sexta-feira, 4 de novembro de 2011

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA OFERECERÁ PROVAS EM LIBRAS NO VESTIBULAR 2012



A partir do próximo vestibular a Universidade Estadual de Londrina (UEL) passa a oferecer provas na Língua Brasileira de Sinais (Libras) visando atender candidatos surdos, por meio de provas que serão interpretadas por um tradutor. A novidade atende solicitações de entidades e escolas especiais e obedece ao Decreto-Lei 5626/2005, que determina que Instituições de Ensino Superior devem proporcionar tradutor e intérprete em Libras para estudantes surdos terem acesso à graduação. No ato de inscrição o candidato surdo deverá indicar a sua necessidade, no caso, a prova em Libras.

Elaine Mateus, da Coordenadoria de Processos Seletivos (Cops), afirma que a expectativa é receber em torno de 20 inscrições de candidatos surdos. As questões das provas deverão ser interpretadas em Libras e transmitidas aos candidatos por meio de vídeo. Os estudantes farão as provas com auxilio de um computador.

"Queremos que os candidatos tenham total autonomia e independência para fazer as provas", define a coordenadora. Segundo ela, o uso da tecnologia garantirá segurança e a possibilidade de oferecer um recurso que colocará o candidato surdo em condições de disputar uma vaga com os demais concorrentes. A produção do vídeo em Libras será feita pelo Laboratório de Tecnologia Educacional (Labted) da UEL.

Ainda de acordo com a professora Elaine, cuidado especial será tomado na correção da prova de redação e da prova discursiva, em que os examinadores deverão considerar a realidade do candidato. "Teremos uma equipe acompanhando a correção destas provas para fazer as considerações necessárias", afirmou. A professora Silvana Araújo Silva, docente responsável pela disciplina de LIBRAS do Departamento de Letras Vernáculas e Clássicas, esclarece que o português representa a segunda língua do surdo, que aprende a se comunicar por Libras. Dessa forma é preciso considerar a escrita dos candidatos, cuja sintaxe, concordância e regência, por exemplo, seguem outras regras.

A prova em Libras é a novidade do próximo concurso, mas a UEL já atende a outros candidatos com necessidades especiais, como deficientes visuais, estudantes que apresentam dislexia, e que solicitam, por exemplo, ledores, provas em braile, ampliadas ou maior prazo para fazer responder as questões.

A iniciativa de oferecer a prova em Libras para os candidatos exigirá acompanhamento especializado. Além da professora Silvana Araújo Silva, a Cops contará também com a professora Cleusa Camargo de Oliveira, do Departamento de Educação. As duas têm larga experiência na área, sendo que Cleusa perdeu a audição com seis anos de idade e posteriormente graduou-se em Pedagogia e Letras Libras.



FONTE: http://londrina.odiario.com



* O TEXTO ENCONTRA-SE EM SEU FORMATO ORIGINAL. ERROS GRAMATICAIS E DISTORÇÕES SÃO DE RESPONSABILIDADE DO AUTOR.

CRIANÇAS SURDAS PODEM FREQUENTAR ESCOLAS REGULARES?


Recentemente, o ministro da Educação, Fernando Haddad, apresentou uma proposta que visa a estimular a inclusão de estudantes com deficiência visual e auditiva em escolas regulares. A iniciativa trouxe à tona, mais uma vez, a discussão em torno da educação adequada aos alunos com perda auditiva.



A meu ver, como profissional da área da fonoaudiologia, a escolha da instituição de ensino para uma criança com essa deficiência é sempre uma questão difícil. Esta decisão deve ser tomada com cautela, após muitas reflexões e conversas com profissionais e famílias que vivenciam ou passaram pela mesma situação.Para alguns, a inclusão do surdo em uma classe de estudantes ouvintes auxiliará no seu desenvolvimento, mas, para outros, esta medida pode ser prejudicial à criança, que será impedida de se desenvolver segundo a própria cultura surda e, ainda, pode ser prejudicada em relação às avaliações e aos resultados, como as notas.

Quando refletimos sobre este tema, devemos pensar que existem diversos graus de perdas auditivas e que, para cada criança, pode-se pensar em uma solução educacional diferente. No caso dos pequenos com perda auditiva de grau leve a moderado e que estejam devidamente adaptados aos aparelhos auditivos, por exemplo, a inclusão em classes de alunos ouvintes pode ser positiva, desde que haja estrutura suficiente para que a criança tenha acesso a todas as informações em sala e vivência da escola.

Já para as crianças com surdez profunda, acredito que a escolha da escola ideal pode ser mais difícil, pois, nestes casos, o impacto da perda auditiva é maior. Portanto, a análise das instituições deve ser feita pacientemente. Além disso, diversos fatores também precisam ser avaliados e discutidos, como estrutura e o preparo dos professores para lidarem com deficientes auditivos.

Para aqueles que defendem o desenvolvimento da capacidade de falar em crianças deficientes auditivas, a convivência com alunos ouvintes é fundamental. Para a comunidade surda, porém, escolas especiais proporcionam ambientes mais adequados para o desenvolvimento total da criança deficiente, por meio do bilinguismo.

Com base nesse cenário e até mesmo em casos de pacientes que já passaram pelo meu acompanhamento, é importante que a família entenda que existem diferentes a serem avaliadas e que se deve considerar a que melhor responde aos seus questionamentos e anseios. Importante ressaltar também que os professores e a direção da instituição de ensino devem ser avisados sobre alunos especiais, para que os educadores se preparem para conviver com eles e entendam suas necessidades e peculiaridades, como a expressão facial, que, no caso do deficiente auditivo, contribui para a compreensão da informação e dos conteúdos apresentados em sala de aula.


* Maria do Carmo Branco é fonoaudióloga


FONTE:  JORNAL DO BRASIL



* O TEXTO ENCONTRA-SE EM SEU FORMATO ORIGINAL. ERROS GRAMATICAIS E DISTORÇÕES SÃO DE RESPONSABILIDADE DO AUTOR.

EUGENIO MALOSSI



Nascido em Avellino - Itália, em 1885.

Aos 2 anos de idade, contraiu Meningite e por consequência perdeu a visão e a audição.

Em 1895, teve início sua educação graças à dedicação do professor Francisco Artusio do, então recém fundado "Instituto Domenico Masturcelli".

Ainda adolescente produzia, em seu bem equipado ateliê, os mais variados trabalhos de artesanato e, deixando aflorar sua vocação pela mecânica, consertava qualquer máquina que apresentasse algum problema.

Porém sua sede de saber não se limitava ao artesanato e à mecânica. Assim, com a ajuda de uma amiga, chegou a aprender vários idiomas, o que lhe possibilitou ler, no Sistema Braille, obras de mecânica de diversos autores estrangeiros.

Aos 40 anos, foi nomeado professor de mecânica do "Instituto Paolo Colosimo", em Nápoles, onde, com sua personalidade enérgica e firme, desenvolveu um trabalho preciso e profícuo.

Em uma de suas viagens, ao visitar uma fábrica, em Berlim, exclamou observando a avançada tecnologia da maquinária: "Cada dia estou mais agradecido a Deus por me ter dado a vida."

UM DEFICIENTE PODE FAZER MAIS DO QUE VOCÊ IMAGINA

RAGNHILD KAATA


Nasceu em Vester Slidre - Noruega, em 14 de maio de 1873.
Aos 4 anos de idade, foi acometida por uma grave enfermidade, que os médicos não puderam diagnosticar, em consequência da qual perdeu a visão, a audição, o olfato e o paladar.

Aos 14 anos foi admitida, como aluna interna, no Instituto para Surdos de Hamar - Noruega - cujo Diretor, Elías Hofgard, assumiu a tarefa de educá-la. Após alguns meses de perseverantes e infatigáveis esforços, Ragnhild começou a pronunciar algumas palavras.

Em vista desse sucesso foi iniciada no aprendizado do Sistema Braille e, assim, chegou a ter amplos conhecimentos de Geografia, Gramática e Aritmética.

