
Existe,  na natureza, um equilíbrio biológico entre todos os seres vivos. Nesse  sistema em equilíbrio os organismos produzem substâncias que são úteis  para outros organismos e assim sucessivamente.
Poluição:
A  poluição vai existir toda vez que resíduos (sólidos, líquidos ou  gasosos) produzidos por microorganismos, ou lançados pelo homem na  natureza, forem superior à capacidade de absorção do meio ambiente,  provocando alterações na sobrevivência das espécies. A poluição pode ser  entendida, ainda, como qualquer alteração do equilíbrio ecológico  existente.
A poluição é essencialmente produzida  pelo homem e está diretamente relacionada com os processos de  industrialização e a conseqüente urbanização da humanidade. Estes são os  dois fatores contemporâneos que podem explicar claramente os atuais  índices de poluição. Os agentes poluentes são os mais variáveis  possíveis e são capazes de alterar a água, o solo, o ar, etc.
Poluição  é, portanto, uma agressão à natureza, ao meio ambiente em que o homem  vive. Os efeitos da poluição são hoje tão amplos que já existem inúmeras  organizações de defesa do meio ambiente.
Poluição sonora:
Poluição  Sonora é qualquer alteração das propriedades físicas do meio ambiente,  causada por som puro ou conjugação de sons, admissíveis ou não, que  direta ou indiretamente seja nociva à saúde, segurança e ao bem. O som é  a parte fundamental das atividades dos seres vivos e dos elementos da  natureza.
Cada um tem um significado específico,  conforme as espécies de seres vivos que os emitem, ou que conseguem  percebê-los. Os seres humanos, além dos sons que produzem para se  comunicar e se relacionar, como as palmas, voz, assobios e passos,  também produzem outros tipos de sons, decorrentes de sua ação de  transformação dos elementos naturais.
História:
Há  cerca de 2500 anos a humanidade conhece os efeitos prejudiciais do  ruído à saúde. Existem textos relatando a surdez dos moradores que  viviam próximos às cataratas do Rio Nilo, no antigo Egito.
O  primeiro decreto que se conhece para a proteção humana contra o ruído  no Brasil é de 6 de maio de 1824, no qual se proibia o ‘ruído permanente  e abusivo da chiadeira dos carros dentro da cidade’, estabelecendo  multas que se transformavam em 50 açoites quando o infrator era escravo.
Diferenças de ‘outras poluições’:
A poluição sonora difere bastante da poluição do ar e da água quanto aos seguintes aspectos:
* O ruído é produzido em toda parte e, portanto, não é fácil controlá-lo na fonte como ocorre na poluição do ar e da água;
*  Embora o ruído produza efeitos cumulativos no organismo, do mesmo modo  que outras modalidades de poluição, diferencia-se por não deixar resíduo  no ambiente tão logo seja interrompido;
* Diferindo da poluição do ar e da água, o ruído é apenas percebido nas proximidades da fonte;
*  Não há interesse maior pelo ruído, nem motivação para combatê-lo; o  povo é mais capaz de reclamar e exigir ação política acerca da poluição  do ar e da água do que a respeito do ruído;
* O  ruído, ao que parece, não tem mais efeitos genéricos, como acontece com  certas formas de poluição do ar e da água, a exemplo da poluição  radioativa. Entretanto, o incômodo, a frustração, a agressão ao aparelho  auditivo e o cansaço geral causados pela poluição sonora podem afetar  as futuras gerações.
Som:
O  som é um fenômeno físico ondulatório periódico, resultante de variações  da pressão num meio elástico que se sucedem com regularidade.
O  som pode ser representado por uma série de compressões e rarefações do  meio em que se propaga, a partir da fonte sonora. Não há deslocamento  permanente de moléculas, ou seja, não há transferência de matéria,  apenas de energia.
A ação perturbadora do som depende:
* De suas características, como intensidade e duração;
* Da sensibilidade auditiva, variável de pessoa para pessoa;
* Da necessidade de concentração, como estudar;
* Da fonte causadora, que pode ser atrativa, como uma discoteca.
