sábado, 25 de junho de 2011

5 PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A INCLUSÃO DE ALUNOS SURDOS

 

A Revista Escola responde a cinco dúvidas comuns sobre os programas governamentais e a oferta de materiais de apoio para incluir os alunos com deficiência auditiva nas turmas regulares

1 Toda escola deve ter um intérprete de Libras?
Qualquer escola que tiver alunos com deficiência auditiva nas classes regulares tem o direito a um intérprete de Libras. Caso você tenha apenas um aluno surdo matriculado, procure outras escolas da região e monte um pequeno grupo de estudantes que possam receber o atendimento de um profissional no contraturno. Isso facilita o trabalho das Secretarias de Educação, que cadastram intérpretes anualmente, mas ainda não conseguem atender à procura das instituições de ensino.

Outro profissional importante nesse processo é o instrutor surdo – um profissional com deficiência auditiva que atua na escola e ensina a língua de sinais para os alunos surdos e, eventualmente, para os ouvintes também.

2 Como esses intérpretes são formados?
Quase 700 cursos superiores em Pedagogia, mais de 50 cursos de Fonoaudiologia e cerca de 400 cursos de Letras oferecem disciplinas de Libras em suas grades curriculares. Mas, para ser um intérprete oficialmente cadastrado é preciso passar pelo programa nacional de certificação de intérpretes, o Prolibras, coordenado pelo MEC.

O Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais (Inep) abre uma chamada pública para recrutar instituições públicas de ensino superior que possam aplicar o exame de proficiência em Libras aos interessados. Nos últimos anos, a instituição responsável é a Universidade de Santa Catarina. A partir de 2011, o Prolibras deve ser executado pelo Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES).

A prova prática de proficiência engloba uma apresentação pessoal do candidato em Libras e outra apresentação a respeito de um tema determinado pela comissão de avaliação. O candidato também precisa mostrar como executaria um plano de aula entregue pelos avaliadores, detalhando as estratégias, a metodologia e os recursos didáticos empregados.

Todos são avaliados sob dois aspectos principais: a fluência em Libras e a competência metodológica para que este intérprete também saiba ensinar a língua de sinais a outras pessoas.

Há, também, os cursos oferecidos por entidades do terceiro setor e os realizados à distância, que não são contabilizados pelo Censo Escolar.

3 Como os gestores devem proceder para ter um intérprete na escola?
O gestor que recebe uma matrícula de um aluno com deficiência auditiva deve imediatamente procurar a Secretaria de Educação do Estado ou do Município, fazer um cadastro e comunicar as necessidades específicas daquele aluno. Com base nisso, os governos podem planejar melhor a distribuição de recursos dentro da rede.

Vale lembrar que todos os estados possuem os Centros de Capacitação dos Profissionais de Educação e de Apoio às Pessoas com Surdez (CAS), vinculados às Secretarias Estaduais de Educação. Esses Centros são encarregados pela realização de cursos de formação na área e são financiados com recursos do MEC e das Secretarias.

4 O que fazer quando a escola não possui intérpretes?
O primeiro passo é entrar em contato com as Secretarias de Educação para solicitar um intérprete e verificar quais os cursos disponíveis para a formação dos professores. Caso a escola ainda não tenha uma sala de recursos multidisciplinar, também é possível fazer esta solicitação através do Programa Escola Acessível, do Ministério da Educação, pelos telefones (61) 2104 -9258 e (61) 2104-8651.

O MEC também disponibiliza materiais de apoio e recursos didáticos para as escolas, que podem ajudar os professores não-intérpretes a flexibilizar as atividades para melhor atender aos alunos com deficiência auditiva. Mas, vale lembrar que a presença do intérprete é fundamental para garantir o avanço desses estudantes. Uma sugestão é reunir alunos com deficiência auditiva de diferentes escolas de uma região em um mesmo espaço no contraturno, para que sejam assistidos por um intérprete e um instrutor surdo.

5 Como é possível conseguir os materiais de apoio ao Atendimento Educacional Especializado?
Os estados, por meio das Secretarias de Educação, apresentam à Secretaria de Educação Especial do MEC planos de trabalho com os cursos de formação que desejam oferecer aos profissionais que trabalham no AEE da rede, o número de vagas que podem ser ofertadas, assim como uma listagem dos materiais que desejam encaminhar para as escolas. Assim, o Ministério pode distribuir da forma mais adequada possível os recursos financeiros disponíveis e os materiais didáticos e pedagógicos em formatos acessíveis (Libras).

Também é possível obter recursos do Fundeb para financiar o AEE, mas a administração desse financiamento fica a cargo da rede de ensino. Livros didáticos, DVDs literários e dicionários trilíngues (Libras/Português/Inglês) são disponibilizados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), através dos Programas Nacionais do Livro e enviados automaticamente para as escolas públicas com alunos surdos matriculados.


Fonte: Revista Escola


* O TEXTO ENCONTRA-SE EM SEU FORMATO ORIGINAL. ERROS GRAMATICAIS E DISTORÇÕES SÃO DE RESPONSABILIDADE DO AUTOR.

4 comentários:

  1. Olá Lília Campos, muito bom o seu post, tão bom que eu fiz reproduzir lá no meu blog ^^, ecrevendo aqui para pedir sua permissão, tanto para publicar o post qnt ao comentário sobre vc no final da página. Queria pedir sua permissão para deixa-la publicada, dependendo da sua resposta posso deletá-la. Espero resposta. Grato.
    Paulo Henrique Soares

    Ver pag: http://paulohenriquelibras.blogspot.com/2011/06/duvidas-sobre-inclusao-de-alunos-surdos_28.html

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  2. olá, sou intérprete há muitos anos e tenho o prolibras nivel superior tanto para intérprete quanto para professor, há um equívoco na redação a respeito da formação que diz que o intérprete deve tb saber ensinar, o prolibras faz a difenciação clara entre as duas certificações, na prova prática para interprete o candidato não apresenta metodologia nem didática de aula, ele executa tradução em versão libras e em versão voz, que é a sua verdadeira área de atuação.

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  3. olá paulo henrique,
    que bom que gostou do post
    tudo que está aqui no blog PODE e DEVE ser publicado e reproduzido sim!
    até pq muitos desses textos e arquivos foram resultados de pesquisas pessoais, de meu marido Marcio e de amigos nossos justamente no intuito de divulgar a educação especial como um todo.
    apenas não deixa de fornecer as fontes, pois servem de pesquisa para outras pessoas também...
    espero que possamos trocar muitas figurinhas!!!
    abraços

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  4. Olá "anônimo" (desculpa, mas vc não assinou e não tenho como me referir a seu nome), gostaria de dizer que infelizmente nem tudo o que é escrito na internet ou até mesmo em alguns veículos de informação como revistas e jornais é fidedígno.
    O que acontece é que muitas vezes, as pessoas deixam a desejar em sua pesquisa antes de publicar um texto desse nível e as revista/jornais, por desconhecimento sobre o assunto, não fazem a revisão devida.
    Esse é o motivo pelo qual sempre que copio um texto e coloco-o na íntegra, acrescento a fonte e por fim, destaco a observação sobre a responsabilidade do autor ao escrever.
    Quanto ao Prolibras, conheço-o bem. Tanto meu marido quanto eu o fizemos anos atrás. Inclusive, em post anterior (salvo engano ano passado) falei sobre o exame de proficiência e como o mesmo acontece.
    abraços e obrigada pela contribuição.

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