Entretanto, desenvolver atividades de trabalhos manuais era o que mais gostava. Sua extrema habilidade em tecer qualquer tipo de trama, fazer meias e os mais variados artigos de malha, lhe permitiu ganhar seu próprio sustento quando saiu do Instituto de Hamar, aos 22 anos.

Em 1889, Mrs. Landson, professora da Perkins School, visitou o Instituto para cegos de Hamar e, encantada com a clareza com que Ragnhild Kaata se expressava, graças aos métodos empregados pelo professor Hofgard, ao retornar aos Estados Unidos fez inúmeras conferências, defendendo o emprego daquela metodologia na educação do surdo-cego americano.

INSTITUTO BENJAMIN CONSTANT



O Instituto Benjamin Constant foi fundado em 12 de setembro de 1854 através do Decreto Imperial n.º 1.428 do imperador Dom Pedro II, tendo sido inaugurado, solenemente, no dia 17 de setembro do mesmo ano, na presença do Imperador, da Imperatriz e de todo o Ministério, com o nome de Imperial Instituto dos Meninos Cegos. Este foi o primeiro passo concreto no Brasil para garantir ao cego o direito à cidadania e é a primeira instituição de ensino do braile na América Latina. Além da escola para alunos com deficiência visual, o instituto, abriga, em prédio estilo neoclássico na Urca, a Imprensa Braille, também fundada no século XIX, e realiza capacitação de professores e a reabilitação social de cegos.

Estruturando-se de acordo com os objetivos a alcançar, o Imperial Instituto dos Meninos Cegos foi pouco-a-pouco derrubando preconceitos e fez ver que a educação das pessoas cegas não era utopia, bem como a profissionalização.

Com o aumento da demanda foi idealizado e construído o prédio atual, que passou a ser utilizado a partir de 1890, após a 1ª etapa da construção. Em 1891, o instituto recebeu o nome que tem hoje: Instituto Benjamin Constant (IBC), em homenagem ao seu terceiro diretor.

Fechado em 1937 para a conclusão da 2ª e última etapa do prédio, o IBC reabriu em 1944. Em setembro de 1945 criou seu curso ginasial, que veio a ser equiparado ao do Colégio Pedro II em junho de 1946. Foi proporcionado, assim, o ingresso nas escolas secundárias e nas universidades.

Desde 1998, o atendimento de outras necessidades da comunidade, como a impressão de cardápios, calendários, instruções de utilização de produtos e serviços e cédulas eleitorais está a cargo do instituto. A Imprensa Braille possui maquinário informatizado para editoração e impressão no Sistema Braille, além de recursos próprios para a encadernação de sua produção.

Atualmente, o Instituto Benjamin Constant vê seus objetivos redirecionados e redimensionados. É um Centro de Referência, a nível nacional, para questões da deficiência visual. Possui uma escola, capacita profissionais da área da deficiência visual, assessora escolas e instituições, realiza consultas oftamológicas à população, reabilita, produz material especializado, impressos em Braille e publicações científicas.

Toda a história centenária do IBC foi publicada no primeiro exemplar da Revista Benjamin Constant, em um texto que apresenta os seguintes tópicos históricos: antecedentes, fundação, primeiros diretores, nomes do instituto, imprensa Braille e o instituto no século XX.


FONTE: http://www.ibc.gov.br

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

NO FUNDO DO MAR: MERGULHO AUTÔNOMO ADAPTADO COMPLETA 20 ANOS NO BRASIL E SE CONSAGRA COMO FERRAMENTA DE LAZER E INCLUSÃO SOCIAL


Foi-se o tempo em que mergulhar nas profundezas do oceano era uma prática exclusiva para nadadores experientes, em ótima forma física e, por conseguinte, que não tivessem deficiência física. Atualmente, para desbravar as maravilhas e peculiaridades dos setes mares, basta querer! Isso mesmo, o mergulho adaptado é uma prática inclusiva e permite que pessoas com limitações físicas ou sensoriais possam curtir esse esporte prazeroso, além de promover bem-estar e alegria, num contato íntimo com a natureza. Os adeptos afirmam que a emoção é garantida.

O mergulho autônomo adaptado é uma prática esportiva legalizada, de acordo com a Handicapped Scuba Association Brasil (HSA Brasil), que representa a Handicapped Scuba Association Internacional no País. Assim, para conhecer de perto as particularidades do fundo do mar, é necessário o acompanhamento de algum profissional treinado pela organização, garantindo, assim, a segurança da atividade. “De início há o ‘batismo’ na piscina, como chamamos o primeiro contato com o mergulho. Nesse momento, a pessoa vai aprender noções básicas de como usar o equipamento e vivenciar algumas horas de lazer. Se avaliarmos que ela está preparada, seguimos para algum balneário onde acontecerá o treino no mar”, explica Lúcia Sodré, professora de educação física, especializada na área de pessoas com deficiência, instrutora de mergulho autônomo e responsável pela HSA Brasil.

Curiosidade:
Como o próprio nome diz, o mergulho adaptado envolve as práticas de mergulho convencionais, com algumas adaptações materiais e técnicas. No mergulho convencional (para a pessoa sem deficiência), os praticantes têm de mergulhar sempre em dupla. Já na prática adaptada para tetraplégicos ou cegos e surdos, é necessário mergulhar em trio, a fim de aumentar a segurança.

Lazer para profissionais:
Agora, quem quiser ir além de algumas horas embaixo d’água, pode fazer o curso de mergulhador com certificado internacional. Nesse caso é necessário apresentar atestado médico específico e, após a autorização médica, o aluno deverá frequentar 40 horas de aula, incluindo aprendizados teóricos e práticos. Essa formação garante conhecimentos sobre equipamentos utilizados, física e fisiologia aplicadas ao mergulho.

Um dos atrativos do mergulho é que, embora seja uma prática esportiva, não há competição entre os participantes, pois se trata de uma atividade exclusiva para recreação e lazer. E por falar em diversão, quem tem mobilidade reduzida sabe da importância e facilidade de se locomover dentro da água, já que o corpo fica leve e a flutuabilidade permite se deslocar com suavidade e experimentar sensações muito agradáveis. “A natureza marinha é impressionante. Poder tocar em corais, esponjas, estrelas-do-mar, tudo isso é incrível, me sinto livre e feliz em estar ali”, conta - por intermédio da esposa Cláudia Sofia Pereira- Carlos Jorge Rodrigues, 51 anos, surdo-cego e que pratica mergulho adaptado desde 1997.

Além de ser uma atividade lúdica, que envolve familiares e amigos, pode ser feito por pessoas com qualquer deficiência. “A metodologia de ensino varia de acordo com o grau de necessidade de cada aluno – como, por exemplo, materiais em braille para pessoas com deficiência visual ou com auxílio de vídeo com legendas para quem apresenta deficiência auditiva. Assim, fazemos com todas as pessoas. Afinal, para cada uma delas há adaptações em particular”, conta Lúcia.

A única ressalva é para pessoas com deficiência intelectual, já que os alunos têm de aprender um extenso conteúdo. No entanto, se o candidato apresentar capacidade de entendimento, também poderá participar e desfrutar da prática marinha.

Mergulhar faz bem:
Há quem pense que mergulhar pode promover algum avanço no quadro clínico do paciente mergulhador. Mas Lúcia garante: “Essa atividade não tem cunho terapêutico”. Contudo, é certo que estar envolvido por uma imensidão de água e ver ou tocar animais exóticos proporciona sensações diferentes, afora o ato da inclusão social que, sem dúvida, favorece o estado psicológico de qualquer pessoa, com ou sem deficiência.

Jefferson Maia, 47 anos, foi baleado aos 23 e sofreu uma lesão cervical. À época, ele era mergulhador profissional e trabalhava em uma plataforma de petróleo. Para o espanto de muitos, mesmo após o incidente que lhe tirou a mobilidade dos braços e das pernas, não abriu mão do contato com a vida subaquática. “Sempre tive prazer em mergulhar, me sinto feliz com isso e não vejo razão para deixar de fazer algo que me faça bem”, conta.

