De
acordo com o Censo 2010, o Ceará possui cerca de dois milhões de
pessoas com deficiência, 6,23% deste total declaram-se surdas. Em
Fortaleza, desde 2010, a Central Municipal de Intérpretes e Instrutores
da Libras (Cemil) tem a missão de promover acessibilidade na comunicação
entre surdos e ouvintes. O equipamento está paralisado e aguarda novas
instalações para voltar a funcionar até junho.
O
motivo para o recesso nas atividades seria a adequação da unidade
municipal às Centrais de Interpretação de Libras (CIL), do Governo
Federal. De acordo com o titular da Coordenadoria de Pessoas com
Deficiência (Copedef), Chauzer Fontele, kits unitários foram entregues,
em fevereiro, pela ministra da Secretaria de Direitos Humanos da
República, Maria do Rosário. O Estado recebeu três kit formados por
mobília, computadores, softwares e um automóvel, cada. Um dos kits
ficará na Capital, enquanto os outros foram direcionados para Sobral e
Região Norte. Todas as unidades têm o prazo de 120 dias para
adequarem-se à CIL, a partir da data de assinatura do termo.
As
inovações estão inclusas no programa nacional Viver Sem Limite – Plano
Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, um conjunto de ações de
políticas públicas que visa priorizar o acesso à educação, inclusão
social, atenção à saúde e acessibilidade para a comunidade deficiente.
“Estamos trabalhando para melhorar nosso atendimento. Vamos criar um
modelo bem melhor, porque a Cemil é de grande importância para a
inclusão de pessoas surdas nos órgãos municipais. Os familiares também
podem participar através dos cursos e, hoje, a sociedade tem uma real
necessidade de ter conhecimento em Libras”, considerou o coordenador.
Hoje, o mercado de intérprete está muito
favorável, pois os surdos estão mais abertos a reivindicar seus direitos
de ter um intérprete em órgãos públicos.
O novo projeto da Cemil representa um avanço sobre o atendimento
às expectativas dos deficientes auditivos. O que a Central irá adotar
será o sonho de toda comunidade surda que não pode pagar intérpretes
particulares para os acompanharem em instituições que são públicas.
Ressalta-se, ainda, a importância em investimentos como a aproximação da
Copa do Mundo em 2014 e a necessidade de se comunicar através da Língua
Internacional de Sinais, chamada Gestuno.
FORMAÇÃO
Também pensando na capacitação de novos intérpretes, o diretor Carlos Segundo, da Escola Estadual de Educação Profissional Joaquim Nogueira, adotou em sua instituição uma turma especial de 15 surdos e 15 ouvintes com o desafio de, em 2013, formar 15 técnicos intérpretes de Libras. Para ele, são poucas as oportunidades de inclusão educacional para surdos, e com esta turma, pode contribuir para a convivência dos surdos, além de credenciar os ouvintes a trabalharem como tradutores e intérpretes.
Também pensando na capacitação de novos intérpretes, o diretor Carlos Segundo, da Escola Estadual de Educação Profissional Joaquim Nogueira, adotou em sua instituição uma turma especial de 15 surdos e 15 ouvintes com o desafio de, em 2013, formar 15 técnicos intérpretes de Libras. Para ele, são poucas as oportunidades de inclusão educacional para surdos, e com esta turma, pode contribuir para a convivência dos surdos, além de credenciar os ouvintes a trabalharem como tradutores e intérpretes.
FONTE: http://www.oestadoce.com.br/
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