Os alunos surdos do Instituto de Educação do Ceará (IEC) estão sem
intérpretes da Língua Brasileira dos Sinais (Libras) em sala de aula. O
IEC se propõe a uma educação inclusiva, com ouvintes e surdos na mesma
turma. Entretanto, desde o início do ano, os estudantes surdos não
conseguem acompanhar o ensino, por falta de tradução.
Os três
intérpretes, contratados em 2011, deixaram de ir às aulas em fevereiro
porque não estavam recebendo salário, segundo a diretora do IEC, Eliana
Gondim. O contrato dos intérpretes também não teria sido renovado.
“Falam
de inclusão, mas não há inclusão nenhuma aqui”, indigna-se Lílian
Costa, aluna do segundo ano. Ela diz que os oito surdos matriculados no
instituto já falaram com a diretora “inúmeras vezes” em busca de alguma
solução.
Mês passado, a Seduc teria autorizado a contratação
de novos intérpretes. Mas, dos três que trabalhavam no IEC, apenas um
pôde voltar. Os outros já estariam empregados em outras instituições.
A
diretora argumenta a escassez desses profissionais no mercado. Ela diz
que o instituto oferece formação em Libras, mas ainda é algo “muito
novo”. Eliana prevê que somente “dentro de dois ou três anos” a demanda
de intérpretes será suprida no mercado. “Temos duas vagas, mas estamos
procurando desesperadamente alguém”.
Futuro dos alunos
No
início do ano, os alunos surdos teriam sido instruídos a continuar indo
às aulas, mesmo sem tradução, e a fazer leitura labial. Entretanto,
alunos reclamam que os professores falam “muito rápido”, ficando
“praticamente impossível” acompanhar a turma sem o intérprete.
Eliana
acrescenta que, em agosto, haverá reposição de aulas aos estudantes que
foram prejudicados e eles poderão fazer segunda chamada das provas que
perderam. “Espero que em agosto eu já tenha os três intérpretes”, torce a
diretora do IEC.
POSTADA EM : 01/07/2012
FONTE: http://www.opovo.com.br
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