Ontem eu, Shirley Vilhalva e Karin Strobel passamos por um processo de discriminação no Hiperpermercado Angeloni, do bairro Beira-mar da cidade Florianópolis SC.
Eu e a Karin Strobel íamos deixar pela quarta vez (nas três primeiras vezes a atendente era jovem e de boa vontade, e aceitou o Rick sem problema) o pequeno ‘Rick’, Richard Strobel, surdo, de 4 anos na brinquedoteca e a senhora atendente disse que ele só poderia ficar se tivesse uma pessoa que o acompanhasse por ser deficiente, pois é a regra da Angeloni.
Imagina... Foi um sentimento terrível.
Imagina... Foi um sentimento terrível.
Eu não chorei porque estava ali e tínhamos que fazer algo, mas registramos a queixa na ouvidoria do Angeloni.
Doeu, mesmo!
Explicamos que somos somente surdos, mas a senhora (mal humorada e de má-vontade, por sinal) responsável da brinquedoteca disse que todos os deficientes têm de ter acompanhamento, me mostrando a placa indicativa que apenas dizia que não era permitido acompanhante exceto em caso de pessoa com necessidades especiais.
Eu e Karin Strobel fomos falar com a chefia nessa altura muito nervosa, tentei me acalmar e conseguimos que fosse autorizado que ele ficasse.
Voltamos à brinquedoteca e a recepção foi mais desagradável ainda ao olhar ao rosto da atendente apavorada e a expressão dizia tudo, entendemos o recado da expressão fácil (Como se dizesse: “O que vou fazer com um surdo aqui?”) e resolvemos não deixar mais o Rick lá (o próprio Rick que normalmente sempre adora ficar nestes espaços, que era difícil fazê-lo sair.. nesta ocasião queria sair assustado sem entender porque a senhora atendente fez uma expressão fisionômica demonstrando que ele não e bem-vindo!).
Voltamos à Ouvidoria fizemos a queixa e sugerimos treinamento para os profissionais do Supermercado Angeloni - Beira Mar.
Shirley Vilhalva e Karin Strobel - em 28/01/2010
Shirley Vilhalva e Karin Strobel - em 28/01/2010
Concordo contigo Shirley, os surdos são encarados como seres de outro planeta, esta discriminação tem que acabar, e nós ouvintes precisamos lutar pelos direitos de inclusão dos surdos na sociedade. aprovei sim sua atitude, se todos fizessem isso, com certeza os surdos seriam "ouvidos" na sociedade, e seus direitos seriam de fato respeitados.
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