Esse blog é para as pessoas que acreditam e lutam pela melhoria da Educação Especial no Brasil.
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
domingo, 20 de novembro de 2011
SOLANGE ROCHA FALA SOBRE OS BOATOS DE FECHAMENTO DO INES
"Fiquem tranquilos, a luta política é dura mas estamos vencendo a batalha e a guerra.
Aqui no INES está tudo dentro da normalidade. Alunos matriculados, orçamento garantido, concurso público para 2012, realização do Prolibras, organização do Letras-Libras presencial e tantas outras ações....
Acabamos de concluir o nosso Plano de Desenvolvimento Institucional - PDI e o nosso Projeto Político Pedagógico-PPP.
Ontem conversei com o Gabinete do Ministro e não há nenhuma notícia que mereça preocupação. Todo acordo costurado com o Ministro Haddad está valendo. O INES segue oferecendo Ensino Básico, e não há nenhuma ameaça nesse sentido.
Aquela Nota Técnica em resposta ao deputado Otávio Leite, não reflete nossas relações com o MEC.
Muitas pessoas se alimentam dessas notícias para gerar pânico ou fazer política menor. Pode tranquilizar essa querida comunidade surda brasileira, que você tão brilhantemente lidera!
Qualquer ameaça ao Instituto, divulgo imediatamente para que juntos possamos reagir.
Com carinho e admiração,
Solange Rocha - Diretora Geral do INES"
Solange Rocha - Diretora Geral do INES"
FONTE: www.facebook.com
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MARIA TERESA MANTOAN COMENTA SOBRE O DECRETO DE SP INSTITUINDO AS ESCOLAS BILÍNGUES
"Eu queria saber como pode existir uma escola bilíngue, onde todos os alunos só falam uma língua!
Escola bilíngue exige no mínimo um ambiente educativo onde duas línguas estão presentes e são faladas e escritas.
O caminho é de mão dupla. Saindo de uma escola bilíngue, como propõe o Decreto, os surdos vão se comunicar apenas com surdos ou com um intérprete ao lado.
Como fica a comunicação dessas pessoas com os ouvintes, se estes não são provocados a aprender a se comunicar em LIBRAS, fora das escolas, no lazer, trabalho, na vida diária?
Alguém pode me explicar qual é a razão dessas escolas continuarem segregando esses estudantes?
Esse Decreto é , no mínimo, sem sentido. Essas escolas já existem, no âmbito da educação especial, na perspectiva excludente. Não serve para nada a não ser para fins eleitoreiros.
Por que as pessoas surdas, seus familiares e professores não se unem aos movimentos em favor da inclusão. Se já tivessem feito isso antes, teríamos escolas bilíngues para todos, sem discriminações, segregação."
FONTE: www.facebook.com
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quarta-feira, 16 de novembro de 2011
VOCÊ CONHECE ALGUM BEBÊ SURDO???
As crianças pequenas não contam se ouvem bem ou não. É necessário que os adultos estejam sempre atentos ao menor sinal de perda auditiva.
A criança pode ter perda auditiva se:
* tem parentes que nasceram surdos;
* a mãe teve rubéola na gravidez;
* o parto foi demorado;
* nasceu prematura ou com menos de 1,5kg;
* teve icterícia (ficou amarelinho) quando nasceu;
* teve meningite;
* tomou medicamento ototóxico.
Fique atento se a criança:
# 0 a 3 meses: não acorda com barulhos fortes.
# 3 a 6 meses: não movimenta a cabeça em direção aos sons.
# 6 meses a 1 ano: não emite sons.
# 6 meses a 1 ano: não reconhece o próprio nome.
# 1 a 2 anos: não compreende palavras cotidianas.
# 1 a 2 anos: não reconhece o próprio nome e o das pessoas próximas.
# 1 a 2 anos: não forma frases curtas.
# Até 3 anos: não conversa assuntos do dia a dia.
# Até 3 anos: não obedece a ordens simples.
# Até 3 anos: não conversa com outras crianças.
FONTE: http://www.ecs.org.br/
domingo, 13 de novembro de 2011
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
INSTITUTO BENJAMIN CONSTANT E A CASA DA MOEDA DO BRASIL LANÇAM MEDALHA QUE REVERENCIA OS 200 ANOS DE NASCIMENTO DE LOUIS BRAILLE
A diretora geral, Érica Deslandes Magno Oliveira, do Instituto Benjamin Constant (IBC), promoveu o lançamento da medalha em homenagem ao bicentenário de nascimento de Louis Braille. O evento aconteceu no dia 30 de outubro, às 15h, no Teatro Benjamin Constant, à Avenida Pasteur, nº 350 - 1º andar, no bairro da Urca, Rio de Janeiro.
Cunhada pela Casa da Moeda do Brasil, a medalha mostra a efígie de Louis Braille e no verso, duas mãos tateando um livro com o sistema de escrita e leitura criado pelo ilustre cego francês, onde aparece a frase “Nas pontas dos dedos, a construção de uma história de independência e cidadania”.
A recordação confeccionada em ouro (100 g – R$ 12.200), prata (64 g – R$ 265) e bronze (55 g –R$ 155), que reverencia o genial inventor, tem a tiragem de 410 unidades, mede cinco centímetros, e poderá ser adquirida.
A cerimônia, que reuniu mais de 300 pessoas, foi presidida pela diretora geral do IBC, Érica Deslandes, e contou com a presença do Dr. Luiz Felipe Denucci Martins, presidente da Casa da Moeda do Brasil; da Coordenadora do Clube da Medalha, Sra. Cléo Costa dos Santos; da Sra. Dorina Nowill, titular da fundação para cegos que leva o seu nome; da artista plástica que fez o design da medalha, Sra. Kátia Dias, e do professor Jonir Bechara, autor do livro Vida de Louis Braille.
A cerimônia, que reuniu mais de 300 pessoas, foi presidida pela diretora geral do IBC, Érica Deslandes, e contou com a presença do Dr. Luiz Felipe Denucci Martins, presidente da Casa da Moeda do Brasil; da Coordenadora do Clube da Medalha, Sra. Cléo Costa dos Santos; da Sra. Dorina Nowill, titular da fundação para cegos que leva o seu nome; da artista plástica que fez o design da medalha, Sra. Kátia Dias, e do professor Jonir Bechara, autor do livro Vida de Louis Braille.
Fonte: Assessoria Instituto Benjamin Constant
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terça-feira, 8 de novembro de 2011
EMPRESA INVENTA CUBO MÁGICO PARA CEGOS
Uma empresa alemã inovou em nome da inclusão e inventou uma versão do já famoso brinquedo cubo mágico para ser jogada por deficientes visuais.
No brinquedo original, o jogador deve combinar cores. A solução da empresa Konstantin Datz para que cegos também possam participar da brincadeira foi colocar, ao invés das cores, palavras em braille nos quadradinhos. Com esta mudança, o jogador só precisa combinar as mesmas palavras juntas de cada lado do cubo.
Por enquanto, o brinquedo é só um protótipo e não está sendo vendido.
FONTE: Época Negócios
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TECNOLOGIA PERMITE A DEFICIENTE VISUAL DIRIGIR
Mark Riccobono, deficiente visual, dirigindo um automóvel no circuito de Daytona
Pesquisadores da Universidade Virginia Tech, nos EUA, criaram um carro adaptado e luvas especiais que permitem que deficientes visuais desviem de obstáculos estáticos e em movimento. Essa tecnologia permite que deficientes visuais possam dirigir automóveis no dia a dia.
Trata-se de uma parafernália tecnológica que conta com um carro adaptado, sistema de navegação, internet e luvas especiais, que vibram ao sinal de curvas no trajeto.
O carro conta com um recurso conhecido como “interface não visual”. Assim, sensores que registram todos os acontecimentos ao redor do veículo enviarão essas mensagens para o sistema central - e depois, para o condutor por meio das luvas.
A tecnologia foi experimentada por Mark Riccobono, diretor da National Federation for the Blind (Federação Nacional para Cegos, em português), que pilotou um automóvel no circuito Daytona International Speedway.
Durante o teste na corrida, Riccobono conseguiu desviar de obstáculos estáticos e em movimento, lançados de uma van. A novidade, que ainda não tem nome, está em testes e não tem previsão para chegar ao mercado. Ainda não há legislação que aprove esse tipo de acessório para os deficientes visuais.
fonte: http://epocanegocios.globo.com/
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PRIMEIRA ESCOLA TÉCNICA BILÍNGUE DO BRASIL SERÁ EM SANTA CATARINA
A presidente Dilma Rousseff anunciou a criação de novas instituições de educação e o lançamento oficial do que será a primeira escola técnica bilíngue do país. O campus de Palhoça do Instituto Federal de SC (IF-SC) aplicará uma metodologia diferenciada, com português escrito e Língua Brasileira de Sinais (Libras). O campus bilíngue também deve contar com adaptações de engenharia para atender de maneira universal — como o toque luminoso, em vez de sonoro, para início das aulas.
O diretor do campus bilíngue, professor Vilmar Silva, explica que a sede definitiva terá 800 alunos presenciais e 1200 à distância em duas linhas de atuação. A primeira é a de produção cultural e design, para formação tecnológica. Já os cursos de tradutor e intérprete e o de instrutor e pedagogia bilíngue terão como eixo a formação de educadores.
