A Revista Escola responde a cinco dúvidas comuns sobre os programas governamentais e a oferta de materiais de apoio para incluir os alunos com deficiência auditiva nas turmas regulares
1 Toda escola deve ter um intérprete de Libras?
Qualquer escola que tiver alunos com deficiência auditiva nas classes regulares tem o direito a um intérprete de Libras. Caso você tenha apenas um aluno surdo matriculado, procure outras escolas da região e monte um pequeno grupo de estudantes que possam receber o atendimento de um profissional no contraturno. Isso facilita o trabalho das Secretarias de Educação, que cadastram intérpretes anualmente, mas ainda não conseguem atender à procura das instituições de ensino.
Outro profissional importante nesse processo é o instrutor surdo – um profissional com deficiência auditiva que atua na escola e ensina a língua de sinais para os alunos surdos e, eventualmente, para os ouvintes também.
2 Como esses intérpretes são formados?
Quase 700 cursos superiores em Pedagogia, mais de 50 cursos de Fonoaudiologia e cerca de 400 cursos de Letras oferecem disciplinas de Libras em suas grades curriculares. Mas, para ser um intérprete oficialmente cadastrado é preciso passar pelo programa nacional de certificação de intérpretes, o Prolibras, coordenado pelo MEC.
O Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais (Inep) abre uma chamada pública para recrutar instituições públicas de ensino superior que possam aplicar o exame de proficiência em Libras aos interessados. Nos últimos anos, a instituição responsável é a Universidade de Santa Catarina. A partir de 2011, o Prolibras deve ser executado pelo Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES).
A prova prática de proficiência engloba uma apresentação pessoal do candidato em Libras e outra apresentação a respeito de um tema determinado pela comissão de avaliação. O candidato também precisa mostrar como executaria um plano de aula entregue pelos avaliadores, detalhando as estratégias, a metodologia e os recursos didáticos empregados.
Todos são avaliados sob dois aspectos principais: a fluência em Libras e a competência metodológica para que este intérprete também saiba ensinar a língua de sinais a outras pessoas.
Há, também, os cursos oferecidos por entidades do terceiro setor e os realizados à distância, que não são contabilizados pelo Censo Escolar.
3 Como os gestores devem proceder para ter um intérprete na escola?
O gestor que recebe uma matrícula de um aluno com deficiência auditiva deve imediatamente procurar a Secretaria de Educação do Estado ou do Município, fazer um cadastro e comunicar as necessidades específicas daquele aluno. Com base nisso, os governos podem planejar melhor a distribuição de recursos dentro da rede.
Vale lembrar que todos os estados possuem os Centros de Capacitação dos Profissionais de Educação e de Apoio às Pessoas com Surdez (CAS), vinculados às Secretarias Estaduais de Educação. Esses Centros são encarregados pela realização de cursos de formação na área e são financiados com recursos do MEC e das Secretarias.
4 O que fazer quando a escola não possui intérpretes?
O primeiro passo é entrar em contato com as Secretarias de Educação para solicitar um intérprete e verificar quais os cursos disponíveis para a formação dos professores. Caso a escola ainda não tenha uma sala de recursos multidisciplinar, também é possível fazer esta solicitação através do Programa Escola Acessível, do Ministério da Educação, pelos telefones (61) 2104 -9258 e (61) 2104-8651.
O MEC também disponibiliza materiais de apoio e recursos didáticos para as escolas, que podem ajudar os professores não-intérpretes a flexibilizar as atividades para melhor atender aos alunos com deficiência auditiva. Mas, vale lembrar que a presença do intérprete é fundamental para garantir o avanço desses estudantes. Uma sugestão é reunir alunos com deficiência auditiva de diferentes escolas de uma região em um mesmo espaço no contraturno, para que sejam assistidos por um intérprete e um instrutor surdo.
5 Como é possível conseguir os materiais de apoio ao Atendimento Educacional Especializado?
Os estados, por meio das Secretarias de Educação, apresentam à Secretaria de Educação Especial do MEC planos de trabalho com os cursos de formação que desejam oferecer aos profissionais que trabalham no AEE da rede, o número de vagas que podem ser ofertadas, assim como uma listagem dos materiais que desejam encaminhar para as escolas. Assim, o Ministério pode distribuir da forma mais adequada possível os recursos financeiros disponíveis e os materiais didáticos e pedagógicos em formatos acessíveis (Libras).
Também é possível obter recursos do Fundeb para financiar o AEE, mas a administração desse financiamento fica a cargo da rede de ensino. Livros didáticos, DVDs literários e dicionários trilíngues (Libras/Português/Inglês) são disponibilizados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), através dos Programas Nacionais do Livro e enviados automaticamente para as escolas públicas com alunos surdos matriculados.
Fonte: Revista Escola
* O TEXTO ENCONTRA-SE EM SEU FORMATO ORIGINAL. ERROS GRAMATICAIS E DISTORÇÕES SÃO DE RESPONSABILIDADE DO AUTOR.
Olá Lília Campos, muito bom o seu post, tão bom que eu fiz reproduzir lá no meu blog ^^, ecrevendo aqui para pedir sua permissão, tanto para publicar o post qnt ao comentário sobre vc no final da página. Queria pedir sua permissão para deixa-la publicada, dependendo da sua resposta posso deletá-la. Espero resposta. Grato.
ResponderExcluirPaulo Henrique Soares
Ver pag: http://paulohenriquelibras.blogspot.com/2011/06/duvidas-sobre-inclusao-de-alunos-surdos_28.html
olá, sou intérprete há muitos anos e tenho o prolibras nivel superior tanto para intérprete quanto para professor, há um equívoco na redação a respeito da formação que diz que o intérprete deve tb saber ensinar, o prolibras faz a difenciação clara entre as duas certificações, na prova prática para interprete o candidato não apresenta metodologia nem didática de aula, ele executa tradução em versão libras e em versão voz, que é a sua verdadeira área de atuação.
ResponderExcluirolá paulo henrique,
ResponderExcluirque bom que gostou do post
tudo que está aqui no blog PODE e DEVE ser publicado e reproduzido sim!
até pq muitos desses textos e arquivos foram resultados de pesquisas pessoais, de meu marido Marcio e de amigos nossos justamente no intuito de divulgar a educação especial como um todo.
apenas não deixa de fornecer as fontes, pois servem de pesquisa para outras pessoas também...
espero que possamos trocar muitas figurinhas!!!
abraços
Olá "anônimo" (desculpa, mas vc não assinou e não tenho como me referir a seu nome), gostaria de dizer que infelizmente nem tudo o que é escrito na internet ou até mesmo em alguns veículos de informação como revistas e jornais é fidedígno.
ResponderExcluirO que acontece é que muitas vezes, as pessoas deixam a desejar em sua pesquisa antes de publicar um texto desse nível e as revista/jornais, por desconhecimento sobre o assunto, não fazem a revisão devida.
Esse é o motivo pelo qual sempre que copio um texto e coloco-o na íntegra, acrescento a fonte e por fim, destaco a observação sobre a responsabilidade do autor ao escrever.
Quanto ao Prolibras, conheço-o bem. Tanto meu marido quanto eu o fizemos anos atrás. Inclusive, em post anterior (salvo engano ano passado) falei sobre o exame de proficiência e como o mesmo acontece.
abraços e obrigada pela contribuição.