segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

HELEN KELLER


"O otimismo é a fé que leva à realização. Nada pode ser feito sem esperança ou confiança." 
(Helen Keller)


Helen Adams Keller nasceu em 27 de Junho de 1880 em Tuscumbia, Alabama, nos EUA. Filha do capitão Arthur H. Keller e de Kate Adams Keller, que eram de familias respeitadas e tradicionais na região.
Aos dezoito meses de idade perdeu subitamente a visão e a audição devido a uma doença grave. Passou os primeiros anos de sua infância sem orientação adequada que lhe permitisse desenvolver-se aprendendo sobre o mundo ao seu redor.


Através do contato que teve com Martha Washington, a filha de seis anos da cozinheira, ela desenvolveu uma linguagem de sinais propria, com a qual comunicava com a família.

Os pais de Helen após ouvirem falar do sucesso na educação de Laura Bridgman (cega e surda), levaram-na ao Dr. J. Julian Chisolm, especialista em olhos, nariz, ouvidos e garganta que nada podendo fazer, os encaminhou para Alexander Graham Bell que na época trabalhava com crianças surdas. Bell aconselhou que eles entrassem em contacto com o Instituto Perkins para Cegos, que era a mesma escola onde Bridgman tinha sido educada.
Helen Keller com 8 anos no Instituto Perkins

Michael Anaganos, director do instituto, pediu a uma antiga estudante, Anne Sullivan que contava então 20 anos e era deficiente visual (ainda conseguia ver, embora pouco) para que fosse tutora de Helen Keller. Assim alguns meses antes de Helen completar 7 anos de idade, em Março de 1887, Anne Sullivan, foi morar na sua casa a fim de a ensinar. Era o começo de uma relação que durou 49 anos.


“O dia mais importante de toda minha vida foi o da chegada de minha professora Sullivan. Fico profundamente emocionada, quando penso no contraste imensurável das duas vidas que se juntaram. Ela chegou no dia 3 de março do 1887, três meses antes de eu completar 7 anos”

Até a chegada da professora, Helen Keller ainda não falava e não compreendia o significado das coisas. A primeira palavra sinalizada e soletrada em sua mão foi doll (boneca) para mostrar a boneca que ela havia levado de presente para Helen.

Helen e Anne em 1888

O grande avanço na comunicação de Helen Keller foi em Abril daquele mesmo ano, quando ela notou que aqueles movimentos feitos por sua professora na palma de sua mão enquanto deixava escorrer água fria na outra mão, simbolizavam a ideia de água.

Numa sucessão rápida ela aprendeu os alfabetos braille e manual, facilitando assim, a sua aprendizagem da escrita e leitura.



“Belos dias como estes, fazem o coração bater ao compasso de uma música que nenhum silêncio poderá destruir. É maravilhoso ter ouvidos e olhos na alma. Isto completa a glória de viver”.


Em Maio de 1888, foi estudar no Instituto Perkins. Em 1890 após saber sobre Ragnhild Kaata uma surda-cega que aprendera a falar, Keller também quis aprender. Na primavera desse ano teve aulas com Mrs Fuller que atraves das vibrações da garganta e movimentos da boca e língua, ensinou Helen a falar. No final de décima primeira lição, ela fez uma surpresa para Annie, puxou-a pelo braço, e disse claramente: “EU NÃO SOU MAIS MUDA”. Helen Keller aprendeu assim a falar aos dez anos.


Em 1896 voltam para Massachusetts e Keller em 1899 ingressou na escola de Cambridge Para Jovens Senhoritas e permaneceu lá até ser admitida para a Universidade de Radcliffe em 1900.

Helen em 1902

O seu admirador, Mark Twain apresentou-a a Henry Huttleston Rogers, um magnata do óleo, que juntamente com a sua esposa, pagou a educação de Helen.


Em 1904 graduou-se bacharel em filosofia pelo Radcliffe College, tornando-se aos 24 anos a primeira mulher surda-cega a ter um diploma de bacharel em artes.


Durante o seu período de estudante, a professora Anne Sullivan foi a sua orientadora constante, transmitindo todas as aulas para Helen, através do alfabeto manual, encorajando-a e estimulando-a. Todos os livros de consulta que não existiam em braille eram laboriosamente soletrados pelas mãos de Helen. Além das aulas da Universidade, Anne soletrava aulas de francês, latim e alemão.


A sua professora Anne continuou como sua companheira, tendo-se casado em 1905 com John Macy, eminente critico literário. O casamento não interrompeu o relacionamento de aluna e professora. Helen Keller foi morar com o casal que continuou auxiliando-a em seus estudos e outras actividades.

John Macy, Anne e Hellen

Antes de se formar, Helen Keller fez sua estreia na literatura escrevendo a sua autobiografia: “A História de Minha Vida”, publicada em 1902, e em seguida no Jornalismo com uma serie de artigos no “Ladies Home Journal”. A partir dessa data nunca mais parou de escrever. Nos seus trabalhos literários, Helen usava a máquina de dactilografia braille preparando os manuscritos. Depois copiava-os numa máquina de dactilografia comum.


Polly Thompson foi contratada para cuidar da casa. Era uma jovem mulher Escocesa que não tinha experiência com cegos ou surdos. Ela fez grande progresso, passando mais tarde ao cargo de secretária e consequentemente tornou-se companheira constante de Helen.


