O Transtorno de Déficit de Atenção
TDA ou DDA ocorre em uma parcela considerada da população infantil e
pode ser diagnosticado precocemente, como forma de obter tratamento
antecipado e consequentemente com menor risco ou debito nas crianças.
O TDAH ou DDAH ocorre com a presença da hiperatividade, pois quase
sempre crianças que apresentam déficit de atenção também apresentam
hiperatividade, uma vez que não conseguem se concentrar em atividades,
nunca terminando uma atividade e já em seguida se envolvendo em mais do
que uma ação.
As crianças com TDAH são identificadas como desobedientes, mal
educadas, preguiçosas e inconvenientes. Apresentam-se com dificuldades
para seguir normas e regras, problemas de conduta e agressividade, baixo
rendimento escolar ou problemas de aprendizagem, dificuldades em se
relacionar com as pessoas e, geralmente, baixa auto-estima (Benczik,
2000).
Os sintomas surgem cedo na vida da criança, mas só vão se tornar mais
pronunciados durante o processo de aprendizagem na escola, pois aí é
exigido dela que permaneça sentada e com a atenção focada em algo
(Benczik, 2000).
A ocorrência destes sintomas isoladamente não caracteriza o
transtorno. Deve-se observar também se houve um evento desencadeador
(por exemplo o divórcio dos pais) e por quanto tempo os sintomas
permaneceram (Rohde e cols., 2000).
De acordo com o DSM-IV (APA, 1994), a pessoa deve apresentar seis (ou mais) dos seguintes sintomas de desatenção persistentes por no mínimo seis meses, em grau que compromete a adaptação e é incompatível com o nível de desenvolvimento:
- freqüentemente não presta muita atenção nos detalhes ou comete erros por descuido nos deveres escolares, no trabalho ou em outras atividades;
- freqüentemente mostra dificuldade em manter a atenção em tarefas ou jogos;
- freqüentemente parece não escutar o que lhe falam;
- freqüentemente não obedece às instruções passo a passo e não completa deveres, ou tarefas no trabalho (sem ser devido a comportamento de oposição ou por dificuldade de entender as instruções);
- freqüentemente tem dificuldade em ser organizado em trabalhos ou outras atividades;
- freqüentemente evita, se incomoda ou se mostra relutante em envolver-se em tarefas que exigem um esforço mental prolongado (tais como deveres escolares ou trabalhos de casa);
- freqüentemente perde objetos necessários para suas atividades, por exemplo, deveres, lápis, livros ou outros utensílios;
- com freqüência se distrai facilmente devido a estímulos externos;
- esquece-se freqüentemente de suas atividades diárias.
Deve apresentar seis ou mais dos seguintes sintomas persistentes por
no mínimo seis meses, em grau que compromete a adaptação e é
incompatível com o nível de desenvolvimento:
Hiperatividade:
- freqüentemente está mexendo com as mãos ou os pés ou se revira na cadeira;
- freqüentemente se levanta da cadeira em situações nas quais o esperado é que ficasse sentado;
- freqüentemente corre ou sobe em locais inadequados (em adolescentes
ou adultos, pode se limitar a uma sensação subjetiva de inquietação);
- freqüentemente tem dificuldade em brincar ou praticar qualquer atividade de lazer sossegadamente;
- freqüentemente está muito ocupado ou freqüentemente age como se estivesse “elétrico”;
- freqüentemente fala em excesso.
Impulsividade:
- com freqüência responde precipitadamente antes de ouvir a pergunta toda;
- freqüentemente tem dificuldade em esperar sua vez;
- freqüentemente interrompe ou se intromete na fala dos outros (por exemplo, invade conversa ou jogos de outros).
Os critérios gerais para o diagnóstico são:
- Presença de seis (ou mais) dos sintomas de desatenção e/ou seis (ou mais) de hiperatividade-impulsividade, por pelo menos seis meses, em grau mal-adaptativo e inconsistente com o nível de desenvolvimento.
- Alguns sintomas de hiperatividade-impulsividade ou desatenção que causam prejuízo estavam presentes antes dos 7 anos de idade.
- Algum prejuízo causado pelos sintomas está presente em dois ou mais contextos (escola, casa, trabalho).
- Deve haver clara evidência de prejuízo clinicamente significativo.
- Os sintomas não ocorrem exclusivamente durante o curso de outros transtornos mentais.
FONTE: http://www.psicologiananet.com.br/
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