sexta-feira, 1 de julho de 2011

AUDIÇÃO E EQUILÍBRIO NA TERCEIRA IDADE






 

O ouvido é o órgão da audição e também do equilíbrio. Converte ondas sonoras em impulsos nervosos que ao atingirem o cérebro são interpretados como sons. Contem o sistema vestibular que é responsável pelo equilíbrio e é acionado ao se movimentar a cabeça.


As principais alterações do ouvido na terceira idade em geral levam somente à diminuição da audição.


São devidas à otosclerose, às intoxicações por medicamentos, às otites, ao acidente vascular cerebral e aos tumores. Na sua grande maioria os distúrbios se devem à otosclerose .


O idoso tem tendência a ter dificuldade em captar sons altos. O processo de envelhecimento que atinge a audição não é considerado uma doença e sim uma perda natural de função. O processo de envelhecimento dos ossos que formam o sistema auditivo denomina-se otosclerose, que não leva à surdez e sim a uma perda de audição parcial que se mantém estável sem tendência à piora, sendo uma alteração auditiva do tipo de condução. É uma alteração que apresenta clara predisposição hereditária. Esta diminuição natural de audição que ocorre na terceira idade pode ser acompanhada de zumbido ou tinitus o que em geral ocorre nos dois ouvidos e incomoda muito. Este ruído contínuo em ambos os ouvidos piora com o estado emocional, ansiedade e nervosismo. O zumbido também pode piorar com o álcool, a cafeína, e vários tipos de medicamentos, como por exemplo, os antiinflamatórios. Quando o zumbido é de um só lado e há diminuição auditiva acentuada em geral se deve a pequenos tumores localizados na região do ouvido.


A diminuição da audição também pode ocorrer pelo acúmulo de cerúmen ou cera, o que é muito comum e de fácil tratamento.


Alguns remédios são tóxicos para os ouvidos, destacando-se certos antibióticos (estreptomicina, kanamicina e aminoglicosídeos), certos antiinflamatórios (aspirina) e determinados diuréticos. Em geral provocam alterações reversíveis após a suspensão da medicação.


A infecção do ouvido ou otite e tumores localizados no próprio osso do ouvido ou em sua proximidade já são causas de surdez, com lesão do tipo sensorial, ocorrendo em geral de um só lado, sendo raros. Quando o processo infeccioso atinge internamente o ouvido denomina-se otite media e em geral é provocado por bactéria.


A doença do ouvido, principalmente a infecciosa, pode vir acompanhada de tonturas, sensação de rotação e vômitos, o que caracteriza a vertigem.


O acidente vascular cerebral ou AVC pode provocar uma surdez por lesão do sistema nervoso, do tipo sensorial e irreversível, sendo entretanto incomum.


A avaliação das alterações auditivas inicia-se pelo simples exame clínico, passando pela audiometria e terminando em complexas avaliações das respostas do cérebro a estimulações especiais (potencial evocado auditivo).


Muitas pessoas não admitem a diminuição de audição, ou por falta de informação, ou por medo ou mesmo por vaidade. A falta de tratamento correto pode retardar a cura de muitos processos benignos.


A surdez deve ser sempre muito bem avaliada por especialista.


Nos casos de surdez severa o idoso pode ser considerado confuso, ou mesmo considerado portador de distúrbios de comportamento. Tais situações podem levar a quadros de depressão. A pessoa com diminuição de audição deve procurar informar sempre da sua situação, não hesitando em pedir que se repita as palavras não compreendidas.


A vertigem é uma sensação de forte tontura com inicio súbito e acompanhada de náuseas e/ou vômitos, e sensação rotatória. Há também sensação de desequilíbrio. É freqüente o zumbido no ouvido. Pode ocorrer rápida perda de consciência (síncope). Em geral é desencadeada pelo movimento da cabeça. Acompanha com freqüência os distúrbios auditivos.


A vertigem se deve a problemas do labirinto, estrutura sofisticada responsável pela manutenção do equilíbrio, que fica contida dentro do ouvido. Inúmeros fatores podem levar à vertigem, destacando-se na terceira idade: a insuficiência vascular cerebral, distúrbios metabólicos, tumor cerebral, otite, intoxicação por determinados medicamentos, infecções e traumatismo. Alguns distúrbios visuais, como erro de refração podem desencadear a vertigem. Os estados de grande ansiedade também podem levar à vertigem.


Quando a vertigem se acompanha de diminuição da audição e zumbido é conhecida como síndrome de Ménière.


A vertigem é importante causa de quedas no idoso.


No estudo da vertigem é sempre importante determinar se a causa é periférica (do ouvido, por exemplo) ou central (distúrbios circulatórios cerebrais).
 



Extraído do livro "Ficar Jovem Leva Tempo....Um Guia Para Viver Melhor" Editora Saraiva, de autoria de João Roberto D. Azevedo



* O TEXTO ENCONTRA-SE EM SEU FORMATO ORIGINAL. ERROS GRAMATICAIS E DISTORÇÕES SÃO DE RESPONSABILIDADE DO AUTOR.

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