Funcionamento e adaptações:

Onde mergulhar?
Como os mergulhos convencionais, as saídas para os adaptados, no Brasil, podem ser feitas em toda a costa, em praias e ilhas, mas as regiões mais procuradas, de acordo com a HSA Brasil, são Arraial do Cabo, Cabo Frio e Angra dos Reis, no Rio de Janeiro.

A prática exige comunicação ininterrupta entre o grupo que está mergulhando, a qual é baseada em um conjunto de códigos de sinais estabelecidos internacionalmente (Sinais Convencionais). Esses gestos são ensinados aos mergulhadores com deficiência. No entanto, para facilitar o processo e possibilitar uma perfeita interação entre pessoas com deficiências visual, audiovisual e motora – com ausência ou limitação para o movimento dos membros superiores – foram criados os Sinais Convencionais Adaptados, instaurados de acordo com as habilidades e possibilidades de cada praticante. Estabelecida a forma de comunicação, é hora de cair na água.
Mas você deve estar se perguntando: como levar um cadeirante, por exemplo, para o fundo do mar? “No Brasil, ainda não temos barcos adaptados com rampas, elevadores e barras de apoio como os disponíveis no Caribe, por exemplo. Quando levamos grupos de pessoas com deficiência para mergulhar na costa brasileira, promovemos essa ‘adaptação’, carregando pessoas sem mobilidade no colo, guiando um cego, enfim, atendendo às necessidades de forma improvisada”, esclarece a professora. E no que diz respeito aos cais de porto, essa é outra questão a ser levantada. “É imprescindível que tenhamos uma estrutura pensada e exclusiva para pessoas com limitações físicas. Em Arraial do Cabo (RJ) há um projeto para a construção de uma plataforma adaptada, com cais flutuante e elevador, promovido pela Mister Diver. Acredito que após a alta temporada de 2012, esteja pronto”.

É evidente que ainda existem diversas barreiras no quesito acessibilidade, as quais impedem a popularização do mergulho adaptado. Por outro lado, é também verdade que seus adeptos não abrem mão de sentir o prazer de estar embaixo d’água e encontram soluções para os empecilhos. “Para mudar esse cenário e proporcionar maior inclusão social, é necessário que outras instituições se mobilizem e patrocinem momentos de lazer para pessoas com deficiência”, destaca Lúcia Sodré. O passeio é planejado com antecedência. “Para a hospedagem, reservamos pousadas e hotéis que ofereçam infraestrutura adequada”, complementa.

Ações e reações:
O mergulho para pessoas com deficiência no Brasil aconteceu pela primeira vez em 1991, quando a professora Lúcia convidou James Gatacre, fundador e presidente da Associação Internacional de Mergulho Adaptado (HSA, sigla em inglês), para ir ao Rio de Janeiro e formar os primeiros instrutores especializados no País. “Desse dia em diante, percorremos um longo caminho, porque a maior barreira não é arquitetônica, ela está em desmistificar o preconceito de que pessoas com tetraplegia, por exemplo, não são capazes de fazer as mesmas coisas que aquelas sem deficiências fazem. O mergulho adaptado é apenas um exemplo de que para toda necessidade há uma solução”, reflete a pioneira.

Há, paralelamente, instituições como o Núcleo de Apoio à Natação (Nanasa), em Santo André (SP), que apoiam o mergulho autônomo adaptado. O Nanasa conta com o apoio do poder público, da iniciativa privada, da sociedade civil e de instituições do ensino superior, todos unidos para promover melhor qualidade de vida às pessoas, independentemente da classe social e de suas condições financeiras. O núcleo atende atualmente cerca de 240 pessoas com deficiências visual, auditiva, intelectual e física, com atividades pra lá de especiais. Para se ter ideia, além das aulas de natação, totalmente gratuitas, os profissionais promovem reuniões pedagógicas com os familiares, orientando e estimulando o convívio social. Recreação com festas temáticas e atividades de lazer em parques da cidade são outras práticas da organização.
SERVIÇO:
HSA Brasil: www.intervox.nce.ufrj.br/~sbma
Inclusivas: www.inclusivas.blogspot.com
Núcleo de Apoio à Natação Adaptada – Nanasa: (11) 4993-0619



FONTE: Cynthia Marafanti - Revista Sentidos



* O TEXTO ENCONTRA-SE EM SEU FORMATO ORIGINAL. ERROS GRAMATICAIS E DISTORÇÕES SÃO DE RESPONSABILIDADE DO AUTOR.

SURDOS DO MORRO DO CHAPÉU VIVEM SEM COMUNICAÇÃO E SEM DIGNIDADE


A forma como os surdos são vistos pela comunidade em Morro do Chapéu/BA é triste e não muito diferente da maneira observada em várias outras cidades. A maioria dos surdos não conhece a Língua Brasileira de Sinais (Libras) e assim vive excluída, com dificuldades de comunicação que se iniciam dentro de suas próprias casas.

A coordenadora do projeto Alcance Surdos, Marília Moraes Manhães, relatou que encontraram um jovem surdo de 22 anos que vive bêbado pelas ruas da cidade. Encontraram também a mãe deste, que guarda um grande ódio no coração pelo fato do filho ter sido rejeitado na escola. Esta mesma mãe vê o filho como um "castigo para ela", e não acredita mais que o filho possa desenvolver-se, devido ao alcoolismo. "A mãe nos contou que todo o dinheiro que ele recebe é gasto com os amigos, comprando bebida. As pessoas chegam ao ponto de tirar-lhe a roupa e o dinheiro e o deixam pelas ruas", compartilhou Marília.

Para a missionária, o Alcance Surdos está trazendo para a cidade uma nova visão sobre quem é o surdo, porque todos os surdos são considerados "doidos", doentes e acham que todos devem estar na CAPNE (Centro de Apoio a Portadores de Necessidades Especiais), onde estudam doentes mentais, entre outros. "Em uma das casas que visitamos, um senhor disse que viu um surdo dirigindo (se referindo ao missionário Josivaldo) e disse que ele está contra a lei, pois, por ser doente, não pode dirigir".

A presença de profissionais de diferentes áreas no curso de Libras nos dá esperanças de um futuro melhor para os surdos em Morro do Chapéu. "Temos seis professores, uma médica ginecologista, uma enfermeira, um auxiliar e três agentes de saúde, além de comerciantes". Todos em busca de poder prestar melhor atendimento aos surdos da cidade que, segundo o IBGE são 1.379.


FONTE: Junta de Missões Nacionais de Convenção Batista Brasileira



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PROPOSTA OBRIGA ESCOLAS A USAREM LIBRAS EM SALA DE AULA



A comunicação com os estudantes com deficiência auditiva em todos os níveis e modalidades da educação básica, nas escolas públicas e privadas, poderá ser obrigatoriamente feita por meio da Língua Brasileira de Sinais (Libras).

É o que prevê projeto do senador Cristovam Buarque (PDT-DF) aprovado ontem em Plenário e enviado para análise da Câmara dos Deputados.

O projeto inicial previa que a Libras seria componente curricular obrigatório, inclusive para os alunos ouvintes, mas emenda acatada restringiu essa obrigação apenas aos alunos surdos.

Dessa forma, as escolas terão três anos, a partir da publicação da lei, para montar estrutura e ensinar Libras aos alunos surdos, que terão o direito de comunicar-se por meio desse sistema linguístico.

O texto aprovado diz ainda que as condições para a oferta de ensino de Libras serão definidas em regulamento dos ­sistemas de ensino, que detalharão a necessidade de professores bilíngues, de tradutores e intérpretes e de tecnologias de comunicação em Libras.

Também fica aberta a possibilidade de acesso da comunidade estudantil sem deficiência auditiva e dos pais de alunos com deficiência auditiva ao aprendizado de Libras.