Por enquanto, estão disponíveis, em uma sede provisória, curso técnico de materiais bilíngue e de formação continuada de Libras e de edição de imagens, que contam com 62 estudantes. De acordo com o diretor do campus, algumas aulas estão sendo feitas com intérpretes, pois nem todos os 18 professores e técnicos administrativos são fluentes na língua de sinais. Ele explica que esses profissionais estão passando por capacitação.
"Queremos que todos os professores saibam Libras e que a comunicação flua naturalmente" — atesta.
Para ele, o IF-SC há defasagem tanto na formação dos professores, que não se comunicam com sinais, como no preparo dos surdos.
"Cerca de 51% das vagas reservadas para cotas não são preenchidas pela falta de profissionalização dos surdos" — destaca o diretor.
Houve então o lançamento oficial da obra que começou em março e já recebeu R$ 5,96 milhões do governo federal. Outros R$ 4 milhões devem ser investidos em equipamentos e a previsão é que o IF-SC de Palhoça seja inaugurado em junho de 2012.
Para a Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos (Feneis) será o primeiro campus, no país, com formação técnica e superior onde a Libras será de instrução e compartilhada. A diretora de políticas educacionais da Feneis, Patrícia Rezende, considera que o instituto poderá dar "maior visibilidade" à educação bilíngue e à cultura surda no país.
Fonte: http://www.clicrbs.com.br/diariocatarinense/
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SENADOR INCENTIVA ACESSIBILIDADE PARA SURDOS
Senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) reuniu-se com o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, para apresentar um projeto de integração, em telecomunicação, de surdos e ouvintes. O Serviço de Intermediação por Vídeo permite que pessoas com deficiência auditiva severa possam se comunicar pelo sistema telefônico com pessoas ouvintes. O SIV já é utilizado nos Estados Unidos e a proposta de implantação no Brasil foi trazida pelo professor da Universidade de Gallaudet (EUA), o brasileiro Renato Sindicic.
De acordo com o último senso no Brasil, realizado pelo IBGE, existem 5,7 milhões de pessoas com Deficiência Auditiva ou Surdas. A maioria não domina a Língua Portuguesa para se expressar através de texto por causa da dificuldade com relação às construções frasais, uma vez que a linguagem oficial dos surdos é feita com códigos simbólicos, as Libras.
“Esse sistema permite a inclusão social e digital de surdos, por meio da acessibilidade, e deve ser considerado como uma alternativa eficiente para efetiva comunicação com os ouvintes. Para a implantação seria necessária apenas uma câmera e vídeo com acesso à internet banda larga. Com a previsão, já apresentada pelo governo de reduzir os custos da internet e aumentar a cobertura nacional, o SIV é viável e deve ser considerado”, ressaltou Inácio.
FONTE: Assessoria do senador Inácio Arruda
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OBRIGATORIEDADE DA PRESENÇA DO INTÉPRETE EM MATO GROSSO
A Assembleia Legislativa aprovou o Projeto de Lei nº 145/2011, que institui a obrigatoriedade da presença de tradutor/intérprete da Lingua Brasileira de Sinais (Libras) em eventos oficiais em Mato Grosso. O projeto foi aprovado em primeira votação, passando a cumprir prazo da segunda pauta.
A proposta, de autoria do deputado Airton Português, prevê que todos os eventos oficiais do Executivo ou do Legislativo estaduais sejam acompanhados por tradutor especializado em Libras. Se aprovada, a lei abrangerá, também, os vídeos postados em sites mantidos pelo Poder Público, as propagandas oficiais veiculadas em emissoras de TV abertas e a programação veiculada pela TV Assembléia (que, em breve, terá sinal aberto também via satélite).
Adequação e cidadania - O deputado Airton Português diz que a iniciativa visa “adequar os serviços públicos e garantir mais informação e atendimento de qualidade aos portadores de deficiência auditiva. Nós estamos trazendo para o âmbito estadual uma norma já existente na esfera federal, onde a presença de tradutor/intérprete já é obrigatória, há vários anos”, completa o parlamentar. A Lei Federal nº 10.436/2002 reconhece como meio legal de comunicação e expressão a Língua Brasileira de Sinais – Libras, e o Decreto Federal nº 5.626/2005 determina, entre outras coisas, que a Libras deva ser inserida como disciplina curricular obrigatória nos cursos de formação de professores em nível médio e superior.
A proposta que tramita na Assembleia Legislativa ainda inclui outro item importante: obriga a que os órgãos públicos situados na Capital do Estado disponibilizem aos deficientes auditivos intérpretes de Libras. Mediante requerimento prévio, esses profissionais acompanhariam os interessados, durante visita ou atendimento nesses órgãos da administração estadual.
FONTE: http://www.al.mt.gov.br
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MATT HAMILL ANUNCIA APOSENTADORIA
O americano, que nasceu surdo e possui muitas dificuldades na fala, não escondeu o abatimento pelos resultados das últimas duas lutas - acabou superado por Quinton Rampage Jackson em maio -, e tomou a difícil decisão publicando um pronunciamento em seu site oficial.
"Eu estava pronto para tomar esta decisão depois do UFC 130, mas meus amigos, família e treinadores e a pessoa mais importante, minha filha, deram-me coragem para tentar pela última vez. Tenho convivido com muitas lesões desde a final do The Ultimate Fighter; e isso atrapalhou muito meus treinamentos. Não tem sido bom para o meu corpo depois de 28 anos competindo. É tempo de finalmente descansar", afirmou o lutador, que encerra a carreira no MMA (Artes Marciais Mistas, em inglês) com um retrospecto de 10 vitórias e quatro derrotas.
Com uma carreira marcada pela superação, Matt Hamill iniciou a trajetória de atleta na luta greco-romana, com sucesso. Três vezes campeão da Divisão III da NCAA, sendo o primeiro surdo a conseguir tal feito, e medalha de prata na Surdolímpiada de 2001, o americano ingressou no MMA em 2005, no XFO 3, contra o compatriota Robert Hitteno.
O nocaute na estreia, aliado com o bom desempenho, rendeu o convite para a terceira edição do reality show The Ultimate Fighter, quando foi treinado pelo ex-campeão dos meio-pesados Tito Ortiz.
Depois de vencer a primeira luta no programa, contra Mike Nickels, Hamill enfrentou problemas de lesão (uma fratura no nariz) e não pôde continuar. Contudo, o bom desempenho colocou o atleta como um dos nomes do evento que marcou o final desta edição do reality show. Diante do também americano Jesse Forbes, conseguiu outro nocaute e um contrato com a organização do UFC.
A primeira derrota na carreira ocorreu na 75ª edição do evento, em 8 de setembro de 2007, quando perdeu por decisão dividida para o inglês Michael Bisping. Já o segundo resultado negativo ocorreu por conta de um nocaute contra Rich Franklin, um dos atletas mais famosos do evento, no UFC 88.
Os dois maiores resultados da carreira de Hamill ocorreram justamente contra detentores do cinturão dos meio-pesados. Atual campeão da categoria, Jon Jones acabou desclassificado da luta contra o combatente surdo em virtude da utilização de golpes ilegais com o cotovelo. Embora polêmico, o resultado de 5 de dezembro de 2009 conta como uma vitória no cartel do agora ex-atleta do UFC.
Exemplo de superação, Hamill alcançou o ápice da carreira no MMA ao derrotar a lenda, e ex-professor no Ultimate Fighter, Tito Ortiz. Depois de ouvir diversas provocações do polêmico rival, o atleta radicado em Nova York fez uma exibição convincente e venceu o lendário atleta de forma unânime, no UFC 121, disputado em 23 de outubro do ano passado.
As seguidas superações na carreira renderam um convite inusitado a Hamill. Mesmo sem sequer conseguir um title shot, o americano teve a trajetória contada em um filme, no qual é abordada a carreira na luta greco-romana até o ingresso no UFC. O longa-metragem ainda não tem previsão de ser lançado no Brasil.
Fonte: TERRA ESPORTES
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ALEXANDRE DE OLIVEIRA: PIANISTA SURDO
Sentado em um banquinho, sem encostar os pés no chão, porque ainda era muito pequeno, o estudante Alexandre de Oliveira, hoje aos 17 anos, assistia quase hipnotizado ao avô materno tocar piano. Mesmo sem escutar uma nota sequer, o menino dedicava toda a atenção àquele momento. Alexandre nasceu surdo. A família suspeita de problemas genéticos, mas nunca teve certeza. Apesar de não ouvir os sons do mundo, o rapaz escolheu seguir os caminhos do avô e aprendeu a fazer nascer música das teclas brancas e pretas.
Alexandre recebeu conselhos valiosos de um dos maiores pianistas brasileiros, o maestro João Carlos Martins, 71 anos. “Não importa a deficiência. Você precisa ter expressão quando tocar”, ensinou o músico a Alexandre, que agradeceu pela dica com um sorriso.
Alexandre completa: "Gosto do que é diferente. A surdez não é problema nenhum. O problema é o preconceito da sociedade"
FONTE: correiobraziliense.com.br
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GUILHERME MAIA KABBACH: NADADOR SANTISTA QUE CONQUISTOU DUAS MEDALHAS NO MUNDIAL PARA SURDOS
O santista Guilherme Maia Kabbach (Unique1 Academia) garantiu um feito inédito para o Brasil com a conquista de duas medalhas no Campeonato Mundial de Natação para Surdos, que foi disputado em Coimbra, Portugal. Ele entrou para a história com a prata nos 200 metros livre (1min56s17) e com o bronze nos 200 metros borboleta (2min10s72). Nas duas provas, o italiano Luca Germano levou o ouro.
