Por Elvira Sena - Da Redação
O plenário da Assembleia Legislativa, em Fortaleza (AL), foi palco do protesto realizado ontem, pela manhã, por pais de alunos surdos. Eles reivindicam o ensino bilíngue nas escolas, com o aprendizado das Libras e se mostram contra a iniciativa nacional de colocar alunos surdos em colégios normais.
“Queremos uma escola que cuide do aluno com o problema de surdez, para que ele estude e possa, lá na frente, fazer uma faculdade e um curso profissionalizante”, disse o professor Márcio Cleiton, pai de Jameson Pinheiro Brito, 16, surdo, aluno do Instituto Cearense de Educação de Surdos.
O que os pais querem é manter as escolas para as crianças surdas. Em Fortaleza, além do Instituto de Surdos, existe mais um estabelecimento, onde é ensinada a linguagem de Libras (o alfabeto com as mãos), que é o Instituto Filipo Smaldoni. “Não somos contra a inclusão na escola normal, mas temos nossos direitos. A primeira linguagem dos surdos é a das Libras. Depois é que aprendem o português”, completou a dona de casa Ioneide Pinheiro.
Os pais de surdos foram deixar, na Assembleia, documento pedindo apoio nessa luta nacional. A luta pelos pais dos surdos começou ano passado, com a Federação Nacional de Integração de Surdos. “Foram colocadas, em Brasília, 25 propostas e cinco foram contempladas, mas não representam os anseios da comunidade de surdos”, disse Márcio Cleiton.
“Por que não acreditam na capacidade de surdos? E por que não existem concursos com tradução para Libras?”, indagou a professora do Instituto de Surdos, Maria Fausto Lima Barbosa. “A maior parte das crianças surdas são filhas de pais ouvintes e, em casa, não têm comunicação. Os pais não sabem usar as Libras e as crianças, quando chegam à escola, não sabem ler, escrever ou se comunicar”.
Atualmente, cerca de 500 alunos são atendidos no Instituto de Surdos. A escola estadual, que oferece do ensino infantil ao médio, funciona nos três turnos (manhã, tarde e noite) e, além dos surdos, atende cegos, pessoas com baixa visão, alunos com atraso intelectual e cadeirantes. Há alunos que não escutam e não falam. Todos aprendem inicialmente as Libras.
O outro estabelecimento que oferece a linguagem das Libras é o Instituto Filipo Smaldoni, no bairro Joaquim Távora. Hoje, são 280 alunos, informou a coordenadoria pedagógica da Instituição, a irmã Liliane Veiga Pinheiro. “Querem acabar com a escola para diferentes, mas não concordamos com isso. Queremos que os surdos aprendam primeiro as Libras”, disse a freira.
Viagem a Brasília
Nos dias 19 e 20 deste mês, membros de associações de surdos de todo o País se reunirão em Brasília, discutindo o assunto. Pessoas que estiveram no protesto de ontem, na AL, em Fortaleza, também se preparam para seguir viagem à Capital Federal para falar sobre o assunto. “No Pleno Nacional, precisamos aprimorar o Plano Nacional de Educação (PNE) e o deslocamento das comissões é para ouvir segmentos, demonstrando que o projeto apresentado pelo Governo teve lacunas. Nessa amplitude do debate, a sociedade pode sugerir novas propostas. Isso fortalece o PNE”, disse o deputado federal Raimundo Gomes de Matos, do PSDB.
FONTE: http://www.oestadoce.com.br/
TEXTO COPIADO NA ÍNTEGRA - OS ERROS DE ESCRITA E DISTORÇÕES QUE POSSAM HAVER EM RELAÇÃO À REALIDADE SURDA, FAZEM PARTE DA PRÓPRIA REPORTAGEM
Olá! estou cursando o segundo Período de pedagogia. Então, meu ponto de vista em relação aos alunos surdos, ou portadores outras necessidades especiais, acredito que para a melhoria do rendimento escolar dessas pessoas, é necessário que elas sejam inseridos em classes especiais de ensino,Deixando bem claro que não sou contra dessas pessoas fazerem parte de classes regulares. Espero ter contribuido de alguma forma...bjos
ResponderExcluirLilia Campos
ResponderExcluirSou Maria Núbia de Sousa Maciel, diretora da Escola Municipal Maria de Paula Colares em Maranguape. Graduada em Ciências das Religiões e Especialista em Coordenação Pedagógica. Atualmente estou cursando Pedagogia na UECE e pesquisando sobre o ensino bilingue cheguei até seu blog. Fiquei feliz em conhecer o seu trabalho e perceber o quanto nós educadores de escolas regulares precisamos superar o desafio da inclusão. A disciplina de Libras está sendo muito interessante. Acredito que todos nós precisamos conhecer a lingua de sinais para podermos nos comunicar não somente com os nossos alunos surdos, mas com todos os surdos de nossa sociedade.
Defendo também que a 1ª língua que deve ser ensinada aos surdos seja Libras.