terça-feira, 12 de março de 2013

CENTRAL DE INTÉRPRETES PASSA POR ADEQUAÇÕES



De acordo com o Censo 2010, o Ceará possui cerca de dois milhões de pessoas com deficiência, 6,23% deste total declaram-se surdas. Em Fortaleza, desde 2010, a Central Municipal de Intérpretes e Instrutores da Libras (Cemil) tem a missão de promover acessibilidade na comunicação entre surdos e ouvintes. O equipamento está paralisado e aguarda novas instalações para voltar a funcionar até junho.

O motivo para o recesso nas atividades seria a adequação da unidade municipal às Centrais de Interpretação de Libras (CIL), do Governo Federal. De acordo com o titular da Coordenadoria de Pessoas com Deficiência (Copedef), Chauzer Fontele, kits unitários foram entregues, em fevereiro, pela ministra da Secretaria de Direitos Humanos da República, Maria do Rosário. O Estado recebeu três kit formados por mobília, computadores, softwares e um automóvel, cada. Um dos kits ficará na Capital, enquanto os outros foram direcionados para Sobral e Região Norte. Todas as unidades têm o prazo de 120 dias para adequarem-se à CIL, a partir da data de assinatura do termo.

As inovações estão inclusas no programa nacional Viver Sem Limite – Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, um conjunto de ações de políticas públicas que visa priorizar o acesso à educação, inclusão social, atenção à saúde e acessibilidade para a comunidade deficiente. “Estamos trabalhando para melhorar nosso atendimento. Vamos criar um modelo bem melhor, porque a Cemil é de grande importância para a inclusão de pessoas surdas nos órgãos municipais. Os familiares também podem participar através dos cursos e, hoje, a sociedade tem uma real necessidade de ter conhecimento em Libras”, considerou o coordenador.

Hoje, o mercado de intérprete está muito favorável, pois os surdos estão mais abertos a reivindicar seus direitos de ter um intérprete em órgãos públicos.

O novo projeto da Cemil representa um avanço sobre o atendimento às expectativas dos deficientes auditivos. O que a Central irá adotar será o sonho de toda comunidade surda que não pode pagar intérpretes particulares para os acompanharem em instituições que são públicas. Ressalta-se, ainda, a importância em investimentos como a aproximação da Copa do Mundo em 2014 e a necessidade de se comunicar através da Língua Internacional de Sinais, chamada Gestuno.

FORMAÇÃO
Também pensando na capacitação de novos intérpretes, o diretor Carlos Segundo, da Escola Estadual de Educação Profissional Joaquim Nogueira, adotou em sua instituição uma turma especial de 15 surdos e 15 ouvintes com o desafio de, em 2013, formar 15 técnicos intérpretes de Libras. Para ele, são poucas as oportunidades de inclusão educacional para surdos, e com esta turma, pode contribuir para a convivência dos surdos, além de credenciar os ouvintes a trabalharem como tradutores e intérpretes.



FONTE: http://www.oestadoce.com.br/


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