Esta é a primeira vez que Guilherme, que treina na Unique 1 Academia, em Santos, com o técnico Thiago Faria, representa o País no Mundial exclusivo para surdos e reconhecido pela Federação Internacional de Natação (FINA), que conta com 230 atletas, de 36 países. O atleta de 22 anos, que nasceu com apenas 2% da capacidade auditiva, já havia participado das Surdolimpíadas de 2009, em Taipei, na China, conquistando o quinto lugar nos 100 livre.
Guilherme ainda voltará para a piscina para quatro provas, 50 e 100 metros borboleta, 100 livre e 50 costas. “Minha vida é a água. Estou bem feliz de estar no Mundial e conquistar esses resultados. Espero que isso ajude a divulgar o esporte, atraia mais atletas”, afirma Guilherme A Confederação Brasileira de Desportos dos Surdos (CBDS) também enalteceu o feito. “Finalmente, temos o melhor nadador surdo da história. Já havia falado para ele que seria o melhor do Brasil e provavelmente do Mundo”, festejou o secretário geral da entidade, Alexandre Dale Couto.
Fonte: http://www.santoscity.com.br/
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BRAINPORT, TECNOLOGIA AJUDA CEGOS A ENXERGAR
A cegueira começou a se apossar de Barbara Campbell na adolescência, e antes dos 40 anos ela já havia perdido totalmente a visão. Dependendo de um computador com áudio para ler e de uma bengala para andar por Nova York, onde vive e trabalha, Cambpell, 56, ficaria emocionada por ver alguma coisa. Qualquer coisa.
Agora, ela consegue. Campbell está entrando num projeto intensivo de pesquisa, de três anos, que envolve a implantação cirúrgica de eletrodos nos olhos, uma câmera sobre o nariz e um processador de vídeo na cintura.
O projeto, a retina artificial, inclui pacientes em EUA, México e Europa e é parte de uma onda de recentes pesquisas destinadas a fazerem cegos enxergarem.
Alguns dos 37 outros participantes em etapas mais avançadas já conseguem distinguir entre pratos e xícaras, entre grama e calçada, entre meias brancas e escuras, entre portas e janelas, identificar letras grandes e ver onde as pessoas estão, embora não com detalhes.
“Para alguém que é totalmente cego, isso é notável”, disse Andrew Mariani, diretor de um programa no Instituto Nacional dos Olhos.
Os cientistas planejam desenvolver tecnologias que permitam às pessoas ler, escrever e reconhecer rostos. Outras abordagens para ajudar os cegos incluem a terapia genética e a pesquisa com células-tronco, que é considerada promissora, embora longe de produzir resultados. Os estudos também envolvem uma proteína sensível à luz e transplantes de retina.
Em outro projeto, o BrainPort, uma câmera usada por um cego captura imagens e transmite sinais para eletrodos inseridos sobre a língua, produzindo um certo tremor que a pessoa pode aprender a decifrar como a localização ou o movimento de objetos.
A retina artificial de Campbell funciona de forma similar, só que produz a sensação de visão, e não um tremor na língua. Desenvolvida por Mark Humayun, cirurgião de retina da Universidade do Sul da Califórnia, ela se baseia nos implantes cocleares para os surdos.
Com a retina artificial, uma folha de eletrodos é implantada no olho. A pessoa usa óculos com uma pequena câmera, que captura imagens que o processador de vídeo traduz em padrões de luz e sombra. O processador de vídeo orienta cada eletrodo a transmitir sinais representando os contornos, o brilho e o contraste de um objeto, os quais pulsam ao longo dos nervos ópticos para dentro do cérebro.
Atualmente, “é uma imagem muito crua”, disse Jessy Dorn, cientista do Sight Medical Products, que fabrica o dispositivo.
Campbell gostaria especialmente de ver cores, mas qualquer cor seria um clarão aleatório, disse Aries Arditi, pesquisador sênior de ciências da visão da ONG Lighthouse International.
Ela viu luzes circulares em um restaurante, parte de uma instalação luminosa em uma exposição de arte. “Há muito que aprender”, disse ela. Ainda assim, “estou realmente vendo isso”, comemorou.
Games ajudam deficientes visuais a 'mapear' mundo real
Três jogos já são usados por pesquisadores com esse objetivo.
Há mais de 50 jogos baseados em sons para deficientes visuais.
Na imagem de arquivo, livro em braile. Pesquisadores querem usar games para que deficientes visuais possam 'mapear' mundo real.
A realidade virtual pode permitir que usuários de videogames escapem do mundo real, mas um grupo de pesquisadores está utilizando seus recursos para ajudar os deficientes visuais a voltarem ao mundo real, navegando por lugares que realmente existem.
Pesquisadores da Universidade do Chile e da Harvard Medical School estão usando três jogos de computador baseados em som que permitem que jogadores naveguem por um labirinto, um sistema de metrô e edifícios reais, com base em indicações auditivas.
"O jogo funciona, essencialmente, pela interpretação de informações geradas por sons espectrais, tais como pegadas e batidas à porta", disse Lotfi B. Merabet, do Beth Israel Deaconess Medical Center e Harvard Medical School e co-autor de "AER Journal: Research and Practice in Visual Impairment and Blindness". "O jogador usa um teclado para se mover e interagir com o mundo virtual. Por meio de interação sequencial com um ambiente virtual em 3D, o usuário aprende a construir um mapa cognitivo espacial daquilo que o cerca", disse. O objetivo é desenvolver jogos com base em sons que ajudem crianças com deficiências visuais a desenvolver capacidades espaciais, cognitivas e sociais.
"Nos concentramos em desenvolver o software de jogo como ferramenta de reabilitação, de forma a permitir que usuários deficientes visuais avaliem edificações desconhecidas virtualmente antes de percorrê-las na vida real, e também conduzimos estudos com imagens de ressonância do cérebro para determinar de que maneira os cérebros de indivíduos com deficiência realizam essa tarefa", disse Merabet.
Há mais de 50 jogos baseados em sons disponíveis para os deficientes visuais, de acordo com Kelly Sapergia, que resenha jogos criados por e para esse público no programa de rádio "Main Menu", do American Council of the Blind. Segundo ela, as alternativas variam de fliperama a jogos do estilo "Space Invaders", passando por "GMA Tank Commander", um game que permite que o usuário dirija um tanque e dispare armas contra os inimigos.
O analista de sistemas Josinei Ferreira da Costa, 28 anos, desliza com desenvoltura as mãos pelas teclas, extraindo do piano elétrico uma melodia que ficou conhecida na voz da cantora Maria Bethânia. O aluno da Escola de Música de Brasília já guarda na memória um vasto repertório da MPB — seu gênero musical preferido —, mas sofre com a dificuldade para aprender novas canções. Cego, ele depende de partituras em braille para ler as notas. “Muitas vezes, escuto uma música que gostaria de tocar, mas não consigo”, conta.
Foi pensando em pessoas como ele que a professora de música Dolores Tomé teve a ideia de criar o Musibraille, um software que permite transcrever partituras para o sistema de escrita tátil. “Queremos dar a oportunidade para pessoas cegas terem as mesmas ferramentas das pessoas com visão normal, lendo partituras, escrevendo e compondo”, explica. O programa, foi lançado na Biblioteca Nacional e faz parte de um projeto que busca capacitar profissionais da área musical que trabalham com alunos portadores de deficiência visual. “Há uma falsa idéia de que os professores que ensinam cegos precisam saber braille. Isso não é verdade. E o programa vem ajudar nesse aprendizado”, conta Dolores.
O software foi desenvolvido com o professor do Núcleo de Comunicação Eletrônica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Antônio Borges. Permite que uma pessoa sem deficiência transcreva, de forma automática, uma canção para o braille. Para isso, basta digitar a partitura e acionar o comando de conversão. O aluno também pode utilizar o próprio teclado do computador para transcrever a música. Para isso basta usar as letras S, D, F, J, K e L. “É por isso que as teclas F e J sempre apresentam um pequeno relevo, para que os cegos tenham um ponto de referência para se localizar”, explica Dolores. A partir das seis teclas, o usuário segue, então, a lógica do sistema braille, que se baseia numa combinação de seis pontos para formar letras ou, nesse caso, as notas musicais.
Caso o usuário queira conferir o que acabou de escrever, basta apertar o botão F5 para que uma voz eletrônica dite o que foi produzido. Caso ele prefira, também pode escutar a sua produção em midi (formato digital que padroniza o som de instrumentos musicais e equipamentos eletrônicos como piano, guitarras e sintetizadores). “Dessa maneira, a pessoa com deficiência sabe se escreveu certo ou errado e o professor pode acompanhar de perto a evolução do aluno, vendo se ele está conseguindo ‘tirar’ corretamente as notas de uma música”, aponta Dolores.
“Outra facilidade oferecida é a transcrição para a forma gráfica (pauta), que permite que uma pessoa que não seja cega — e trabalhe com o músico cego — possa ter acesso instantâneo e compartilhado à tradução para pauta da partitura braille”, explica Borges, responsável pelo desenvolvimento técnico do programa. Totalmente desenvolvido em código aberto, o software pode ser alterado para se adequar às necessidades de cada pessoa que o baixar.