Reconhecida por lei como meio de comunicação e expressão, a Libras pode ser ensinada nos cursos de professores para o exercício do magistério.


FONTE: Jornal do Senado


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COMO SE DÁ A LEITURA LABIAL?



Se tem algo que parece ser tabu quando se refere a deficiência auditiva é abordar essa tal de ‘leitura labial’, também chamada de leitura orofacial. Ouço falarem mal dela como se fosse algo fictício ou cheio de falha, algo quase impossível de se fazer.

Olha, longe de mim falar mal de outras formas de comunicação para deficientes auditivos, mas quando perdi a audição, aprendi a ler lábios quase automaticamente (claro que aperfeiçoei com o tempo) e fui da quarta série do primário à faculdade, passando pelo aprendizado de inglês, francês e espanhol somente pela leitura labial. Então, não acho que seja tão complexo quanto pensam. Apenas algumas pessoas têm facilidade para ela e outras não. E, como muita gente tem facilidade com isso, ler lábios é uma excelente maneira de se comunicar usada pelos surdos oralizados.

Leitura labial não é a mesma coisa que ouvir, admito. Mas, também não é nenhum bicho de sete cabeças. A capacidade de adaptação humana impressiona qualquer um que se permita compreender que o corpo humano é a “máquina orgânica” mais adaptável e programada pra sobreviver em qualquer circunstância que existe na face da Terra. Mas, sempre que me perguntavam como era isso de ler os lábios, eu nunca conseguia explicar muito bem. Limitava-me a repetir o que a fonoaudióloga havia me explicado: Lemos a movimentação dos lábios somada à posição da língua.

Certa vez, tive um sonho que eu mesma me explicava como funcionava a leitura labial e hoje é a explicação que dou. Então, voilà:  A leitura labial é formada por quatro etapas distintas. Ler lábios não é a mesma coisa que ouvir uma mensagem e interpretá-la no cérebro, porque uma das etapas é a que faz a maior diferença:  não é tão imediata. Algumas coisas levam mais tempo para serem compreendidas do que quando se ouve.

Portanto, é comum que quem depende da leitura labial faça algumas pausas momentâneas durante a conversa. Não é que ele seja lento de raciocínio, é que ele demora um pouco mais pra processar o que foi dito. Por isso mesmo que tem gente que diz que não tem paciência de conversar com surdo oralizado, infelizmente. A segunda etapa é o obvio: Simplesmente ler os lábios, observando a posição deles. Como muitos fonemas se parecem, vamos à terceira etapa: compreender a mensagem, pra distinguir os fonemas.

“Passei a manteiga no pão com a faca” pode ser absolutamente idêntico na leitura labial que “passei a manteiga no mão com a vaga”. Obviamente, a segunda frase não teria o menor sentido, então é automaticamente eliminada. Pra isso, desenvolvemos muito da lógica dedutiva e, de quebra, surdos costumam ser bons em interpretação de mensagens implícitas.  E essa eliminação se faz numa velocidade tão rápida, que muitas vezes, a gente nem percebe que faz tal processamento mental. Dada a falta de entonação da voz – que é quase totalmente auditiva – a gente faz pela leitura da expressão facial. Quando mais expressiva é a pessoa, mais clara é a comunicação.

Por outro lado, 100% de leitura labial não existe. Alias, nem 100% de audição, alguma coisa sempre se perde. No caso da leitura labial, isso ocorre com mais frequência. No entanto, na leitura labial, a maior parte do tempo, tenta-se compreender o sentido do que é dito, não cada palavra isolada, porque cansa menos e vai mais rápido. É uma questão de prática e hábito.

Para aprender, você pode treinar consigo mesmo, na frente no espelho, vários fonemas diferentes. E pedir pra alguma pessoa te ajudar também. Fonoterapia também ajuda imensamente. Em caso de dificuldade com algum fonema específico, ela é a pessoa mais adequada pra ajudar no treinamento da leitura labial.

Por fim, a última etapa é que, quanto melhor for o conhecimento no idioma, mais fácil é a leitura labial. Palavras novas podem soar difíceis, porque não temos como fazer a comparação. O jeito é pedir para escrever a palavra e “adicioná-la ao dicionário mental”. Imagine o tamanho do dicionário mental de alguém que faz leitura labial em mais de um idioma, como português, francês e espanhol? Pois é…

Outra coisa, não adianta um surdo oralizado se aborrecer com as pessoas. É preciso reconhecer a própria limitação e pedir pra que elas falem devagar, de frente pra quem lê lábios, repetir quando e quantas vezes forem necessárias. E ainda tem paciência de explicar que quem lê os lábios não faz isso por maldade, mas porque precisa.

Aparelho ajuda sempre, mesmo que não se compreenda o que ouve. Ele não apenas serve como referencia de som (pra saber o volume exato da voz, por exemplo) como exercita a audição residual e ajuda o cérebro a decodificar a informação. Mesma coisa com o Implante Coclear. Mesmo que a pessoa não entenda auditivamente sem apoio da leitura labial, o cérebro usa também o que ouve para processar a informação, unindo ambos.


FONTE: Texto escrito po LAK LOBATO, no portal ACESSIBILIDADE TOTAL



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DICAS PARA FALAR COM DEFICIENTES AUDITIVOS


A principal diferença entre a deficiência auditiva e as demais deficiências é que a surdez pouco limita fisicamente o surdo, mas limita muitíssimo a comunicação social.

Como muita gente nunca teve contato com deficientes auditivos de qualquer grau, simplesmente não sabe lidar conosco e acaba evitando um contato que poderia ser bastante enriquecedor e até o começo de uma grande amizade.

Certa vez, Jairo Marques (colunista do jornal Folha de São Paulo) me pediu algumas dicas de como falar como deficientes auditivos e surdos, para colocar no blog dele, o Assim Como Você, um dos mais famosos e importantes blogs sobre pessoas com deficiência, acessibilidade e inclusão do Brasil.

Como isso faz bastante tempo, dei uma atualizada nas minhas dicas, especialmente para esta coluna do Acessibilidade Total.
    * A primeira coisa é observar para ver que tipo de limitação de comunicação a pessoa em questão tem. Se possível, veja se a essoa utiliza aparelhos e se fala via voz. Em caso afirmativo, pergunte se ela lê lábios ou prefere que você aumente o volume da voz. Do contrário, mímicas e papel-e-caneta podem ser a melhor maneira de iniciar a conversa (CASO ELE SAIBA LER E ESCREVER).

    * O volume da voz varia de acordo com a perda de audição da pessoa. Claro que você não precisa ser adivinho. Comece falando com o tom de voz habitual. Se necessário, a pessoa avisa que precisa que você fale um pouquinho mais alto, mais baixo ou mantenha do jeito que está. Além do mais, se a pessoa tem surdez quase total, não adianta gritar. Berrar ou falar sem voz dá na mesma. Ela apenas lê seus lábios.

    * Fale um pouco mais devagar, com naturalidade. Não fale separando sílabas ou articulando demais. Isso não ajuda e o perigo é você acabar se perdendo na linha de raciocínio.

    * Não ache que todo surdo que usa aparelho necessariamente compreende o que você diz, via audição. Pode ser que ele use aparelho para ter referências sonoras ambiente apenas. Então, fale de frente pra ele, de maneira que seus lábios estejam sempre visíveis. Caso você precise virar a cabeça, faça uma pausa. Cada virada de rosto é uma sílaba ou palavra perdida que poderia alterar completamente o sentido da conversa.

    * Falar mastigando, além de não ser de boa educação, torna a leitura labial sofrida, porque vários movimentos feitos não fazem parte da conversa. Esperar engolir antes de prosseguir o diálogo.

    * Ler os lábios via espelho é perfeitamente possível. Estando no carro, num cabeleireiro ou numa loja, por exemplo, se o espelho estiver posicionado de maneira acessível, pode abusar dele sem dó.