Depois do falecimento de Anne em 1936, Helen e Polly Thompson mudaram-se para Connecticut.
Em 1946, quando a Imprensa Braille Americana se transformou na American Foundation for Overseas Blind (hoje Helen Keller International Incorporated), Helen Keller foi eleita conselheira em relações internacionais. Foi então que ela começou as suas viagens pelo mundo, em benefício dos cegos, fato esse que a tornou bem conhecida nos seus últimos anos de vida. Entre 1946 e 1957, visitou 35 países em cinco continentes.


Em 1955, quando tinha 75 anos, Helen Keller realizou mais uma das suas longas e árduas viagens, durante cinco meses, através da Ásia. Por onde viajou, sempre levou uma nova coragem para milhares de pessoas cegas e muitos dos esforços para melhorar as condições entre os cegos no mundo podem ser atribuídos diretamente às suas visitas.

Helen em Bombaim, India em 1955

Polly Thompson teve um enfarte em 1957, e nunca conseguiu recuperar completamente vindo a falecer em 1960. Winnie Corbally, que foi a enfermeira contratada para cuidar de Polly, acabou ficando depois da sua morte e tornou-se companheira de Helen até ao fim da sua vida.

Ao longo da vida foi agraciada com títulos e diplomas honorários de diversas instituições, como a universidade de Harvard e universidades da Escócia, Alemanha, Índia e África do Sul.
Em 1952 foi nomeada Cavaleiro da Legião de Honra da França. Em reconhecimento ao estímulo que seu exemplo e presença deram aos trabalhos para cegos nos países que visitou. Os governos do Brasil, Japão, Filipinas e Líbano conferiram-lhe, respectivamente, as seguintes condecorações: Ordem do Cruzeiro do Sul, do Tesouro Sagrado, do Coração de Ouro e Medalha de Ouro de Mérito. Foi membro honorário de várias sociedades científicas e organizações filantrópicas nos cinco continentes.

Helen com o Embaixador Brasileiro Walter Moreira Salles na embaixada de Washington

Uma grande honra foi também concedida a Helen Keller, em 1954, quando o seu local de nascimento, Ivy Green, na Tuscumbia, foi transformado em museu permanente. A cerimónia realizou-se a 7 de Maio de 1954, com a presença de diretores da "American Foundation for the Blind" e de outras autoridades.

Casa onde nasceu

Mais compensadoras do que as inúmeras honrarias que recebeu foram as relações de amizades que Helen Keller fez com a maioria das personalidades proeminentes de seu tempo. Eram algumas figuras famosas, de Grover Cleveland a Charlie Chaplin, de Nerhu a John F. Kennedy e outros como Katherine Corvell, Van Wyck Brooks, Alexander Graham Bell e Jo Davidson, os quais ela considerava como amigos.

Helen Keller e Winifred Corbally visitando John Kennedy em 1961

Em 1961 Helen Keller teve vários ataques cardíacos. Após essa altura, Helen viveu tranquilamente em “Arcan Ridge”, onde recebia a família, amigos íntimos e membros da American Foundation for the Blind e da American Foundation for Overseas Blind (hoje Helen Keller International Incorporated). Passava a maior parte do seu tempo a ler. Os seus livros favoritos eram a Bíblia e volumes de poesia e filosofia.


Em 14 de Setembro de 1964, o presidente Lyndon B. Johson agraciou-a com a Medalha Presidencial da Liberdade, uma das duas maiores honras para um cidadão dos Estados Unidos. Em 1965, foi uma das vinte eleitas para o Hall da Fama Feminina, na Feira Mundial de Nova Yorque. Helen Keller e Eleanor Roosevelt receberam a maioria dos votos entre as cem mulheres indicadas.

Helen morreu enquanto dormia em 1 de Junho de 1968 na sua casa. As suas cinzas foram colocadas na Capela de São José na Catedral Nacional de Washington D.C. ao lado das suas constantes companheiras Anne Sullivan e Polly Thompson.


No seu último adeus, o Senador Lister Hill, do Alabama, expressou o seu sentimento e de todo o mundo quando disse a respeito de Helen Keller:
- “Ela viverá; ela foi um dos poucos nomes, imortais, que não nasceu para morrer. Seu espírito perdurará enquanto o homem puder ler e histórias puderem ser contadas sobre a mulher que mostrou ao mundo que não existem limitações para a coragem e a fé”.




“As melhores e mais belas coisas do mundo não podem ser vistas nem tocadas, mas o coração as sente”.
Helen Keller

Algumas de suas Obras:
    * Otimismo - um ensaio
    * A Canção do Muro de Pedra
    * O Mundo em que Vivo
    * Lutando Contra as Trevas
    * A Minha Vida de Mulher
    * Paz no Crepúsculo
    * Dedicação de Uma Vida
    * A Porta Aberta
    * A história de minha vida


Fontes: http://helenkeller1880.vilabol.uol.com.br/; http://wikipedia.org/; Grande Enciclopédia Larousse; outros


* O TEXTO ENCONTRA-SE EM SEU FORMATO ORIGINAL. ERROS GRAMATICAIS E DISTORÇÕES SÃO DE RESPONSABILIDADE DOS AUTORES.

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