Josinei tem dificuldade para encontrar partituras musicais em braille e caso o estudante ou professor queira imprimir as partituras em braille, é necessário ter uma impressora especial que reproduza documentos nessa linguagem. Elas custam bem mais caro que as convencionais — em torno de R$ 12 mil —, mas associações e escolas especiais para deficientes visuais contam com esse tipo de equipamento. Segundo Dolores, não existe uma grande variedade de programas de computador disponíveis no mercado para transcrição musical em braille. “Os poucos disponíveis são caros e não estão disponíveis em português, o que impede uma maior disseminação entres os usuários brasileiros”, diz. O estudante de música Josinei está entusiasmado com a nova ferramenta. “O programa nos ajudará muito, pois conseguiremos ter a música que queremos tocar, sem precisar depender de outras pessoas.”
FONTE: http://paulodaportela2003.blogspot.com
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TRATAMENTO COM CÉLULAS-TRONCO PERMITE QUE CEGO VOLTE A ENXERGAR
Tratamento com células-tronco por cientistas britânicos restauraram a visão de pessoas ameaçadas de cegueira permanente.
A técnica tem transformado a vida de pacientes que perderam a visão devido a lesão ou doença.
O procedimento tem sido realizado apenas sobre aqueles que perderam a visão em um olho.
Russell Turnbull com consultor cirurgião Dr. Francisco Figueiredo, que supervisionou o estudo no qual a vista de Turnbull foi restaurada"
Mas os ensaios já estão em andamento em pacientes com danos para ambos os olhos e milhões poderiam um dia se beneficiar do tratamento.
A técnica envolve a células-tronco de olho bom do paciente que sofre um tratamento especial no laboratório antes de transferi-los para o olho danificado.
Entre aqueles que já foram submetidos a procedimento está um que perdeu a visão em um olho depois de ser atacada com amônia 15 anos atrás.
Russell Turnbull é um dos poucos pacientes que foram tratados com sucesso por cientistas e cirurgiões do Norte de Inglaterra na East Stem Cell Institute da Universidade de Newcastle.
Dentro de algumas semanas Turnbull, 38, encontrou a sua visão de volta ao nível de quando foi atacado em uma viagem de ônibus para casa após uma noite em Newcastle, em 1994.
Como 'cobaia' em um estudo no instituto, os investigadores tomaram uma pequena quantidade de células-tronco de olho bom Turnbull e trataram em um laboratório, antes de implantá-lo no olho danificado, onde começaram a funcionar normalmente, restaurando a visão.
Ontem, ele disse: "Eu tenho a minha vida de volta, graças à operação".
A técnica evita a necessidade de drogas para suprimir a imunidade devido a células do próprio paciente implantado não poder ser rejeitada.
É também o primeiro processo que não usa produtos de origem animal para ajudar no tratamento das células-tronco em laboratório.
Os cientistas esperam que a técnica possa ajudar centenas de pacientes cujos olhos foram danificados por lentes de contato, em acidentes que envolvem ferimentos térmico ou químico, e por doenças.
O procedimento de metas nebulosidade córnea - conhecido medicamente como deficiência limbar - que foi previsto para causar cegueira em oito milhões de doentes em todo o mundo a cada ano e afeta até 10.000 na Grã-Bretanha.
Francisco Figueiredo, um cirurgião de olho e consultor no Norte da Inglaterra, East Stem Cell Institute, que co-liderou o projeto, disse que a descoberta poderá potencialmente "ajudar milhões de pessoas. Esta técnica que estamos trabalhando nos últimos três anos tem o potencial de mudar a vida das pessoas", acrescentou.
"Ao fazer uma operação de transplante de células-tronco, sua vida volta ao normal".
A pesquisa, publicada na revista Stem Cells E.U., tem sido utilizada para ajudar a oito pacientes com opacidade de córnea em um olho, que têm visão suficiente no olho restante para fornecer uma fonte de células-tronco saudáveis.
Mas os pesquisadores já estão realizando testes com os pacientes que têm dano em ambos os olhos.
O Sr. Figueiredo disse: "Eu tenho 74 anos e não sou capaz de enxergar de um olho por 54 anos". Na idade de 20 anos ele foi atacado na rua com amônia e perdeu a visão.
Agora, depois de ter feito a cirurgia, ele pode ver de novo.
Desde que a cegueira é causada pela deficiência de células-tronco poderá ser restaurada, utilizando esta técnica.
O tratamento tem dado ao senhor Turnbull a visão em seu olho danificado quase igual olho saudável.
O Professor Michael Whitaker, co-diretor do instituto, disse: "Células-tronco da medula óssea têm sido utilizadas com sucesso por muitos anos para tratar o câncer e doenças imunes, mas este é o primeiro sucesso da terapia com células-tronco utilizando células-tronco a partir do olho sem produtos animais para tratar a doença. Como os primeiros resultados parecem promissores, estamos pensando na difícil tarefa de como trazer esse tratamento rápido para as clínicas, como concluir os testes clínicos necessários, de modo que o tratamento pode ser compartilhado com todos os pacientes que poderiam se beneficiar. "
Um grande estudo envolvendo 24 pacientes está em andamento com financiamento do Reino Unido Medical Research Council.
FONTE: DAILYMAIL
* O TEXTO ENCONTRA-SE EM SEU FORMATO ORIGINAL. ERROS GRAMATICAIS E DISTORÇÕES SÃO DE RESPONSABILIDADE DO AUTOR.
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CÉLULAS-TRONCO EM TERAPIA PARA CEGOS
A Advanced Cell Technology, uma startup de Marlborough (EUA), iniciou os testes do uso de células-tronco embrionárias no tratamento de pacientes cegos.
A pesquisa abrangerá 24 voluntários.
Esse tipo de terapia ocupa o topo da lista dos mais esperados avanços da medicina.
A companhia americana foi uma das primeiras a caminhar na direção desse sonho.
Em um ano, suas ações subiram 170%.
A empresa está avaliada em US$ 290 milhões.
Esse é o prêmio pela persistência.
Criada nos anos 90, a companhia havia perdido US$ 180 milhões.
FONTE: ÉPOCA NEGÓCIOS
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TECNOLOGIA ASSEGURA O RETORNO DA LINGUAGEM ORAL PARA DEFICIENTES AUDITIVOS
Tecnologia assegura o retorno da linguagem oral a crianças com problema auditivo. O silêncio quase ou absoluto se impõe na vida de mais crianças do que a maioria das pessoas com a audição intacta. Na população em geral, a deficiência auditiva atinge de um a seis bebês a cada mil nascimentos. O ouvir bem está, inevitavelmente, ligado ao falar, ao se comunicar, a estar inserido socialmente. Embora reconhecido mundialmente como uma triagem fundamental para chegar a um diagnóstico precoce da surdez, o teste da orelhinha tornou-se obrigatório no Brasil somente em agosto de 2010. Segundo especialistas, muitos hospitais públicos e particulares ainda nem sequer dispõem da aparelhagem para realizá-lo.
Para a criança cuja deficiência é detectada antes dos 6 meses de idade, os recursos médicos e fonoterápicos ecoam esperança. Quando aliados, eles conseguem proporcionar aos pequenos uma qualidade de vida muito próxima da de meninos e meninas que escutam os sons perfeitamente. Diversos fatores provocam a surdez infantil. Quando estão envolvidos indicadores de risco — histórico de deficiência auditiva na família, doenças na gravidez (rubéola, toxoplasmose, citomegalovírus, herpes, sífilis), prematuridade e permanência na UTI — a incidência aumenta para um caso a cada 50 nascimentos.
Segundo o otorrinolaringologista Marcelo Toledo Piza, as causas mais comuns da surdez congênita são as mutações genéticas que promovem alterações nas células do ouvido interno. Tais estruturas transformam o som em impulso nervoso, permitindo que o cérebro reconheça os estímulos sonoros. Menos comum, mas tão graves quanto, são as causas da deficiência auditiva depois do nascimento. Inflamações no ouvido, viroses e males como a meningite podem gerar o transtorno. “O teste da orelhinha é um exame de triagem. Se alguma alteração for detectada, a avaliação deve ser refeita. Se a anormalidade persistir, exames diagnósticos devem ser realizados o quanto antes por um fonoaudiólogo”, orienta o médico diretor da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia.
A impossibilidade de escutar o que se passa ao redor traz prejuízos sérios à oralidade e ao desenvolvimento cognitivo. Sem poder contar com os recursos atuais, até o início do século passado, os surdos eram internados em manicômios. As próteses auditivas e os implantes transformaram a realidade de quem consegue o diagnóstico e o tratamento precoces. “A triagem auditiva neonatal universal (Tanu) é fundamental para que intervenções médicas e terapêuticas possam minimizar, ao máximo, a limitação. Indivíduos com indicadores de risco para a surdez devem ser monitorados, ou seja, testados por mais tempo”, aconselha o médico Martin Ptok, do Hannover Medical School, na Alemanha. O pesquisador garante que todas as evidências científicas apontam que, quanto antes a deficiência auditiva for detectada e tratada, melhor o desempenho que o indivíduo terá na linguagem.