    * Ler os lábios de lado é mais difícil. De cabeça pra baixo, praticamente impossível. Se a posição não for favorável (vai saber onde a conversa se dá, né?) aguarde estarem com as cabeças viradas pro mesmo lado.

    * Mesmo um Surdo que só fala Língua de Sinais pode saber um mínino de leitura labial. Se você perceber ou souber que o Surdo é usuário exclusivo da Libras e realmente precisar falar com ele, fale de maneira simplificada. Ele possivelmente irá te entender e responder como puder (falando oralmente, por sinais ou até escrevendo).

    * No entanto, se você perceber que ele não lê lábios, apele pro papel e caneta. Mas, saiba: a Libras não é idêntica ao português e existe bastante diferença entre os idiomas. Alguns termos podem ser bem diferentes entre as duas línguas, por isso, procure se expressar de forma objetiva e simples.

    * Mímicas simples podem ajudar no diálogo, mas cuidado! Uma mímica pode ser equivalente a um sinal em Libras com significado diferente e até ofensivo. Não abuse e jamais ache que mímica feita de qualquer jeito é Língua de Sinais.

    * Já os surdos oralizados falam oralmente, tal como diz o nome. A voz dele pode soar estranha pra quem não está acostumado com ela, mas ele sabe disso, fique tranquilo. Apenas tenha um pouquinho de boa vontade de compreendê-lo e não tenha vergonha de pedir pra ele repetir, caso você não entenda alguma coisa.

    * Não tenha medo de cometer gafes com figuras de linguagem. “Você está me ouvindo?” “Nossa, você já tinha ouvido falar nisso?” “Ei, ouve essa…”, isso não nos ofende nem um pouco.

    * Às vezes, as pessoas acham que deficientes auditivos são, na verdade, pessoas antipáticas. Porque falam com elas e elas não respondem, já que a deficiência não é tão visível. Se, por ventura, você se deparar com uma pessoa que não responde quando você fala quando ela está de costas pra você, existe alguma chance dela não ter boa audição. Na dúvida, pergunte.

    * Para chamar um surdo, você precisa de algum sinal visual ou táctil. Você pode abanar as mãos, acender e apagar uma luz ou até tocar o ombro dele de leve. Mas, jamais dê um cutucão com força ou um tapa agressivo. E, por favor, em hipótese alguma, jogue coisas nele para chamá-lo. Isso dói e não tem a menor graça.

    * A iluminação é um dos principais fatores do qual depende a leitura labial. Se a iluminação ambiente não for adequada, vale qualquer improvisação: isqueiro, lanterna e até a luz do celular.

    * Se você tiver curiosidade de conversar em Libras, pergunte se a pessoa tem fluência nesse idioma. Se ela tiver (se for bilíngue) terá prazer de conversar com você dessa forma. Do contrário, seria como exigir que ela converse num idioma que ela não domina.



FONTE: http://www.acessibilidadetotal.com.br/



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ORGULHO SURDO



Tornou-se parte da cultura surda usar uma fita azul. Sentimento azul? Celebrem! Com todas as fitas, alfinetes, pulseiras e Camisetas.

- Uma conhecida fita azul representa um motivo: ela engloba uma história, uma cultura, uma língua, um povo.
- A fita azul representa a opressão enfrentada pelas pessoas surdas ao longo da história.
- Hoje em dia ela representa as suas silenciosas vozes em um mar de línguas faladas.
- A fita azul foi introduzida em Brisbane, na Austrália, em julho de 1999, no Congresso Mundial da Federação Mundial de Surdos. Durante o evento foi feita a sensibilização da luta dos Surdos e suas famílias ouvintes, através dos tempos.
- A cor azul foi escolhida para representar "O Orgulho Surdo", para homenagear todos os que morreram depois de serem classificados como "surdo" durante o reinado da Alemanha nazista.
-Ao recordarmos a opressão dos Surdos no passado e hoje, está se tornando claro para um número maior de pessoas que os Surdos podem fazer qualquer coisa, exceto ouvir.
- Aqueles que usam a fita azul têm orgulho em mostrar um pouco de sua própria cultura: A Cultura surda.
Surdez não é uma deficiência, mas uma cultura.

Outra orgulhosa conquista feita pelo povo surdo é a comemoração de seu dia, o “Dia do Surdo”. Esta data é comemorada em muitos países, na maioria no mês de setembro com variação de dias. Aqui no Brasil comemoramos o Dia do Surdo em 26 de setembro, porque nesta data foi um marco histórico importante – foi fundada a primeira escola de surdos no Brasil . Nesta data o povo surdo comemora com muito orgulho tendo sua cidadania reconhecida sem precisar se esconder embaixo de braços de sujeitos ouvintes, assim como reforça a Lopes (2000, p.11):

O dia do Surdo tem um significado simbólico muito importante. Ele representa o reconhecimento de todo um movimento que teve inicio há poucos anos no Brasil quando o Surdo passou a lutar pelo direito de ter sua língua e sua cultura reconhecidas como uma língua e uma cultura de um grupo minoritário e não de um grupo de “deficientes”.   STROBEL, Karin.


FONTE: http://www.fcee.sc.gov.br


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SONY TRABALHA EM ÓCULOS COM LEGENDAS PARA CINEMAS. IDEAL PARA SURDOS


Pessoas com deficiência auditiva enfrentam um grande problema nas salas de cinema, notadamente em filmes dublados ou nacionais, que há muito tempo ainda não foi resolvido: a péssima experiência que é assistir um filme sem legendas.
Visando combater tal problema está pronto para votação um projeto de lei (PLS 122/11) que visa tornar obrigatória a utilização de legendas em português ou da Língua Brasileira de Sinais (Libras) nas exibições de filmes nacionais, e da audiodescrição nas projeções de filmes nacionais e estrangeiros.
Mas esse problema não ocorre só no Brasil, e sim no mundo inteiro. Pensando nisso, a Sony tem trabalhado em uma solução definitiva: óculos especiais que permitam aos usuários ver as legendas diretamente na frente de seus olhos.

O seu funcionamento entrega um resultado semelhante ao das legendas sobrepostas no telão, porém, colocadas na lente dos óculos. A impressão dada pelos óculos é de que as legendas estão na mesma distância da tela do cinema, e não deixando elas "flutuar". As vantagens dos óculos não param por aí. O uso desses óculos poderá ser estendido para outras situações como, por exemplo, para um turista que esteja vendo filme estrangeiro fora de seu país.
Os óculos começarão a ser utilizados a partir do ano que vem em cinemas do Reino Unido. A Sony está de olho nas possibilidades futuras de sua tecnologia também. Uma aplicação possível será na transcrição de conversação simultânea para que os surdos possam ler o que está sendo dito.




FONTE: http://www.bbc.co.uk/



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APARELHO AJUDA DEFICIENTE VISUAL NO TRANSPORTE PÚBLICO


Aparelho "conversa" com motoristas e usuários e já está instalado em toda a frota do transporte coletivo de Jaú (SP)

Um dispositivo desenvolvido na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) vai ajudar portadores de deficiências, principalmente visuais, a usar o transporte público em Ribeirão Preto (SP). A instalação do aparelho, que "conversa" com motoristas e usuários, foi aprovada pela Câmara da cidade e aguarda apenas sanção do Executivo.

O DPS2000, nome dado ao sistema, consiste em dois pequenos aparelhos que se comunicam por ondas de rádio. Um deles, que fica com o usuário, é programado com as linhas de ônibus que a pessoa usa. Quando o passageiro escolhe uma delas, o dispositivo começa a emitir um sinal. Quando o coletivo da linha desejada chega a cerca de 100 metros do emissor, outro dispositivo instalado no ônibus avisa o motorista de que há alguém a espera no ponto.

Quando o veículo para, um pequeno alto-falante na porta já está informando qual a linha daquele coletivo. "Com o aviso, a pessoa que está esperando sabe que seu ônibus chegou e, pelo som, consegue se orientar até a porta. Depois que ela entrar e desligar o aparelho, o aviso para", explica Tiago Buccini, um dos sócios da Geraes Tecnologias Assistivas Ltda, que produz o sistema, considerado "simples, mas de grande utilidade" pela vereadora Silvana Resende (PSDB), autora do projeto aprovado em Ribeirão Preto.

