Jonathan Weinberg | BBC | 31.01.12
Londres
- Um sobrevivente dos ataques a bomba em Londres em 2005 criou um
aplicativo de smartphone para ajudar pessoas com deficiência a se
locomover com mais facilidade pela capital britânica.
Daniel
Biddle perdeu as duas pernas, o baço e a visão do olho esquerdo quando
um extremista detonou uma bomba no vagão de metrô na estação Edgware,
no dia 7 de julho de 2005.
"O que aconteceu comigo em 7/7 me roubou toda a capacidade de ir praticamente a qualquer lugar", disse o sobrevivente à BBC.
"Posso
pensar em inúmeras ocasiões em que precisava encontrar um banheiro ou
ir a um restaurante, e foi impossível. Faltam informações úteis para
pessoas em cadeiras de roda, dificuldades de aprendizado e problemas de
visão."
Acessibilidade
O
aplicativo Ldn Access, criado por Biddle e uma amiga, Tobi Collett,
armazena detalhes sobre percursos sem degraus, rampas e instalações
sanitárias adaptadas que podem ser encontrados em milhares de locais na
capital britânica, como hotéis, teatros, restaurantes, bares, etc.
Através
de tecnologia de localização, o programa consegue oferecer informações
baseadas na área em que o usuário se encontra. Pode-se escolher uma
categoria geral, como restaurantes, e a partir daí refinar a busca, por
exemplo, por tipo de comida (indiana, chinesa, grelhados, etc.).
Biddle
diz que a dupla criou um aplicativo simples de usar "porque alguém com
problemas de destreza, ou artrite nas mãos, pode não ser capaz de
digitar palavras muito longas. É simplesmente apertar um ícone na
tela".
O
aplicativo tem informações inclusive sobre os locais que serão usados
nos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Londres, a partir do fim de
julho. E funciona sem conexão com a internet, o que significa que mesmo
dentro do metrô o usuário pode checar as informações.
"Para
checar se as informações estavam corretas, fomos às ruas e visitamos
aleatoriamente os locais listados no aplicativo", conta Biddle.
"Tivemos de identificar os locais, entrar nos sites dos lugares, fazer
ligações."
A
princípio, o aplicativo roda apenas no sistema operacional iOS, da
Apple, mas Biddle e Collett pretendem investir o dinheiro levantado com
as vendas originadas na loja da Apple, onde está disponível, para
criar versões para Android, Blackberry e Windows Phone, e não só sobre
Londres, mas outras cidades britânicas.
"Com
esse aplicativo, queremos mostrar que a deficiência física não é um
problema, o problema é a falta de acessibilidade", afirma Biddle. "A
tecnologia pode ser excelente para prover independência. Queremos que
este ajuda os deficientes físicos a fazer o que quiserem."
* O TEXTO ENCONTRA-SE EM SEU FORMATO ORIGINAL. ERROS GRAMATICAIS E DISTORÇÕES SÃO DE RESPONSABILIDADE DO AUTOR.
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