Quando o paciente perde grande quantidade de células do ouvido interno, as próteses auditivas não trazem benefício e a indicação passa a ser a cirurgia para implante coclear. “Esse dispositivo estimula as fibras do nervo auditivo. Se o diagnóstico não for tardio, o atraso no desenvolvimento infantil é mínimo. O cérebro tem plasticidade. Porém, esse benefício é mais bem aproveitado quando o problema é remediado antes dos 6 meses de idade. A fonoterapia também deve ser iniciada nessa fase”, acrescenta Marcelo Piza.
A fonoaudióloga e neurocientista Valéria Reis do Canto Pereira reforça que a orelhinha deve ser testada até a alta hospitalar. Confirmado algum problema, exames comportamentais e eletrofisiológicos são recomendados. O objetivo é descobrir o que promoveu a surdez, caracterizar o seu tipo e o grau e saber se a perda auditiva acomete um ou os dois ouvidos. A partir daí é determinado o tipo de intervenção para remediá-la. “Não adianta fazer a triagem, constatar o problema e não interferir. A deficiência auditiva nos primeiros meses de vida é muito sutil, os pais não a percebem. Por isso, a triagem é importantíssima. Quanto mais cedo intervirmos, menor o prejuízo e maior o sucesso das terapias fonoaudiológicas”, enfatiza.
A reabilitação pode entrar em cena antes mesmo da colocação da prótese ou da cirurgia do implante coclear. Os fonoaudiólogos usam técnicas que estimulam a criança a desenvolver tanto as habilidades auditivas quanto a linguagem oral. “O implante não é mágico. É essencial que o paciente aprenda a ouvir e a responder a tal estímulo. Isso é incansavelmente trabalhado com brincadeiras que fazem as crianças perceberem que o mundo é sonoro”, explica a mestre em clínica fonoaudiológica e especialista em deficiência auditiva Ângela Alves.
Segundo ela, o desafio é ensinar os pequenos a detectar, distinguir, reconhecer e compreender os sons. A conquista do desenvolvimento da audição e da capacidade de se expressar oralmente é certa, porém gradativa. Os pais devem ser parceiros dos fonoterapeutas, participando da terapia e aplicando em casa as técnicas ensinadas na clínica. “Ninguém escolhe ter um filho surdo. Mas lutar para que essa criança supere a limitação e fique em situação muito semelhante à de uma pessoa não afetada por esse tipo de deficiência é, sim, uma escolha. Todas as crianças têm o direito de desenvolver a comunicação oral. Para os surdos, isso é possível com a intervenção médica e a fonoterapia”, sustenta Ângela.
O pequeno Eduardo Cerqueira Cordeiro, de 3 anos, já tagarela como qualquer criança da sua idade. A surdez, que comprometeu ambos os ouvidos depois do quarto mês de vida, foi remediada com o implante coclear, cirurgia realizada, com êxito, nas duas orelhas.
A mãe do garoto, a economista Sandra Cerqueira, conta que os médicos suspeitam que uma virose pode ter provocado a deficiência auditiva profunda. “Percebi que ele não desenvolvia a linguagem e minha intuição dizia que era algum problema com a audição. A terapia foi iniciada logo após a cirurgia. Ela é um aprendizado para os pais também. A oralidade vem sendo construída aos poucos. É emocionante vê-lo se comunicar e poder participar disso. Temos a certeza de que Dudu terá as mesmas oportunidade de uma criança sem qualquer deficiência auditiva”, diz a mãe coruja.
Vítima da síndrome de Waardenburg, o esperto João Lucas Caballero dos Santos, de 5, ficou surdo quando tinha 6 meses. O implante de cóclea foi feito no ouvido direito e a terapia promoveu a aquisição da linguagem. “No começo me perguntava se ele realmente conseguiria falar. A evolução foi impressionante. Meu menino frequenta a escola como qualquer outro da sua idade e está muito bem no processo de aprendizagem. A limitação está cada dia menor”, observa Carmen Caballero dos Santos, a orgulhosa mãe de João.
O citomegalovírus (CMV) é um vírus da família do herpes vírus. Estima-se que cerca de 1% dos bebês nasçam com a infecção, que é chamadade citomegalovirose congênita. A grande maioria dos bebês com CMV não apresenta nenhum sintoma porque na maioria dos casos a infecção é inofensiva. Outros, porém, apresentam vários problemas que podem não ser notados em um primeiro momento, como a surdez.
A síndrome de Waardenburg tem origem hereditária e se caracteriza por surdez e albinismo parcial (pele pálida, cabelo e cor dos olhos desbotados). O problema é herdado como traço autossômico dominante, ou seja, apenas um dos pais passa o gene defeituoso para a criança. Existem quatro tipos de síndrome de Waardenburg. A perda auditiva e a alteração no pigmento (cor) da pele, cabelo e olhos — os olhos apresentam pigmentação diferente um do outro — estão presentes em todos eles.
FONTE: DIÁRIO DE PERNAMBUCO
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sexta-feira, 4 de novembro de 2011
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA OFERECERÁ PROVAS EM LIBRAS NO VESTIBULAR 2012
A partir do próximo vestibular a Universidade Estadual de Londrina (UEL) passa a oferecer provas na Língua Brasileira de Sinais (Libras) visando atender candidatos surdos, por meio de provas que serão interpretadas por um tradutor. A novidade atende solicitações de entidades e escolas especiais e obedece ao Decreto-Lei 5626/2005, que determina que Instituições de Ensino Superior devem proporcionar tradutor e intérprete em Libras para estudantes surdos terem acesso à graduação. No ato de inscrição o candidato surdo deverá indicar a sua necessidade, no caso, a prova em Libras.
Elaine Mateus, da Coordenadoria de Processos Seletivos (Cops), afirma que a expectativa é receber em torno de 20 inscrições de candidatos surdos. As questões das provas deverão ser interpretadas em Libras e transmitidas aos candidatos por meio de vídeo. Os estudantes farão as provas com auxilio de um computador.
"Queremos que os candidatos tenham total autonomia e independência para fazer as provas", define a coordenadora. Segundo ela, o uso da tecnologia garantirá segurança e a possibilidade de oferecer um recurso que colocará o candidato surdo em condições de disputar uma vaga com os demais concorrentes. A produção do vídeo em Libras será feita pelo Laboratório de Tecnologia Educacional (Labted) da UEL.
Ainda de acordo com a professora Elaine, cuidado especial será tomado na correção da prova de redação e da prova discursiva, em que os examinadores deverão considerar a realidade do candidato. "Teremos uma equipe acompanhando a correção destas provas para fazer as considerações necessárias", afirmou. A professora Silvana Araújo Silva, docente responsável pela disciplina de LIBRAS do Departamento de Letras Vernáculas e Clássicas, esclarece que o português representa a segunda língua do surdo, que aprende a se comunicar por Libras. Dessa forma é preciso considerar a escrita dos candidatos, cuja sintaxe, concordância e regência, por exemplo, seguem outras regras.
A prova em Libras é a novidade do próximo concurso, mas a UEL já atende a outros candidatos com necessidades especiais, como deficientes visuais, estudantes que apresentam dislexia, e que solicitam, por exemplo, ledores, provas em braile, ampliadas ou maior prazo para fazer responder as questões.
A iniciativa de oferecer a prova em Libras para os candidatos exigirá acompanhamento especializado. Além da professora Silvana Araújo Silva, a Cops contará também com a professora Cleusa Camargo de Oliveira, do Departamento de Educação. As duas têm larga experiência na área, sendo que Cleusa perdeu a audição com seis anos de idade e posteriormente graduou-se em Pedagogia e Letras Libras.
FONTE: http://londrina.odiario.com
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CRIANÇAS SURDAS PODEM FREQUENTAR ESCOLAS REGULARES?
Recentemente, o ministro da Educação, Fernando Haddad, apresentou uma proposta que visa a estimular a inclusão de estudantes com deficiência visual e auditiva em escolas regulares. A iniciativa trouxe à tona, mais uma vez, a discussão em torno da educação adequada aos alunos com perda auditiva.
A meu ver, como profissional da área da fonoaudiologia, a escolha da instituição de ensino para uma criança com essa deficiência é sempre uma questão difícil. Esta decisão deve ser tomada com cautela, após muitas reflexões e conversas com profissionais e famílias que vivenciam ou passaram pela mesma situação.Para alguns, a inclusão do surdo em uma classe de estudantes ouvintes auxiliará no seu desenvolvimento, mas, para outros, esta medida pode ser prejudicial à criança, que será impedida de se desenvolver segundo a própria cultura surda e, ainda, pode ser prejudicada em relação às avaliações e aos resultados, como as notas.
Quando refletimos sobre este tema, devemos pensar que existem diversos graus de perdas auditivas e que, para cada criança, pode-se pensar em uma solução educacional diferente. No caso dos pequenos com perda auditiva de grau leve a moderado e que estejam devidamente adaptados aos aparelhos auditivos, por exemplo, a inclusão em classes de alunos ouvintes pode ser positiva, desde que haja estrutura suficiente para que a criança tenha acesso a todas as informações em sala e vivência da escola.
Já para as crianças com surdez profunda, acredito que a escolha da escola ideal pode ser mais difícil, pois, nestes casos, o impacto da perda auditiva é maior. Portanto, a análise das instituições deve ser feita pacientemente. Além disso, diversos fatores também precisam ser avaliados e discutidos, como estrutura e o preparo dos professores para lidarem com deficientes auditivos.