O DPS2000 foi desenvolvido na Escola de Engenharia da UFMG há cerca de cinco anos e, segundo Buccini, já está instalado em toda a frota do transporte coletivo de Jaú (SP). Ele revela que os dispositivos acabam de ser testados também pelas prefeituras do Rio de Janeiro e Niterói (RJ) e já há negociações para testes pilotos em São Paulo, Santos (SP) e Volta Redonda (RJ). "Ele (sistema) não serve só para deficientes visuais. Também pode ajudar cadeirantes ou idosos", observa Tiago. Para cada ônibus, o custo de instalação é de aproximadamente R$ 700. Já para os usuários o custo do aparelho é de R$ 300. Em Jaú, no entanto, a prefeitura comprou 50 dispositivos para serem distribuídos.


FONTE: http://epocanegocios.globo.com



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AULA DE LIBRAS APROXIMA ESTUDANTES NO VALE DO AÇO

 
 
Alunos surdos convivem com os que ouvem em escolas da rede pública de Ipatinga, favorecendo a inclusão social

A convivência entre estudantes surdos e os que ouvem normalmente tem dado resultado positivo em Ipatinga, no Vale do Aço. Além do atendimento especializado, no ensino regular os alunos aprendem a Língua Brasileira de Sinais (Libras), para facilitar o convívio com os deficientes auditivos e promover a inclusão social destes.

Na cidade, 57 alunos surdos frequentam as salas de aula de duas instituições municipais. Na Escola Maria Rodrigues Barnabé, 40 crianças do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental são alfabetizadas em Libras e Português. Após essa etapa, elas passam a frequentar turmas com alunos ouvintes, na Escola Altina Olívia Gonçalves, que atualmente atende 17 deficientes auditivos, do 6º ao 9º ano.


FONTE: http://ipatingablogspotcom.blogspot.com


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INCLUSÃO DE SURDOS: RIO GRANDE DO SUL ALFABETIZA EM LIBRAS


Os 19 alunos de uma turma do 1º ano do Fundamental no Rio Grande do Sul estão sendo alfabetizados em duas línguas: português e libras, a linguagem brasileira de sinais. Em nome da inclusão de um dos alunos, que desenvolveu surdez profunda depois de contrair meningite quando era bebê, o colégio desenvolveu uma parceria inovadora. E o resultado vem beneficiando toda a classe.

Filho de ex-alunos da Escola Municipal Professor Gilberto Jorge Gonçalves da Silva, na periferia de Porto Alegre, o garoto, hoje com oito anos, estudou lá desde o jardim de infância, mas foi transferido para um colégio especial para surdos ao iniciar o ciclo de alfabetização, em 2010. Como não se adaptou à nova rotina e à longa distância entre a casa e a escola, a mãe do aluno decidiu fazer uma campanha para rematricular a criança no colégio do bairro.

A campanha deu certo. O menino voltou à antiga escola. Para recebê-lo, a orientadora educacional da instituição, Suzana Moreira Pacheco, criou um sistema de parceria com a escola especial para surdos Salomão Watnick, também da rede municipal.

Desde agosto do ano passado, um estagiário foi contratado para servir de intérprete.

Três vezes por semana, o garoto frequenta a escola regular, onde a professora Valéria Cé Guerisoli guia a turma de 19 crianças na alfabetização com letras e sinais.

Nos outros dias, ele participa de atividades na escola especial, onde pode interagir com outras crianças surdas.

Segundo Suzana, a Prefeitura de Porto Alegre mantém a escola dedicada a atender às necessidades das crianças com deficiência auditiva. Mas, como não houve adaptação nesse caso, foi desenhada uma "organização que funciona para o aluno". Ela afirmou que "entre o ideal e o possível existe um intervalo, mas muita coisa dá pra fazer".

Benefícios:
Aos 40 anos e com 17 de carreira no ensino público, Valéria conta que frequentou um curso de libras durante um ano, já sabendo que poderia receber o garoto em sua turma. Segundo ela, aprender a linguagem de sinais não é só um conhecimento a mais para os alunos.

"Ela contribui para todos. Aquela criança que estava levando mais dificuldade para reconhecer a letra C, por exemplo, quando eu faço o uso do sinal com a mão ela começa a sentir mais facilidade", explicou.

A aprendizagem dos números também fica mais fácil, segundo Valéria. "Eles não sabem escrever '34', porque não associam o 'tri' de 'trinta' ao 'tre' de 'três', mas em libras eles sabem contar."

A professora afirmou que as crianças veem a linguagem de sinais "como um brincar, é quase um jogo de mímica". Elas inventaram sinais que correspondem ao nome de cada uma e, às vezes, querem até inventar novos sinais, quando não sabem se referir a algo.

Inclusão:
A escola Gilberto Jorge Gonçalves já vivenciou outras experiências de inclusão. "Temos alunos autistas, cada um é de um jeito completamente diferente", explicou Valéria, que se lembra de uma turma com até seis crianças portadoras de algum tipo de deficiência.

A diversidade nas salas de aulas incentivou a tolerância e o convívio pacífico entre os alunos. Certa vez, contou a professora, um colega emprestou sua cola para o aluno surdo, mas ele se esqueceu de devolvê-la. Em vez de se irritar ou tomar o objeto à força, o colega buscou Valéria para aprender o sinal que deveria usar na conversa com o amigo. "Isso é muito natural para mim, para os outros professores e para os alunos da escola", disse ela.


FONTE: G1


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BEBÊS SURDOS DEVEM APRENDER LIBRAS NOS PRIMEIROS MESES DE VIDA


O maior desafio para quem trabalha com crianças surdas é acreditar nos bebês como diferentes e não como deficientes. É assim que pensa a fonoaudióloga escolar Sandra Refina Leite, que trabalha na Escola para Crianças Surdas (ECS) Rio Branco, em São Paulo. Para Sandra, a melhor maneira de potencializar a produtividade e o desenvolvimento dos bebês é ensinar a Língua Brasileira de Sinais (Libras) desde os primeiros dias de vida.

“Desde o momento em que os pais descobrem a surdez do bebê é importante procurar um especialista para que, além da própria criança poder aprender a língua dos sinais, eles também possam aprendê-la. É fundamental que a criança desenvolva habilidades visuais para se sentir incluída socialmente e quanto mais cedo ela iniciar o processo de educação, melhor”, diz. “Todos os nossos esforços são para que a criança aprenda da maneira mais natural possível”.

A especialista afirma que os pais não costumam aceitar a surdez do bebê em um primeiro momento. “Nossa sociedade não está preparada para a diferença, e isso se reflete também no comportamento dos pais dos bebês, que demoram um pouco a se acostumar. Ainda assim, o resultado vale muito a pena”, afirma Sandra. A fonoaudióloga diz que em seis meses de atividades o bebê já começa a reconhecer os sinais, mesmo que de maneira ainda não estruturada.

Em casa, é fundamental que os pais se comuniquem com o bebê por meio da linguagem de sinais. Sandra reafirma ainda a importância de brincar com a criança e contar histórias. “Aos pais cabe a tarefa de apresentar o mundo à criança, nomear pessoas e coisas, para que ela entenda a complexidade do mundo, e interagir sempre”, diz.

O teste que identifica a surdez do bebê pode ser feito ainda na maternidade. As causas da deficiência podem ser muitas, mas as mais evidentes, segundo Sandra, são casos de meningite, rubéola e toxoplasmose da mãe durante a gravidez.

No processo educacional proposto pela ECS, o bebê participa de atividades educacionais até os 3 anos, para se familiarizar com a linguagem de sinais. A partir dos 3 anos, a criança é encaminhada para o ensino formal em uma turma formada apenas por surdos. Depois do quinto ano do ensino fundamental, a orientação
é que o aluno seja encaminhado a uma escola tradicional, acompanhado de um intérprete.