Nas ruas:
O  trânsito é o grande causador do ruído na vida das grandes cidades. As  características dos veículos barulhentos são o escapamento furado ou  enferrujado, as alterações no motor e os maus hábitos ao dirigir  (acelerações e freadas bruscas e o uso excessivo de buzina).
Nas residências:
Condicionadores  de ar, batedeiras, liquidificadores, enceradeiras, aspiradores,  máquinas de lavar, geladeiras, aparelhos de som, televisores, secadores  de cabelo e tantos outros eletrodomésticos que podem estar presentes  numa mesma residência, funcionando simultaneamente e somando seus  indesejáveis decibéis.
Nas indústrias:
Em  alguns países europeus, como a Suécia e a Alemanha, onde os dados  estatísticos retratam fielmente a realidade, é impressionante o número  de operários que, nas indústrias, devido ao ruído, vêm sofrendo perda de  audição.
Visando a proteção dos trabalhadores  das fábricas, em 1977 os Estados Unidos estabeleciam o ruído máximo de  90 dB para a duração diária de 8 horas. Verificou-se com a adoção desse  limite, um quinto dos operários ficava sujeito a deficiências auditivas.  Por isso a Holanda e outros países baixaram o limite para 80 dB.
Danos à audição:
A  perda total de audição pode acontecer se a pessoa fica sujeita  diariamente, durante 8 horas seguidas, a sons com intensidade superior a  85 dB. O ruído de 140 dB pode destruir totalmente o tímpano.
Quando  o nível de ruído atinge 100 dB pode causar trauma auditivo e a  conseqüente surdez. Ao nível de 120 dB, além de lesar o nervo auditivo,  provocam, no mínimo, zumbido constante nos ouvidos, tonturas e aumento  do nervosismo.
Limites:
Ruído com intensidade de até 55 dB não causa nenhum problema.
Ruídos de 56 dB a 75 dB pode incomodar, embora sem causar danos à saúde.
Ruídos  de 76 dB a 85 dB pode afetar a saúde, e acima dos 85 dB a saúde será  afetada, a depender do tempo da exposição. Uma pessoa que trabalha 8  horas por dia com ruídos de 85 dB terá, fatalmente, após 2 anos,  problemas auditivos.
Trauma acústico:
Embora  esta denominação seja polêmica, adota-se o conceito de trauma acústico  como sendo a perda auditiva de instalação repentina, causada pela  perfuração do tímpano, acompanhada ou não da desarticulação dos  ossículos do ouvido médio, ocorrida geralmente após a exposição a  barulhos de impacto, de grande intensidade (tiro, explosão), com grandes  deslocamentos de ar.
Efeitos na saúde:
Os  ruídos aumentam a pressão sangüínea, o ritmo cardíaco e as contrações  musculares. São capazes de interromper a digestão, as contrações do  estômago, o fluxo da saliva e dos sucos gástricos.
Provocam maior produção de adrenalina e outros hormônios, aumentando, no sangue, o fluxo de ácidos graxos e glicose.
No  que se refere ao ruído intenso e prolongado ao qual o indivíduo  habitualmente se expõe, resultam mudanças fisiológicas mais duradouras,  até mesmo permanentes, incluindo desordens cardiovasculares, de  ouvido-nariz-garganta e, em menor grau, alterações sensíveis na secreção  de hormônios, nas funções gástricas, físicas e cerebrais.
Em  casos de estresse crônico nos trabalhadores, tem sido constatado  efeitos psicológicos, distúrbios neurovegetativos, náuseas, cefaléias,  irritabilidade, instabilidade emocional, redução da libido, ansiedade,  nervosismo, hipertensão, perda de apetite, sonolência, insônia, aumento  de prevalência da úlcera, distúrbios vitais, consumo de tranqüilizantes,  perturbações labirínticas, fadiga, redução de produtividade, aumentos  dos números de acidentes, de consultas médicas e faltas ao trabalho.
FONTE: http://www.presenteparahomem.com.br/ 
* O TEXTO ENCONTRA-SE EM SEU FORMATO ORIGINAL. ERROS GRAMATICAIS E DISTORÇÕES SÃO DE RESPONSABILIDADE DO AUTOR.
 
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