Para aqueles que defendem o desenvolvimento da capacidade de falar em crianças deficientes auditivas, a convivência com alunos ouvintes é fundamental. Para a comunidade surda, porém, escolas especiais proporcionam ambientes mais adequados para o desenvolvimento total da criança deficiente, por meio do bilinguismo.
Com base nesse cenário e até mesmo em casos de pacientes que já passaram pelo meu acompanhamento, é importante que a família entenda que existem diferentes a serem avaliadas e que se deve considerar a que melhor responde aos seus questionamentos e anseios. Importante ressaltar também que os professores e a direção da instituição de ensino devem ser avisados sobre alunos especiais, para que os educadores se preparem para conviver com eles e entendam suas necessidades e peculiaridades, como a expressão facial, que, no caso do deficiente auditivo, contribui para a compreensão da informação e dos conteúdos apresentados em sala de aula.
* Maria do Carmo Branco é fonoaudióloga
FONTE: JORNAL DO BRASIL
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EUGENIO MALOSSI
Nascido em Avellino - Itália, em 1885.
Aos 2 anos de idade, contraiu Meningite e por consequência perdeu a visão e a audição.
Em 1895, teve início sua educação graças à dedicação do professor Francisco Artusio do, então recém fundado "Instituto Domenico Masturcelli".
Ainda adolescente produzia, em seu bem equipado ateliê, os mais variados trabalhos de artesanato e, deixando aflorar sua vocação pela mecânica, consertava qualquer máquina que apresentasse algum problema.
Porém sua sede de saber não se limitava ao artesanato e à mecânica. Assim, com a ajuda de uma amiga, chegou a aprender vários idiomas, o que lhe possibilitou ler, no Sistema Braille, obras de mecânica de diversos autores estrangeiros.
Aos 40 anos, foi nomeado professor de mecânica do "Instituto Paolo Colosimo", em Nápoles, onde, com sua personalidade enérgica e firme, desenvolveu um trabalho preciso e profícuo.
Em uma de suas viagens, ao visitar uma fábrica, em Berlim, exclamou observando a avançada tecnologia da maquinária: "Cada dia estou mais agradecido a Deus por me ter dado a vida."
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RAGNHILD KAATA
Nasceu em Vester Slidre - Noruega, em 14 de maio de 1873.
Aos 4 anos de idade, foi acometida por uma grave enfermidade, que os médicos não puderam diagnosticar, em consequência da qual perdeu a visão, a audição, o olfato e o paladar.
Aos 14 anos foi admitida, como aluna interna, no Instituto para Surdos de Hamar - Noruega - cujo Diretor, Elías Hofgard, assumiu a tarefa de educá-la. Após alguns meses de perseverantes e infatigáveis esforços, Ragnhild começou a pronunciar algumas palavras.
Em vista desse sucesso foi iniciada no aprendizado do Sistema Braille e, assim, chegou a ter amplos conhecimentos de Geografia, Gramática e Aritmética.
Entretanto, desenvolver atividades de trabalhos manuais era o que mais gostava. Sua extrema habilidade em tecer qualquer tipo de trama, fazer meias e os mais variados artigos de malha, lhe permitiu ganhar seu próprio sustento quando saiu do Instituto de Hamar, aos 22 anos.
Em 1889, Mrs. Landson, professora da Perkins School, visitou o Instituto para cegos de Hamar e, encantada com a clareza com que Ragnhild Kaata se expressava, graças aos métodos empregados pelo professor Hofgard, ao retornar aos Estados Unidos fez inúmeras conferências, defendendo o emprego daquela metodologia na educação do surdo-cego americano.
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INSTITUTO BENJAMIN CONSTANT
O Instituto Benjamin Constant foi fundado em 12 de setembro de 1854 através do Decreto Imperial n.º 1.428 do imperador Dom Pedro II, tendo sido inaugurado, solenemente, no dia 17 de setembro do mesmo ano, na presença do Imperador, da Imperatriz e de todo o Ministério, com o nome de Imperial Instituto dos Meninos Cegos. Este foi o primeiro passo concreto no Brasil para garantir ao cego o direito à cidadania e é a primeira instituição de ensino do braile na América Latina. Além da escola para alunos com deficiência visual, o instituto, abriga, em prédio estilo neoclássico na Urca, a Imprensa Braille, também fundada no século XIX, e realiza capacitação de professores e a reabilitação social de cegos.
Estruturando-se de acordo com os objetivos a alcançar, o Imperial Instituto dos Meninos Cegos foi pouco-a-pouco derrubando preconceitos e fez ver que a educação das pessoas cegas não era utopia, bem como a profissionalização.
Com o aumento da demanda foi idealizado e construído o prédio atual, que passou a ser utilizado a partir de 1890, após a 1ª etapa da construção. Em 1891, o instituto recebeu o nome que tem hoje: Instituto Benjamin Constant (IBC), em homenagem ao seu terceiro diretor.
Fechado em 1937 para a conclusão da 2ª e última etapa do prédio, o IBC reabriu em 1944. Em setembro de 1945 criou seu curso ginasial, que veio a ser equiparado ao do Colégio Pedro II em junho de 1946. Foi proporcionado, assim, o ingresso nas escolas secundárias e nas universidades.
Fechado em 1937 para a conclusão da 2ª e última etapa do prédio, o IBC reabriu em 1944. Em setembro de 1945 criou seu curso ginasial, que veio a ser equiparado ao do Colégio Pedro II em junho de 1946. Foi proporcionado, assim, o ingresso nas escolas secundárias e nas universidades.
Desde 1998, o atendimento de outras necessidades da comunidade, como a impressão de cardápios, calendários, instruções de utilização de produtos e serviços e cédulas eleitorais está a cargo do instituto. A Imprensa Braille possui maquinário informatizado para editoração e impressão no Sistema Braille, além de recursos próprios para a encadernação de sua produção.
Atualmente, o Instituto Benjamin Constant vê seus objetivos redirecionados e redimensionados. É um Centro de Referência, a nível nacional, para questões da deficiência visual. Possui uma escola, capacita profissionais da área da deficiência visual, assessora escolas e instituições, realiza consultas oftamológicas à população, reabilita, produz material especializado, impressos em Braille e publicações científicas.
Toda a história centenária do IBC foi publicada no primeiro exemplar da Revista Benjamin Constant, em um texto que apresenta os seguintes tópicos históricos: antecedentes, fundação, primeiros diretores, nomes do instituto, imprensa Braille e o instituto no século XX.
Toda a história centenária do IBC foi publicada no primeiro exemplar da Revista Benjamin Constant, em um texto que apresenta os seguintes tópicos históricos: antecedentes, fundação, primeiros diretores, nomes do instituto, imprensa Braille e o instituto no século XX.
FONTE: http://www.ibc.gov.br
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quinta-feira, 3 de novembro de 2011
NO FUNDO DO MAR: MERGULHO AUTÔNOMO ADAPTADO COMPLETA 20 ANOS NO BRASIL E SE CONSAGRA COMO FERRAMENTA DE LAZER E INCLUSÃO SOCIAL
Foi-se o tempo em que mergulhar nas profundezas do oceano era uma prática exclusiva para nadadores experientes, em ótima forma física e, por conseguinte, que não tivessem deficiência física. Atualmente, para desbravar as maravilhas e peculiaridades dos setes mares, basta querer! Isso mesmo, o mergulho adaptado é uma prática inclusiva e permite que pessoas com limitações físicas ou sensoriais possam curtir esse esporte prazeroso, além de promover bem-estar e alegria, num contato íntimo com a natureza. Os adeptos afirmam que a emoção é garantida.
O mergulho autônomo adaptado é uma prática esportiva legalizada, de acordo com a Handicapped Scuba Association Brasil (HSA Brasil), que representa a Handicapped Scuba Association Internacional no País. Assim, para conhecer de perto as particularidades do fundo do mar, é necessário o acompanhamento de algum profissional treinado pela organização, garantindo, assim, a segurança da atividade. “De início há o ‘batismo’ na piscina, como chamamos o primeiro contato com o mergulho. Nesse momento, a pessoa vai aprender noções básicas de como usar o equipamento e vivenciar algumas horas de lazer. Se avaliarmos que ela está preparada, seguimos para algum balneário onde acontecerá o treino no mar”, explica Lúcia Sodré, professora de educação física, especializada na área de pessoas com deficiência, instrutora de mergulho autônomo e responsável pela HSA Brasil.
Curiosidade:
Como o próprio nome diz, o mergulho adaptado envolve as práticas de mergulho convencionais, com algumas adaptações materiais e técnicas. No mergulho convencional (para a pessoa sem deficiência), os praticantes têm de mergulhar sempre em dupla. Já na prática adaptada para tetraplégicos ou cegos e surdos, é necessário mergulhar em trio, a fim de aumentar a segurança.
Lazer para profissionais:
Agora, quem quiser ir além de algumas horas embaixo d’água, pode fazer o curso de mergulhador com certificado internacional. Nesse caso é necessário apresentar atestado médico específico e, após a autorização médica, o aluno deverá frequentar 40 horas de aula, incluindo aprendizados teóricos e práticos. Essa formação garante conhecimentos sobre equipamentos utilizados, física e fisiologia aplicadas ao mergulho.