“Propomos que o aluno fique em uma escola especial porque em todos os outros momentos do dia ele conviverá com pessoas ouvintes, dentro da própria família. A idéia não é isolar o aluno, mas ensiná-lo a agir como uma pessoa diferente, mas participante quando for exposto a qualquer situação com ouvintes”, afirma.


FONTE: G1


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COLÉGIO ARI DE SÁ CAVALCANTE USA INDEVIDAMENTE IMAGEM DE NILTON CÂMARA EM CAMPANHA PUBLICITÁRIA DE UM EVENTO

Depois de um grande marketing viral, afirmando que "Tablets subistitui livros" e assim causando grande polêmica, o Colégio Ari de Sá Cavalcante, localizado em Fortaleza-Ce comete o erro de usar, sem permissão, a imagem do interprete de LIBRAS Nilton Camara em uma campanha publicitária divulgando um evento sobre a comemoração do dia nacional dos surdos.

Apesar de um pedido de desculpas formal de Oto de Sá Cavalcanti, Diretor Presidente da instituição, Nilton Camara entrou com um processo contra a escola.


Confira abaixo parte do cartaz dedivulgação e o pedido de desculpas formal:

 

FONTE: http://mixgospelblog.blogspot.com 


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PROFESSORA APRESENTA REIVINDICAÇÕES DA COMUNIDADE SURDA DURANTE SESSÃO NA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO PARANÁ



“Os surdos não negam a Língua Portuguesa, mas precisam ser respeitados na sua especial condição”, afirmou nesta segunda-feira (12), na Assembleia Legislativa, a professora Sueli Fernandes, da Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos (Feneis/PR). O pronunciamento ocorreu durante a sessão  plenária do Legislativo, quando foi debatida a educação e a integração dos surdos na sociedade e, especialmente, a importância da escola bilíngue – em Português e Libras (Língua Brasileira de Sinais) – para essa comunidade.

A professora alertou os parlamentares sobre a ameaça de fechamento das escolas de surdos e o atual modelo de educação inclusiva imposto pelo MEC, o que têm mobilizado toda a comunidade surda brasileira em ações públicas e políticas.

Assim, durante o mês de setembro estão sendo realizados eventos para defender e valorizar a língua de sinais e a cultura surda.

“Queremos sensibilizar as autoridades políticas e a sociedade para a importância da educação em língua de sinais para surdos”, reiterou Sueli. Essa mobilização nacional recebeu o nome de Setembro Azul, já que a cor azul é o símbolo dos surdos.

Conforme a professora Sueli Fernandes, o grande objetivo do movimento é analisar as emendas encaminhadas ao Plano Nacional de Educação (PNE); o acesso dos surdos às escolas regulares; a inclusão das Libras (a língua de sinais) como disciplina curricular; e a integração dos surdos nas escolas.

Ela diz que é preciso modificar as emendas do PNE que prevêem o fim das escolas de surdos e que determinam a inserção obrigatória de alunos surdos nas escolas regulares.

O documento tramita atualmente no Congresso Nacional, e deve reger a educação brasileira pelos próximos dez anos. A professora cita ainda uma pesquisa realizada com oito mil alunos surdos em todo o país, pelo pesquisador Fernando Capovilla, da Universidade de São Paulo, que demonstra que surdos aprendem mais e melhor nas escolas bilíngues, onde o ensino é todo feito por meio da língua de sinais e o português escrito é ensinado como segunda língua.

De acordo com a professora, o que se vê, na escola proposta pelo MEC, é a inserção de crianças surdas, em geral, sem contato prévio com nenhuma língua, nem português nem libras, em salas onde o meio de instrução é o português. A presença do intérprete de libras (nos poucos casos onde ele é contratado) é necessária, mas não suficiente. Sueli Fernandes garante que o atraso escolar é uma realidade nesses casos, pois as oportunidades de aprendizado ficam restritas: “O estudante também precisa de aulas no contra turno para reforçar o aprendizado”.

Hoje, em Curitiba, há apenas cinco mil estudantes surdos frequentando as escolas, embora existam mais de 50 mil pessoas com essa deficiência. No Brasil, pesquisas apontam uma população de cerca de 800 mil crianças e jovens surdos, sendo que só aproximadamente 70 mil estão matriculados. “A língua dos sinais é nossa identidade, não queremos ser tratados como deficientes, mas como uma comunidade que apresenta uma diferença linguística”, frisou Irene Stock, uma das líderes do movimento.

O evento promovido no Legislativo atendeu a uma proposição do deputado Professor Lemos (PT), que considera fundamental o debate, especialmente para que a população adquira consciência e respeite a pessoa surda. Por isso, no próximo dia 26, acontece uma audiência pública na Assembleia Legislativa para debater otema.

“Foi uma honra recebê-los e aproveitamos para dizer que vocês têm todo o nosso apoio”, garantiu o presidente Valdir Rossoni (PSDB), durante a sessão plenária que foi acompanhada por alunos, pais, professores e funcionários. Todos os pronunciamentos foram narrados também por uma intérprete de libras.

A Feneis é uma entidade filantrópica, de cunho civil e sem fins lucrativos, que trabalha para representar as pessoas surdas. Tem caráter educacional, assistencial e sociocultural. Uma das suas principais bandeiras é o reconhecimento da cultura surda pela sociedade. São atendidas pela instituição, além dos surdos, familiares, instituições, organizações governamentais e não governamentais, fonoaudiólogos e outros profissionais ligados ao setor.


FONTE: http://www.alep.pr.gov.br/


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quarta-feira, 2 de novembro de 2011

BALADA PARA SURDOS AGORA NO BRASIL

Pisos que vibram, rappers que utilizam linguagem de sinais e uma parafernália de equipamentos que liberam diferentes aromas, ao som de música para se dançar. É a melhor descrição para a noitada “multisensorial” do clube Sencity, que sai de Amsterdam e começa a se espalhar por grandes cidades. Uma versão brasileira acontece em São Paulo no mês de setembro.

O rapper Signmark, que terá show transmitido ao vivo para versão brasileira da balada

O clube hi-tech utiliza uma variedade grande de recursos para permitir que pessoas surdas ou que tenham algum tipo de deficiência auditiva possam se divertir como todos os outros durante a noite. A Sencity (que brinca com a ideia de uma cidade sensorial e a expressão cidade do pecado) equipa a pista com uma plataforma que vibra junto com a frequência de graves da música. Além de vídeo jockeys, o equivalente visual dos DJs, há VJs que distribuem aromas variados para a plateia. Nos palcos, dançarinos completam a cena.

Mas a grande estrela do show é finlandês Signmark, o primeiro rapper surdo contratado por uma grande gravadora e que se tornou o grande sucesso da noitada Sencity. A apresentação de Signmark no dia 24 de setembro será transmitida ao vivo para o Museu de Arte Moderna, em São Paulo. Embora sem os mesmos aparatos, a versão paulista trará a DJ Lisa Bueno e o baterista Igor Cavalera.

A versão completa do Sencity acontecerá em outubro em Londres, com outras “surpresas” na balada, como massagistas, maquiadores, cabeleireiros e artistas de circo que vão se apresentar durante a noite.


Segundo o produtor holandês Nienke van der Peet, a noitada inglesa deve atrair 1.500 pessoas ao O2 Arena com sua mistura única de música e espetáculo para deficientes auditivos. “É para que as pessoas usem todos os seus sentidos, audição, tato, visão, olfato e paladar”, disse ao jornal britânico “Daily Mail”. “É um evento para reunir pessoas surdas e deficientes, assim como aquelas que pode ouvir, em um único lugar para se divertir juntas”.


A Sencity começou em 2003 na Holanda e já passou pela Bélgica, Finlândia, Espanha, México, Jamaica, África do Sul e Austrália, fazendo dançar mais de 10 mil pessoas.

