terça-feira, 8 de novembro de 2011

PRIMEIRA ESCOLA TÉCNICA BILÍNGUE DO BRASIL SERÁ EM SANTA CATARINA



A presidente Dilma Rousseff anunciou a criação de novas instituições de educação e o lançamento oficial do que será a primeira escola técnica bilíngue do país. O campus de Palhoça do Instituto Federal de SC (IF-SC) aplicará uma metodologia diferenciada, com português escrito e Língua Brasileira de Sinais (Libras). O campus bilíngue também deve contar com adaptações de engenharia para atender de maneira universal — como o toque luminoso, em vez de sonoro, para início das aulas.

O diretor do campus bilíngue, professor Vilmar Silva, explica que a sede definitiva terá 800 alunos presenciais e 1200 à distância em duas linhas de atuação. A primeira é a de produção cultural e design, para formação tecnológica. Já os cursos de tradutor e intérprete e o de instrutor e pedagogia bilíngue terão como eixo a formação de educadores.

Por enquanto, estão disponíveis, em uma sede provisória, curso técnico de materiais bilíngue e de formação continuada de Libras e de edição de imagens, que contam com 62 estudantes. De acordo com o diretor do campus, algumas aulas estão sendo feitas com intérpretes, pois nem todos os 18 professores e técnicos administrativos são fluentes na língua de sinais. Ele explica que esses profissionais estão passando por capacitação.

"Queremos que todos os professores saibam Libras e que a comunicação flua naturalmente" — atesta.

Para ele, o IF-SC há defasagem tanto na formação dos professores, que não se comunicam com sinais, como no preparo dos surdos.

"Cerca de 51% das vagas reservadas para cotas não são preenchidas pela falta de profissionalização dos surdos" — destaca o diretor.
Houve então o lançamento oficial da obra que começou em março e já recebeu R$ 5,96 milhões do governo federal. Outros R$ 4 milhões devem ser investidos em equipamentos e a previsão é que o IF-SC de Palhoça seja inaugurado em junho de 2012.

Para a Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos (Feneis) será o primeiro campus, no país, com formação técnica e superior onde a Libras será de instrução e compartilhada. A diretora de políticas educacionais da Feneis, Patrícia Rezende, considera que o instituto poderá dar "maior visibilidade" à educação bilíngue e à cultura surda no país.


Fonte: http://www.clicrbs.com.br/diariocatarinense/




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