Um dos atrativos do mergulho é que, embora seja uma prática esportiva, não há competição entre os participantes, pois se trata de uma atividade exclusiva para recreação e lazer. E por falar em diversão, quem tem mobilidade reduzida sabe da importância e facilidade de se locomover dentro da água, já que o corpo fica leve e a flutuabilidade permite se deslocar com suavidade e experimentar sensações muito agradáveis. “A natureza marinha é impressionante. Poder tocar em corais, esponjas, estrelas-do-mar, tudo isso é incrível, me sinto livre e feliz em estar ali”, conta - por intermédio da esposa Cláudia Sofia Pereira- Carlos Jorge Rodrigues, 51 anos, surdo-cego e que pratica mergulho adaptado desde 1997.
Além de ser uma atividade lúdica, que envolve familiares e amigos, pode ser feito por pessoas com qualquer deficiência. “A metodologia de ensino varia de acordo com o grau de necessidade de cada aluno – como, por exemplo, materiais em braille para pessoas com deficiência visual ou com auxílio de vídeo com legendas para quem apresenta deficiência auditiva. Assim, fazemos com todas as pessoas. Afinal, para cada uma delas há adaptações em particular”, conta Lúcia.
A única ressalva é para pessoas com deficiência intelectual, já que os alunos têm de aprender um extenso conteúdo. No entanto, se o candidato apresentar capacidade de entendimento, também poderá participar e desfrutar da prática marinha.
Mergulhar faz bem:
Há quem pense que mergulhar pode promover algum avanço no quadro clínico do paciente mergulhador. Mas Lúcia garante: “Essa atividade não tem cunho terapêutico”. Contudo, é certo que estar envolvido por uma imensidão de água e ver ou tocar animais exóticos proporciona sensações diferentes, afora o ato da inclusão social que, sem dúvida, favorece o estado psicológico de qualquer pessoa, com ou sem deficiência.
Jefferson Maia, 47 anos, foi baleado aos 23 e sofreu uma lesão cervical. À época, ele era mergulhador profissional e trabalhava em uma plataforma de petróleo. Para o espanto de muitos, mesmo após o incidente que lhe tirou a mobilidade dos braços e das pernas, não abriu mão do contato com a vida subaquática. “Sempre tive prazer em mergulhar, me sinto feliz com isso e não vejo razão para deixar de fazer algo que me faça bem”, conta.
Funcionamento e adaptações:
Onde mergulhar?
Como os mergulhos convencionais, as saídas para os adaptados, no Brasil, podem ser feitas em toda a costa, em praias e ilhas, mas as regiões mais procuradas, de acordo com a HSA Brasil, são Arraial do Cabo, Cabo Frio e Angra dos Reis, no Rio de Janeiro.
Como os mergulhos convencionais, as saídas para os adaptados, no Brasil, podem ser feitas em toda a costa, em praias e ilhas, mas as regiões mais procuradas, de acordo com a HSA Brasil, são Arraial do Cabo, Cabo Frio e Angra dos Reis, no Rio de Janeiro.
A prática exige comunicação ininterrupta entre o grupo que está mergulhando, a qual é baseada em um conjunto de códigos de sinais estabelecidos internacionalmente (Sinais Convencionais). Esses gestos são ensinados aos mergulhadores com deficiência. No entanto, para facilitar o processo e possibilitar uma perfeita interação entre pessoas com deficiências visual, audiovisual e motora – com ausência ou limitação para o movimento dos membros superiores – foram criados os Sinais Convencionais Adaptados, instaurados de acordo com as habilidades e possibilidades de cada praticante. Estabelecida a forma de comunicação, é hora de cair na água.
Mas você deve estar se perguntando: como levar um cadeirante, por exemplo, para o fundo do mar? “No Brasil, ainda não temos barcos adaptados com rampas, elevadores e barras de apoio como os disponíveis no Caribe, por exemplo. Quando levamos grupos de pessoas com deficiência para mergulhar na costa brasileira, promovemos essa ‘adaptação’, carregando pessoas sem mobilidade no colo, guiando um cego, enfim, atendendo às necessidades de forma improvisada”, esclarece a professora. E no que diz respeito aos cais de porto, essa é outra questão a ser levantada. “É imprescindível que tenhamos uma estrutura pensada e exclusiva para pessoas com limitações físicas. Em Arraial do Cabo (RJ) há um projeto para a construção de uma plataforma adaptada, com cais flutuante e elevador, promovido pela Mister Diver. Acredito que após a alta temporada de 2012, esteja pronto”.
É evidente que ainda existem diversas barreiras no quesito acessibilidade, as quais impedem a popularização do mergulho adaptado. Por outro lado, é também verdade que seus adeptos não abrem mão de sentir o prazer de estar embaixo d’água e encontram soluções para os empecilhos. “Para mudar esse cenário e proporcionar maior inclusão social, é necessário que outras instituições se mobilizem e patrocinem momentos de lazer para pessoas com deficiência”, destaca Lúcia Sodré. O passeio é planejado com antecedência. “Para a hospedagem, reservamos pousadas e hotéis que ofereçam infraestrutura adequada”, complementa.
Ações e reações:
O mergulho para pessoas com deficiência no Brasil aconteceu pela primeira vez em 1991, quando a professora Lúcia convidou James Gatacre, fundador e presidente da Associação Internacional de Mergulho Adaptado (HSA, sigla em inglês), para ir ao Rio de Janeiro e formar os primeiros instrutores especializados no País. “Desse dia em diante, percorremos um longo caminho, porque a maior barreira não é arquitetônica, ela está em desmistificar o preconceito de que pessoas com tetraplegia, por exemplo, não são capazes de fazer as mesmas coisas que aquelas sem deficiências fazem. O mergulho adaptado é apenas um exemplo de que para toda necessidade há uma solução”, reflete a pioneira.
Há, paralelamente, instituições como o Núcleo de Apoio à Natação (Nanasa), em Santo André (SP), que apoiam o mergulho autônomo adaptado. O Nanasa conta com o apoio do poder público, da iniciativa privada, da sociedade civil e de instituições do ensino superior, todos unidos para promover melhor qualidade de vida às pessoas, independentemente da classe social e de suas condições financeiras. O núcleo atende atualmente cerca de 240 pessoas com deficiências visual, auditiva, intelectual e física, com atividades pra lá de especiais. Para se ter ideia, além das aulas de natação, totalmente gratuitas, os profissionais promovem reuniões pedagógicas com os familiares, orientando e estimulando o convívio social. Recreação com festas temáticas e atividades de lazer em parques da cidade são outras práticas da organização.
É evidente que ainda existem diversas barreiras no quesito acessibilidade, as quais impedem a popularização do mergulho adaptado. Por outro lado, é também verdade que seus adeptos não abrem mão de sentir o prazer de estar embaixo d’água e encontram soluções para os empecilhos. “Para mudar esse cenário e proporcionar maior inclusão social, é necessário que outras instituições se mobilizem e patrocinem momentos de lazer para pessoas com deficiência”, destaca Lúcia Sodré. O passeio é planejado com antecedência. “Para a hospedagem, reservamos pousadas e hotéis que ofereçam infraestrutura adequada”, complementa.
Ações e reações:
O mergulho para pessoas com deficiência no Brasil aconteceu pela primeira vez em 1991, quando a professora Lúcia convidou James Gatacre, fundador e presidente da Associação Internacional de Mergulho Adaptado (HSA, sigla em inglês), para ir ao Rio de Janeiro e formar os primeiros instrutores especializados no País. “Desse dia em diante, percorremos um longo caminho, porque a maior barreira não é arquitetônica, ela está em desmistificar o preconceito de que pessoas com tetraplegia, por exemplo, não são capazes de fazer as mesmas coisas que aquelas sem deficiências fazem. O mergulho adaptado é apenas um exemplo de que para toda necessidade há uma solução”, reflete a pioneira.
Há, paralelamente, instituições como o Núcleo de Apoio à Natação (Nanasa), em Santo André (SP), que apoiam o mergulho autônomo adaptado. O Nanasa conta com o apoio do poder público, da iniciativa privada, da sociedade civil e de instituições do ensino superior, todos unidos para promover melhor qualidade de vida às pessoas, independentemente da classe social e de suas condições financeiras. O núcleo atende atualmente cerca de 240 pessoas com deficiências visual, auditiva, intelectual e física, com atividades pra lá de especiais. Para se ter ideia, além das aulas de natação, totalmente gratuitas, os profissionais promovem reuniões pedagógicas com os familiares, orientando e estimulando o convívio social. Recreação com festas temáticas e atividades de lazer em parques da cidade são outras práticas da organização.
SERVIÇO:
HSA Brasil: www.intervox.nce.ufrj.br/~sbma
Inclusivas: www.inclusivas.blogspot.com
Núcleo de Apoio à Natação Adaptada – Nanasa: (11) 4993-0619
HSA Brasil: www.intervox.nce.ufrj.br/~sbma
Inclusivas: www.inclusivas.blogspot.com
Núcleo de Apoio à Natação Adaptada – Nanasa: (11) 4993-0619
FONTE: Cynthia Marafanti - Revista Sentidos
* O TEXTO ENCONTRA-SE EM SEU FORMATO ORIGINAL. ERROS GRAMATICAIS E DISTORÇÕES SÃO DE RESPONSABILIDADE DO AUTOR.