Assista a um vídeo da Sencity em Amsterdam:


FONTE: http://epocanegocios.globo.com


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PROFISSIONAIS DE SAÚDE SÃO HABILITADOS EM LIBRAS



Profissionais de saúde são habilitados em libras para tornar mais eficaz a consulta e a relação entre o médico e o paciente surdo.

Imagine estar num outro país, precisando de uma informação importante, mas sem conhecer o idioma local. Mesmo falando devagar, fazendo gestos, é difícil se fazer entender. Uma situação como essa pode não fazer parte do cotidiano da maioria da população, mas existe uma parcela significativa de pessoas que, diariamente, passam por uma experiência semelhante: OS SURDOS.

De todas as situações enfrentadas no dia a dia, a consulta ao médico é, particularmente, um momento de extrema importância para que haja, de fato, uma eficaz e perfeita interpretação/diálogo entre o paciente e o profissional. Nesse sentido, a Secretaria de Saúde do Estado do Ceará, através da Escola de Saúde Pública, está qualificando profissionais da saúde em cursos de Língua Brasileira de Sinais (Libras), com o objetivo de facilitar o atendimento a pessoas com necessidades especiais.

"Hoje temos um número muito grande de portadores de algum tipo de necessidade, que precisam de atendimento diferenciado de acordo com as suas necessidades. O surdo deve ser atendido pela Libras, que é a que ele entende. É muito difícil o surdo ser atendido numa unidade de saúde, porque as pessoas não conhecem o sistema e eles se sentem mal-atendidos", afirma Erika Belém, professora e coordenadora pedagógica do Curso de Extensão em Libras.

A Língua Brasileira de Sinais é a maneira utilizada pelos surdos para se comunicar, utilizando como base o movimento das mãos. Desde 2005, a Libras é reconhecida oficialmente no Brasil, como meio legal de comunicação e expressão.

A própria alfabetização dos surdos é diferenciada. Por isso não se deve exigir que eles consigam se manifestar através da escrita. "Libras é o idioma oficial dos surdos no Brasil e que deve ser respeitado. O surdo não tem capacidade de entender a nossa linguagem. Não adianta você querer colocar que o surdo aprenda o português convencional, porque ele vai ter dificuldade", afirma Erika Belém.

Escrita de "garranchos"
A escrita de alguns médicos costuma ser alvo comum de reclamação de quem tem em mãos uma receita e precisa decifrá-la para conseguir comprar os medicamentos. Mas para Francisco Sérvulo Gomes, 50 anos, surdo, a situação é ainda pior. "Certa vez fui ao hospital sozinho e tentei me comunicar com o médico através da escrita, mas quando ele respondia, eu não conseguia entender a letra com garranchos. Eu pedia para o médico reescrever de forma mais legível, mas ele não conseguia, então precisei chamar um intérprete", conta o professor de Libras, com a ajuda do intérprete Guilherme Júlio da Silva.

Francisco Sérvulo reclama ainda que alguns profissionais de saúde não têm paciência ao tentar estabelecer uma comunicação com o paciente surdo, que acaba sendo mal-atendido. Por isso, sempre que vai fazer uma consulta, procura a ajuda de um intérprete. "Essa ainda não é a solução ideal, pois uma consulta médica é um momento mais particular e a presença de outras pessoas não é agradável. Mas, infelizmente, precisamos nos submeter a isso", descreve.

A relação que estabelece confiança é decisiva nos resultados do tratamento de saúde. Assim, não só no caso dos surdos, mas como com qualquer outro paciente, o médico não deve apenas oferecer um suporte técnico. É necessário proporcionar uma comunicação eficaz, priorizando a atenção e a compreensão dos problemas do paciente. A questão da humanização no atendimento influi diretamente no estado geral do paciente.
O aumento no número de cursos que ensinem aos profissionais da saúde a Lingua Brasileira de Sinais já representa um avanço no processo de inclusão dos pacientes surdos. Mas para Erika Belém, o ensino deveria ser estendido desde a formação acadêmica dos médicos. "O único curso que trabalha para facilitar o atendimento é a Fonoaudiologia. O restante possui apenas disciplinas complementares, não são obrigatórias", afirma Erika.

A preparação dos médicos é essencial para que o paciente surdo possa se sentir à vontade. "A falta de compreensão entre o médico e o paciente surdo não traz apenas os riscos físicos, mas também psicológicos, porque é constrangedor para o surdo não ser entendido. O profissional habilitado para falar com o surdo vai responder às expectativas daqueles que têm uma necessidade especial que precisa ser bem atendida", conclui Belém.


FONTE: Diário do Nordeste


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FENEIS QUESTIONA A POLÍTICA DE EDUCAÇÃO DE SURDOS NO CEARÁ


A Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão (PRDC), órgão do Ministério Público Federal no Ceará (MPF/CE), recebeu carta-denúncia da Federação Nacional de Educação e Integração de Surdos (Feneis) questionando a política de educação para surdos adotada pelo Ministério da Educação (MEC), através da Secretaria de Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi).

A Feneis considera a política do MEC “inconstitucional e fadada a inúmeras consequências negativas idênticas ou piores às que já se fazem sentir nos três níveis da rede pública de ensino, com sérios prejuízos aos direitos linguísticos, identitários, culturais e educacionais das crianças, adolescentes, jovens e adultos surdos em escolarização”.

A carta-denúncia foi entregue à procuradora regional dos Direitos do Cidadão, Nilce Cunha Rodrigues, durante reunião realizada no auditório da sede do MPF/CE, em Fortaleza, no dia 26 de setembro. Além de representantes do Feneis, a reunião contou com a participação de estudantes surdos, pais e educadores.

Além de receber o documento apresentado pela entidade, a procuradora também ouviu a opinião dos presentes sobre o assunto. Estudantes, pais e educadores defendem o investimento em escolas bilíngues, onde alunos recebam a formação em libras e aprendam o português escrito. A carta-denúncia da Feneis foi anexada a um procedimento administrativo já instaurado no MPF/CE e que trata de direitos assegurados a pessoas com deficiência.


Fonte: O POVO


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REPORTAGEM: OUVIDO BIÔNICO JÁ ESTÁ DISPONÍVEL NO SUS

ALUNA SURDA SOFRE BULLYING

PARAPLÉGICO QUE RECEBEU INJEÇÃO DE CÉLULAS-TRONCO CAMINHA 100M

Nove anos depois do acidente que o deixou paraplégico, o major da Polícia Militar da Bahia Maurício Borges Ribeiro, 47, voltou a andar graças a uma injeção experimental de células-tronco na região da medula.

Amparado por um andador, o policial tem conseguido caminhar até 100 metros por dia. O tratamento pioneiro está sendo desenvolvido por cientistas do Centro de Biotecnologia e Terapia Celular do Hospital São Rafael, em Salvador, e da Fiocruz.

O major Maurício Borges Ribeiro se exercita com andador











Em março, médicos retiraram células da bacia do paciente e, um mês depois, reinjetaram-nas na região lombar da coluna do policial. 

Os movimentos estão retornando gradualmente. O formigamento nas pernas foi o primeiro sintoma da melhora. 

Depois, houve aumento do controle da bexiga e do esfíncter. O tratamento é complementado pela fisioterapia. 

Ribeiro deu os primeiros passos em julho, cerca de 90 dias após a cirurgia. 

"Estou reaprendendo a olhar para a frente quando ando. Não sei se vou andar de muleta ou arrastando uma perna, mas um dia vou conseguir sair da cadeira de rodas, que é uma prisão", disse o paciente. 

"No começo não podia nem ficar sentado que eu caía. Melhoro um pouco a cada dia, mas tenho de seguir à risca o tratamento e fortalecer a musculatura porque, se eu cair ou fraturar alguma coisa, o tratamento para."


O diretor de pesquisa do Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa, Luiz Fernando Lima Reis, afirma que é preciso cautela na expectativa. "É muito promissor, mas ainda precisamos entender muito bem a biologia dessas células", disse.


FONTE: http://www1.folha.uol.com.br/


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