A Campanha Nacional da Audição volta suas atenções para a surdez infantil, um problema que atinge de 3 a 5 crianças em cada 1000 nascidas no País. Esse quadro se agrava quando o recém-nascido apresenta complicações neonatais e precisa de internação em UTI, onde de 2 a 4 em 100 crianças apresentam algum déficit auditivo. Apesar dos índices preocupantes, a solução está cada vez menos complexa e mais acessível, através de exames preditivos ou ainda da avançada tecnologia dos aparelhos de amplificação sonora. As maiores dificuldades, porém, ainda são a desinformação e o preconceito.
Com o objetivo de mudar essa realidade, a Sociedade Brasileira de Otologia lançou a Campanha Nacional da Audição. Com o objetivo de orientar a população sobre a importância da realização de testes como o do pezinho e da orelhinha em recém nascidos, e desmistificar o uso de aparelhos auditivos nas crianças com idade pré-escolar. É fundamental que os exames de triagem sejam realizados nos primeiros 6 meses de vida, pois cerca de 50 a 75% das deficiências auditivas são passíveis de serem suspeitadas no berçário através da triagem auditiva. Nessa fase é possível melhorar e até mesmo recuperar a audição em quase 100% dos casos”, afirma o Dr. Luiz Carlos Alves de Sousa, da Sociedade Brasileira de Otologia.
Segundos pesquisas realizadas pelo próprio otorrinolaringologista, os resultados ainda estão muito longe do ideal. A média de idade de identificação das deficiências auditivas nos Estados Unidos, por exemplo, está em torno dos 2,5 anos, ou seja, muito longe do período crítico para o desenvolvimento da fala e linguagem. “Em nosso caso, a realidade é ainda mais grave, pois a descoberta só chega por volta dos 3,6 anos de idade”, alerta Sousa. Dr. Luiz Carlos acredita que, através da maior conscientização dos pais, esse tempo para detecção do deficiente auditivo possa chegar próximo do ideal, ou seja, no primeiro ano de vida. “Lamentavelmente, em nossa casuística, quando avaliamos 2014 crianças, apenas 7% daquelas que chegaram ao nosso consultório com suspeita de surdez foram diagnosticadas dentro do primeiro ano de vida”, revela.
Campanha
Preocupada com a alta incidência de problemas auditivos em nossa população, a Sociedade Brasileira de Otologia (SBO) promove, desde 2004, a Campanha Nacional da Saúde Auditiva. A iniciativa, que conta com o apoio da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), traz um amplo programa de informação que tem como objetivo conscientizar a população, esclarecendo sobre a perda auditiva, seu impacto social, suas diversas causas e as possibilidades atuais de tratamento.
Preocupada com a alta incidência de problemas auditivos em nossa população, a Sociedade Brasileira de Otologia (SBO) promove, desde 2004, a Campanha Nacional da Saúde Auditiva. A iniciativa, que conta com o apoio da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), traz um amplo programa de informação que tem como objetivo conscientizar a população, esclarecendo sobre a perda auditiva, seu impacto social, suas diversas causas e as possibilidades atuais de tratamento.
Dados estatísticos relevantes:
- Estima-se que no Brasil 3 a 5 crianças em 1000 nascem surdas.
- 50 a 75% das deficiências auditivas são passíveis de serem suspeitadas no berçário através da triagem auditiva (Otoemissões acústicas, também conhecida com teste da orelhinha).
- 7 a 12 % de todos recém-nascidos têm pelo menos 1 fator de risco para deficiência auditiva. Desses, 2,5 a 5% de risco são portadores de deficiência auditiva, moderada ou severa.
- Quando o recém-nascido apresenta complicações neonatais e precisa de internação em UTI, cerca de 2 a 4 em 100 crianças apresentam algum déficit auditivo.
- 10 a 15% das crianças em idade escolar são portadoras de deficiência auditiva leve e flutuante. 2% são portadoras de deficiência auditiva que exigiriam o uso de aparelhos de amplificação sonora.
FONTE: http://www.saudeauditiva.org.br/
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