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SURDOS DO MORRO DO CHAPÉU VIVEM SEM COMUNICAÇÃO E SEM DIGNIDADE
A forma como os surdos são vistos pela comunidade em Morro do Chapéu/BA é triste e não muito diferente da maneira observada em várias outras cidades. A maioria dos surdos não conhece a Língua Brasileira de Sinais (Libras) e assim vive excluída, com dificuldades de comunicação que se iniciam dentro de suas próprias casas.
A coordenadora do projeto Alcance Surdos, Marília Moraes Manhães, relatou que encontraram um jovem surdo de 22 anos que vive bêbado pelas ruas da cidade. Encontraram também a mãe deste, que guarda um grande ódio no coração pelo fato do filho ter sido rejeitado na escola. Esta mesma mãe vê o filho como um "castigo para ela", e não acredita mais que o filho possa desenvolver-se, devido ao alcoolismo. "A mãe nos contou que todo o dinheiro que ele recebe é gasto com os amigos, comprando bebida. As pessoas chegam ao ponto de tirar-lhe a roupa e o dinheiro e o deixam pelas ruas", compartilhou Marília.
Para a missionária, o Alcance Surdos está trazendo para a cidade uma nova visão sobre quem é o surdo, porque todos os surdos são considerados "doidos", doentes e acham que todos devem estar na CAPNE (Centro de Apoio a Portadores de Necessidades Especiais), onde estudam doentes mentais, entre outros. "Em uma das casas que visitamos, um senhor disse que viu um surdo dirigindo (se referindo ao missionário Josivaldo) e disse que ele está contra a lei, pois, por ser doente, não pode dirigir".
A presença de profissionais de diferentes áreas no curso de Libras nos dá esperanças de um futuro melhor para os surdos em Morro do Chapéu. "Temos seis professores, uma médica ginecologista, uma enfermeira, um auxiliar e três agentes de saúde, além de comerciantes". Todos em busca de poder prestar melhor atendimento aos surdos da cidade que, segundo o IBGE são 1.379.
FONTE: Junta de Missões Nacionais de Convenção Batista Brasileira
* O TEXTO ENCONTRA-SE EM SEU FORMATO ORIGINAL. ERROS GRAMATICAIS E DISTORÇÕES SÃO DE RESPONSABILIDADE DO AUTOR.
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PROPOSTA OBRIGA ESCOLAS A USAREM LIBRAS EM SALA DE AULA
A comunicação com os estudantes com deficiência auditiva em todos os níveis e modalidades da educação básica, nas escolas públicas e privadas, poderá ser obrigatoriamente feita por meio da Língua Brasileira de Sinais (Libras).
É o que prevê projeto do senador Cristovam Buarque (PDT-DF) aprovado ontem em Plenário e enviado para análise da Câmara dos Deputados.
O projeto inicial previa que a Libras seria componente curricular obrigatório, inclusive para os alunos ouvintes, mas emenda acatada restringiu essa obrigação apenas aos alunos surdos.
Dessa forma, as escolas terão três anos, a partir da publicação da lei, para montar estrutura e ensinar Libras aos alunos surdos, que terão o direito de comunicar-se por meio desse sistema linguístico.
O texto aprovado diz ainda que as condições para a oferta de ensino de Libras serão definidas em regulamento dos sistemas de ensino, que detalharão a necessidade de professores bilíngues, de tradutores e intérpretes e de tecnologias de comunicação em Libras.
Também fica aberta a possibilidade de acesso da comunidade estudantil sem deficiência auditiva e dos pais de alunos com deficiência auditiva ao aprendizado de Libras.
Reconhecida por lei como meio de comunicação e expressão, a Libras pode ser ensinada nos cursos de professores para o exercício do magistério.
FONTE: Jornal do Senado
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COMO SE DÁ A LEITURA LABIAL?
Se tem algo que parece ser tabu quando se refere a deficiência auditiva é abordar essa tal de ‘leitura labial’, também chamada de leitura orofacial. Ouço falarem mal dela como se fosse algo fictício ou cheio de falha, algo quase impossível de se fazer.
Olha, longe de mim falar mal de outras formas de comunicação para deficientes auditivos, mas quando perdi a audição, aprendi a ler lábios quase automaticamente (claro que aperfeiçoei com o tempo) e fui da quarta série do primário à faculdade, passando pelo aprendizado de inglês, francês e espanhol somente pela leitura labial. Então, não acho que seja tão complexo quanto pensam. Apenas algumas pessoas têm facilidade para ela e outras não. E, como muita gente tem facilidade com isso, ler lábios é uma excelente maneira de se comunicar usada pelos surdos oralizados.
Leitura labial não é a mesma coisa que ouvir, admito. Mas, também não é nenhum bicho de sete cabeças. A capacidade de adaptação humana impressiona qualquer um que se permita compreender que o corpo humano é a “máquina orgânica” mais adaptável e programada pra sobreviver em qualquer circunstância que existe na face da Terra. Mas, sempre que me perguntavam como era isso de ler os lábios, eu nunca conseguia explicar muito bem. Limitava-me a repetir o que a fonoaudióloga havia me explicado: Lemos a movimentação dos lábios somada à posição da língua.
Certa vez, tive um sonho que eu mesma me explicava como funcionava a leitura labial e hoje é a explicação que dou. Então, voilà: A leitura labial é formada por quatro etapas distintas. Ler lábios não é a mesma coisa que ouvir uma mensagem e interpretá-la no cérebro, porque uma das etapas é a que faz a maior diferença: não é tão imediata. Algumas coisas levam mais tempo para serem compreendidas do que quando se ouve.
Portanto, é comum que quem depende da leitura labial faça algumas pausas momentâneas durante a conversa. Não é que ele seja lento de raciocínio, é que ele demora um pouco mais pra processar o que foi dito. Por isso mesmo que tem gente que diz que não tem paciência de conversar com surdo oralizado, infelizmente. A segunda etapa é o obvio: Simplesmente ler os lábios, observando a posição deles. Como muitos fonemas se parecem, vamos à terceira etapa: compreender a mensagem, pra distinguir os fonemas.
Portanto, é comum que quem depende da leitura labial faça algumas pausas momentâneas durante a conversa. Não é que ele seja lento de raciocínio, é que ele demora um pouco mais pra processar o que foi dito. Por isso mesmo que tem gente que diz que não tem paciência de conversar com surdo oralizado, infelizmente. A segunda etapa é o obvio: Simplesmente ler os lábios, observando a posição deles. Como muitos fonemas se parecem, vamos à terceira etapa: compreender a mensagem, pra distinguir os fonemas.
“Passei a manteiga no pão com a faca” pode ser absolutamente idêntico na leitura labial que “passei a manteiga no mão com a vaga”. Obviamente, a segunda frase não teria o menor sentido, então é automaticamente eliminada. Pra isso, desenvolvemos muito da lógica dedutiva e, de quebra, surdos costumam ser bons em interpretação de mensagens implícitas. E essa eliminação se faz numa velocidade tão rápida, que muitas vezes, a gente nem percebe que faz tal processamento mental. Dada a falta de entonação da voz – que é quase totalmente auditiva – a gente faz pela leitura da expressão facial. Quando mais expressiva é a pessoa, mais clara é a comunicação.
Por outro lado, 100% de leitura labial não existe. Alias, nem 100% de audição, alguma coisa sempre se perde. No caso da leitura labial, isso ocorre com mais frequência. No entanto, na leitura labial, a maior parte do tempo, tenta-se compreender o sentido do que é dito, não cada palavra isolada, porque cansa menos e vai mais rápido. É uma questão de prática e hábito.
Para aprender, você pode treinar consigo mesmo, na frente no espelho, vários fonemas diferentes. E pedir pra alguma pessoa te ajudar também. Fonoterapia também ajuda imensamente. Em caso de dificuldade com algum fonema específico, ela é a pessoa mais adequada pra ajudar no treinamento da leitura labial.
Por fim, a última etapa é que, quanto melhor for o conhecimento no idioma, mais fácil é a leitura labial. Palavras novas podem soar difíceis, porque não temos como fazer a comparação. O jeito é pedir para escrever a palavra e “adicioná-la ao dicionário mental”. Imagine o tamanho do dicionário mental de alguém que faz leitura labial em mais de um idioma, como português, francês e espanhol? Pois é…
Outra coisa, não adianta um surdo oralizado se aborrecer com as pessoas. É preciso reconhecer a própria limitação e pedir pra que elas falem devagar, de frente pra quem lê lábios, repetir quando e quantas vezes forem necessárias. E ainda tem paciência de explicar que quem lê os lábios não faz isso por maldade, mas porque precisa.
Aparelho ajuda sempre, mesmo que não se compreenda o que ouve. Ele não apenas serve como referencia de som (pra saber o volume exato da voz, por exemplo) como exercita a audição residual e ajuda o cérebro a decodificar a informação. Mesma coisa com o Implante Coclear. Mesmo que a pessoa não entenda auditivamente sem apoio da leitura labial, o cérebro usa também o que ouve para processar a informação, unindo ambos.
FONTE: Texto escrito po LAK LOBATO, no portal ACESSIBILIDADE TOTAL
* O TEXTO ENCONTRA-SE EM SEU FORMATO ORIGINAL. ERROS GRAMATICAIS E DISTORÇÕES SÃO DE RESPONSABILIDADE DO AUTOR.
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