quinta-feira, 30 de junho de 2011

APARELHOS AUDITIVOS

HISTÓRICO 

A amplificação acústica para melhora da audição começou com a utilização da mão em concha atrás da orelha,o que parece incrementar até 10 dB numa faixa de 1000 a 3000 Hz. No século XVI já temos descrito o uso de cornetas de origem animal e no século XVII de cornetas manufaturadas. Define-se com isso, a era pré-elétrica dos aparelhos de amplificação.

A invenção do telefone (GRAHAM BELL,1876), possibilitou a construção do primeiro aparelho auditivo elétrico(1900), através da adaptação de sua tecnologia. A evolução do desenvolvimento dos aparelhos auditivos desde então vem ocorrendo de forma bastante veloz. Passamos pela utilização de transmissores de carbono,válvulas e mais recentemente dos transistores.

A seleção do aparelho auditivo requer uma equipe multidisciplinar, com otorrinolaringologista, fonoaudiólogo, pediatra, geriatra, psicólogo, etc. Cabe ao otorrinolaringologista garantir o diagnóstico apropriado, indicando o grau e a natureza da perda auditiva, indicando a protetização. Deve também acompanhar o paciente, certificando-se das condições otorrinolaringológicas que possibilitem o melhor aproveitamento do aparelho de amplificação e verificando possíveis variações do ponto de vista auditivo e médico geral.
 
Cabe ao fonoaudiólogo a seleção e adaptação do aparelho auditivo, o que inclui:
  • Avaliação audiológica.
  • Impressão do molde mais adequado
  • Avaliar a atuação de diversos aparelhos
  • Selecionar o aparelho que leva à maior amplificação
  • Testar o aparelho em câmaras acústicas.
  • Aconselhar o paciente e/ou a família sobre os aspectos da deficiência auditiva, do aparelho e seu uso.
  • Acompanhar o progresso do paciente quanto à adaptação.
  • Organizar terapia e treinamento especial.

O APARELHO AUDITIVO

O aparelho auditivo eletrônico é um mini-amplificador que tem como função conduzir o som à orelha do indivíduo, coletando e transmitindo a onda sonora, adicionando energia necessária, e evitando a dispersão do som, com a menor distorção possível. Seu objetivo é aproveitar a audição residual de modo efetivo, através da amplificação.
 
Mecanismo de funcionamento: Um aparelho auditivo é constituído de vários componentes. As ondas sonoras são captadas por um microfone e são transformadas em sinal elétrico. Esses sinais atingem um amplificador, onde ocorre o maior número de modificações do sinal de entrada. É composto pôr vários transistores e outros componentes eletrônicos que trabalham em conjunto. Através de uma fonte de força, bateria, amplifica em vários estágios a energia elétrica. Quanto maior o número de estágios, maior a amplificação. Os sinais amplificados dirigem-se para um receptor que converte energia elétrica em energia acústica amplificada.

 
TIPOS DE APARELHO
1) CAIXINHA: Tipo mais antigo de prótese. Parte de seus componentes se localizam em uma caixa que deve estar fixada na altura do esterno do indivíduo (microfone, amplificador, pilhas e ajustes internos).O receptor é externo, ficando à distância, e é ligado à prótese pôr um fio acoplado diretamente ao molde. São aparelhos potentes, com baixo risco de retro-alimentação (distância microfone-receptor) e potência de saída mais alta. Pode ser monoaural, binaural ou pseudobinaural. Existem modelos com duas saídas para perdas assimétricas. Indicações: em crianças pequenas e em crianças e adultos com problemas motores graves. São mais resistentes e mais baratos. 

2) HASTE DE ÓCULOS: Está em desuso, indicado para pacientes com perda auditiva condutiva ou infecções. É mais sujeito a distorções. O microfone, o amplificador e o receptor estão contidos em uma das hastes laterais do óculos. Deu origem ao aparelho retro-auricular. 

3) RETRO-AURICULARES: São adaptados atrás do pavilhão auricular e ligados ao molde através de um tubo plástico. São aceitáveis esteticamente, principalmente em sua versão mini. Para perdas de grau leve até profundo. 

4) VIBRADOR ÓSSEO: Nesse tipo de aparelho o receptor de via aérea é substituído pôr um receptor de via óssea. É comumente usado com aparelhos de caixa. Para pacientes com perdas condutivas que não podem usar outro tipo de aparelho (agenesia CAE). 

5) INTRA-AURICULARES: Ocupam a concha e parte do mãe. Podem ser personalizados(montados numa concha confeccionada a partir da impressão do pavilhão da orelha e do mãe do indivíduo) ou modulares (montados com formato fixo que se adapta à orelha do paciente através do acoplamento com molde).Atingem até perdas severas.







6) INTRA-CANAIS: São os mais estéticos, ocupam somente o mãe, sendo a abertura do microfone na entrada do mãe. Usa a amplificação natural do pavilhão auditivo (aumento funcional de 5 a 10 dB), e mantém efeito direcional verdadeiro. Potência limitada, amplificação maior acima de 4000Hz. Para perdas moderadas. Podem ser modulares ou personalizados. 

7) APARELHOS PROGRAMÁVEIS: Aparelho digital onde a energia sonora após ser transformada em sinal elétrico é então convertida em uma seqüência de números binários, o que promove maiores possibilidades de manipulação do sinal no sentido de conseguir maior número de ajustes e maior qualidade. Depois de amplificada e modificada esta seqüência numérica é novamente convertida em sinal elétrico e enviado ao receptor para ser transformado novamente em som. As modificações levam a vantagens como redução do ruído, supressão do feedback, melhora da inteligibilidade da fala (dá mais ênfase às consoantes que às vogais), maior capacidade de compressões em distorção, maior poder de filtragem. Suas desvantagens são o tamanho e o custo.

FONTE: http://www.surdo.org.br/ 



* O TEXTO ENCONTRA-SE EM SEU FORMATO ORIGINAL. ERROS GRAMATICAIS E DISTORÇÕES SÃO DE RESPONSABILIDADE DO AUTOR.

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