiência ou Incapacidade; 6.3 -
Apoio à Mediação e Integração das Pessoas com Deficiências ou
Incapacidade; 6.4 - Qualidade dos Serviços e Organizações; 6.5 - Ações
de Investigação, Sensibilização e Promoção de Boas Práticas;
- Sistema Nacional de Intervenção Precoce na Infância criado pelo Decreto-Lei nº 281/2009, de 6 de outubro;
- Educação especial conforme Decreto-Lei 3/2008, de 7 de janeiro;
- Bases gerais do regime jurídico da prevenção, habilitação, reabilitação e participação da pessoa com deficiência pela Lei n.º 38/2004, de 18 de agosto;
- Programa de Emprego e Apoio à Qualificação das Pessoas com Deficiências e Incapacidades criado pelo Decreto-lei 209/2009, de 12 de outubro;
- O sistema de quotas de emprego para
pessoas com deficiência nos serviços e organismos da administração
central e local conforme o Decreto-Lei 29/2001, de 3 de fevereiro;
- Plano Nacional de Promoção de Acessibilidade, conforme Resolução do Conselho de Ministros n.º 9/2007, de 17 de janeiro;
- Condições de acessibilidade a
satisfazer no projeto e na construção de espaços públicos, equipamentos
coletivos e edifícios públicos e habitacionais conforme o Decreto-Lei n.º 163/2006, de 8 de agosto;
- Regime antidiscriminação constante da Lei nº 46/2006, de 28 de agosto.
Lisboa, 2 de fevereiro de 2012
Para subscrever esta petição siga o link:
http://www.peticaopublica.com/PeticaoAss inar.aspx?pi=P2012N20138
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ENXERGUE O LADO BOM DA VIDA!
Em um mosteiro, um jovem monge questiona o mestre: “Como faço para não
me aborrecer? Algumas pessoas falam demais, outras são ignorantes,
muitas são indiferentes… E eu sinto ódio das mentirosas e sofro com as
que caluniam”.
O mestre responde: “Pois viva como as flores! Elas nascem no esterco, entretanto são puras e perfumadas. Extraem do adubo mal cheiroso tudo aquilo que lhes é importante, útil e saudável, mas não permitem que o azedume da terra manche o frescor de suas pétalas”.
Precisamos agir como as flores, ou seja, extrair dos momentos ruins a
oportunidade de aprender uma lição e assim nos tornarmos mais fortes.
Vale também o esforço de deixar de lado toda e qualquer mágoa decorrente de intrigas, desavenças e confusões porque remoer sentimentos negativos só envenena nosso coração e nos deixa cegas para enxergar que em toda história há sempre um lado positivo. Aprender a rejeitar o que é ruim, negativo, pesado e traiçoeiro. Absorver o bem, a verdade, o amor, a justiça. Isso, sim, é viver como as flores.
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
MEDINDO AS RIQUEZAS DO SER HUMANO!!!
Tenho a intenção de processar a revista "Fortune", porque fui vítima de uma
omissão inexplicável. Ela publicou uma lista dos homens mais ricos do mundo, e
nesta lista eu não apareço. Aparecem: o sultão de Brunei, os herdeiros de Sam
Walton e Mori Takichiro.
Incluem personalidades como a rainha Elizabeth da Inglaterra, Niarkos Stavros, e os mexicanos Carlos Slim e Emilio Azcarraga.
Mas eu não sou mencionado na revista.
E eu sou um homem
rico, imensamente rico. Como não? vou mostrar a vocês:
Eu tenho vida ,
que eu recebi não sei porquê, e saúde, que conservo não sei
como.
Eu tenho uma
família, esposa adorável, que ao me entregar sua vida me deu o melhor para a
minha; filhos maravilhosos, dos quais só recebi felicidades; e netos com os
quais pratico uma nova e boa paternidade.
Eu tenho irmãos que são como meus amigos, e amigos que são como meus irmãos.
Eu tenho irmãos que são como meus amigos, e amigos que são como meus irmãos.
Tenho pessoas que
sinceramente me amam, apesar dos meus defeitos, e a quem amo apesar dos meus
defeitos.
Tenho quatro leitores a cada dia para agradecer-lhes porque eles lêem o que eu mal escrevo.
Eu tenho uma casa, e nela muitos livros (minha esposa iria dizer que tenho muitos livros e entre eles uma casa).
Eu tenho um pouco do mundo na forma de um jardim, que todo ano me dá maçãs e que iria reduzir ainda mais a presença de Adão e Eva no Paraíso.
Eu tenho um cachorro que não vai dormir até que eu chegue, e que me recebe como se eu fosse o dono dos céus e da terra.
Eu tenho olhos que vêem e ouvidos para ouvir, pés para andar e mãos que acariciam; cérebro que pensa coisas que já ocorreram a outros, mas que para mim não haviam ocorrido nunca.
Eu sou a herança comum dos homens: alegrias para apreciá-las e compaixão para irmanar-me aos irmãos que estão sofrendo.
E eu tenho fé em Deus que vale para mim amor infinito.
Pode haver riquezas maiores do que a minha?
Por que, então, a revista "Fortune" não me colocou na lista dos homens mais ricos do planeta? "
E você, como se considera? Rico ou pobre?
Tenho quatro leitores a cada dia para agradecer-lhes porque eles lêem o que eu mal escrevo.
Eu tenho uma casa, e nela muitos livros (minha esposa iria dizer que tenho muitos livros e entre eles uma casa).
Eu tenho um pouco do mundo na forma de um jardim, que todo ano me dá maçãs e que iria reduzir ainda mais a presença de Adão e Eva no Paraíso.
Eu tenho um cachorro que não vai dormir até que eu chegue, e que me recebe como se eu fosse o dono dos céus e da terra.
Eu tenho olhos que vêem e ouvidos para ouvir, pés para andar e mãos que acariciam; cérebro que pensa coisas que já ocorreram a outros, mas que para mim não haviam ocorrido nunca.
Eu sou a herança comum dos homens: alegrias para apreciá-las e compaixão para irmanar-me aos irmãos que estão sofrendo.
E eu tenho fé em Deus que vale para mim amor infinito.
Pode haver riquezas maiores do que a minha?
Por que, então, a revista "Fortune" não me colocou na lista dos homens mais ricos do planeta? "
E você, como se considera? Rico ou pobre?
Há pessoas pobres, mas tão pobres, que a única coisa que possuem é ... DINHEIRO.
Armando Fuentes Aguirre (Catón)
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